Capítulo 40 - Parte 1

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Chego em casa, junto com a Jessy, afinal foi ela que me trouxe. Subo pro meu quarto e deito em minha cama, respiro profundamente e tento não focar em como ela está me parecendo muito convidativa no momento. Olho o horário, e levando em conta que hoje o ensaio começou mais cedo por alguns pequenos imprevistos, imagino que não deva ser mais de 4 da tarde.

Pego meu celular e checo...3:19 PM. Tarde de um sábado muito tranquilo. Cedo a vontade de desmarcar o pequeno encontro, e ir cochilar um pouco. Meu corpo reage quase que instantaneamente com a ideia soltando um bocejo. Não consigo me permanecer bem ativa naturalmente.

Sigo para o banheiro, olho meu reflexo no espelho e toco em minhas madeixas. Logo percebo que os fios estão oleosos graças ao suor resultante do tempo que eu passo dançando. Decido lava-lo, mas não antes de desembaraçar os fios pra facilitar na lavagem e no deslizamento dos cremes. Finalizo deixando a escova na bancada da pia. Pego minha toalha no gancho e sigo para o chuveiro.

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Coloco uma toalha na cabeça e prendo uma no corpo, limpo meus pés no tapete do banheiro pra evitar que molhe o quarto.

Vou até o closet e pego a roupa que eu já tinha separado (Multimídia).

Em seguida me visto, a roupa que eu escolhi é bem simples, afinal não vou me produzir toda pra ir aqui na frente né. E não quero impressionar ninguém então..... vai isso mesmo.

Faço um laço em meu tênis e em seguida pego o secador de cabelo, colocando na velocidade média.

Deixo a toalha na bancada e vou até o espelho do banheiro pra secar os fios úmidos, até por que ele molhado ia ficar pingando na roupa e já não estou com tanta paciência.

Termino de pentear as madeixas, agora em sua cor natural depois de ter secado, e faço um coque firme, com alguns fios caindo pra não ficar muito sem graça. Em seguida enrolo esses poucos fios soltos com os dedos e passo um perfume não muito forte. Decido não passar nenhuma maquiagem.

Vai de cara lavada mesmo.

Olho no espelho e me considero pronta, mas decido colocar um elástico no pulso pro caso do cabelo se revoltar.

Desço as escadas e encontro a criatura sentada no sofá com as pernas pra cima como se estivesse em sua casa.

Falta de vergonha na cara. Passo por ela ignorando a mesma. E passo pela porta fechando-a atrás de mim.

Passo pela varanda e sigo o caminho de pedras e vejo o jardim bem cuidado, um dos hobbies de minha mãe. Abro o portão tão rápido quanto o fecho. Em seguida atravesso a curta rua do bairro residencial e pacato onde vivemos. Chego até meu destino final e toco a campainha. A casa dele é basicamente a mesma coisa que a minha, só que ao lado contrário e sem o jardim entre os dois portões. Passo o peso do corpo pra apenas uma perna enquanto espero, mas me distraio olhando a bela moto na garagem aberta nem percebo quando alguém abre a porta.

Xxxxx: Oi... - Cumprimenta uma mulher que eu nunca vi na vida.

Ela parece ser jovem, um pouco mais velha que a minha prima Jéssica, fisionomia comum, exerto por algumas sardas em suas bochechas. Pelo uniforme deduzo ser uma empregada.

Eu: Oi, o Miguel está? - Pergunto e ela assente com a cabeça.

Em seguida cede passagem pra que eu entre, assim o faço, mas quando passo por ela eu formo uma opinião. Alguma coisa nela não me agradou.

Ela sai e pede que eu fique à vontade. Não parece ter mais ninguém na casa e como a mulher se foi, decido explorar o ambiente.

Como eu já estive aqui antes algumas vezes, percebo algumas mudanças, a casa também tem uma estrutura parecida com a minha por dentro, algo que eu não tinha reparado.

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora