Capítulo 48

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Luísa: Perai, então ele ajudou você, evitando que você não fosse pega por bater nela? Que fofo! – Comenta animada.

Já fazem umas semanas desde que o ocorrido aconteceu, mas só contei agora por que de tanto as pessoas falarem, o boato chegou nos ouvidos de minhas amigas, que exigiram detalhes da briga, e do que aconteceu em seguida.

Então aproveitamos os convites pra massagem de spa que a madrasta da Jú ganhou e deu pra gente por falta de tempo. Estamos as três no salão, minha prima cuidando do rosto, que por sinal está coberto de uma máscara de pepinos verde. Enquanto eu e a Jú estamos esperando o tempo da hidratação fazer efeito. Além de spa, também é salão.

Decidimos que precisávamos desse tempo pra relaxar da rotina estressante, então já que estávamos aqui, decidi fazer o combo cabelo, unha e depilação. Chegamos aqui por volta de 3 da tarde, e já são quase 5.

Eu: Não foi fofo, foi ridículo ele se meter na briga dos outros. – Reviro os olhos.

A Júlia larga o celular no balcão olha pra mim.

Júlia: Não foi não, se ele fez isso é por que se preocupa contigo, e não quer que você se ferre, mesmo você sendo bruta como uma mula. – Mostro o dedo do meio, mas ela não se abala – Não sabia desse lado protetor do Miguel, achei fofo sim!

Reviro os olhos de novo.

Eu: Vocês podem parar?

Minha prima levanta as sobrancelhas.

Luísa: De que? De falar a verdade que você não aceita? – Pergunta retoricamente e faz um barulho com a língua – Admite Mia! Você gosta dele, pra caralho, mas foi uma idiotice o que você fez. Ele não é o Jackson! – Exclama.

Respiro fundo.

Eu: Tem como não falar desse infeliz? Ou do Miguel? – Peço juntando as mãos. – O Jack é passado, quero que ele vá pro inferno. E o Miguel.... é complicado. – Dou de ombros.

Minha amiga bufa.

Júlia: Deixa ela aí! Essa aí é cabeça dura demais pra perceber as coisas. – Fala, e eu sussurro um obrigado meio contragosto quando muda de assunto. – Enfim! A gente vai passar o natal e o ano novo na casa de campo do Vitor né?

Luísa: Eu não quero passar o natal no meio do mato! E ano novo só tem graça quando é na praia. Pensei da gente ir ver a queima de fogos em Copacabana, é muito lindo! – Sugere.

Eu: Ah não! Ano passado eu e meus pais fomos pra Copacabana no réveillon e eu quase não saio dali viva! Gente demais. – Alerto.

Minha prima revira os olhos.

Luísa: Então onde você sugere espertinha?

Dou de ombros.

Eu: Sei lá. Só sei que não quero ficar espremida em lugar nenhum. Melhor um lugar calmo e com pouca gente. – Respondo.

Júlia: Eu não sei qual o problema de vocês com mato! – Cruza os braços.

Luísa: Porque é mato! Como eu vou decorar a casa? Como eu vou ver a queima de fogos? E se tiver bicho? – Meu Deus, quando drama.

Eu: Luísa, é uma casa no campo, não uma floresta! E além do mais você pode sim decorar a casa, e quanto a queima de fogos... não sei! A gente podia passar parte das férias lá, e depois ir pra algum outro lugar com praia pro réveillon. – Explico minha sugestão.

A Jú franze o cenho.

Júlia: Por que não em um lugar só? Poupa trabalho.

Eu: Querida. As férias começam no fim de outubro, a gente tem novembro inteiro, e sinceramente eu não quero ficar em lugar só. Então ficamos novembro e o começo de dezembro lá no seu mato, e o depois a gente vai pra algum outro canto passar os feriados de fim de ano. Relaxa!

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora