Quando chegamos na tal festa, a primeira coisa que eu noto é a quantidade de pessoas presentes, convidaram foi o campus todo.
Nosso querido carona estaciona o carro em uma área onde a maioria dos veículos estão. Perto de um bar, no calçadão, logo depois tem um pequeno degrau pra um caminho de pedras, em volta é tudo areia. Algumas decorações de estrelas e flores foram colocadas em volta de uns coqueiros e tem uma fogueira do centro da festa. O lugar é grande. Tem muitas pessoas da escola, mas em sua maioria são universitários bêbados. Tem até gente na água, umas meninas de biquíni sentadas em toalhas na areia em volta da fogueira. E pra completar, a luz do luar dando um toque final a paisagem, é uma visão bonita!
Na outra extremidade, próximo dos bancos laterais, tem uns casais se pegando fortemente, que novidade. Percebo que fiquei distraída com a beleza do lugar que me perco quando eles começam a andar.
Miguel: Impressionada? – Pergunta assim que acompanho eles.
Eu: É. – Falo simplesmente.
Começamos a andar, dessa vez eu acompanhando-os, quando chegamos próximo ao bar a Júlia vem até nós.
Júlia: Eai meus brother. Como ceis tão? – Pergunta se apoiando em uma cerca luminosa.
Todos nós entreolhamos e chegamos a uma conclusão.
Miguel: Ela tá muito bêbada não tá? – Pergunta o óbvio.
Júlia: Eeeeeeeu? Bêbada? – Fala com a voz arrastada e rindo. – Nunca nem vi.
Ela começa a rodopiar em volta do próprio corpo, olhando pro céu.
Júlia: Sabiam que eu amo a lua? – Pergunta meio grogue pela tontura. – Eu amo vocês também. EU AMO TODO MUNDO! – Fala bem alto chamando a atenção das pessoas ao nosso redor, logo estão comentando e olhando pra nós.
Era só o que faltava, vir pro lugar e ainda passar esse vexame, tinha que ser.
Luísa: Vem sua louca, vou te levar pro banheiro pra colocar isso tudo pra fora. – Diz puxando-a pelos pulsos. – Só você mesmo pra fazer eu perder minha noite. Vadia, eu vou me lembrar disso depois tá.
Júlia: E eu não vou me lembrar de nada! Nadinha! – Diz e começa a gargalhar como um bebê. – Eu quero água! Mia, me dá água? Porfavooooooor. – Pede e fica chocalhando os braços, fazendo mais vexame. Pelo amor.
Eu: TÁ, eu compro sua maldita água, só fique sabendo que quando você tiver sóbria eu vou quebrar a sua cara por isso. – Bufo irritada. Grande merda.
Vou até o bar e peço uma água mineral pra ela, enquanto isso ela se gruda e, uma cerca se recusando a ir.
Júlia: Nãoooo. Eu vou esperar o desgraçado do meu namorado vir aqui e me tirar. – Faz uma pausa. – Ele disse que ia vir hoje, ele disse que estaria aqui! – Fala fazendo bico.
Mas essa agora.
Luísa: Ai por causa disso resolveu beber igual a uma louca? – Diz tentando puxar ainda sem sucesso. Mas ai nossa pequena bêbada faz o que? Isso mesmo, enfia as unhas no braço da Lu – Vagabunda!
Ela exclama e solta ela pra olhar o estrago. Ouço alguém bufar e de repente o Miguel pega a Júlia no colo levando-a pro banheiro. Eu e a Lu vamos logo atrás pra ajudar essa doida.
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Depois de muito trabalho e resistência por parte da nossa querida amiga. Finalmente conseguimos dar um jeito nela. Fizemos ela tirar boa parte do álcool do organismo dela, depois entupimos ela de água. Quando vimos que ela estava sonolenta decidimos levar ela pro carro até a hora da gente voltar. Com certeza ela não vai acordar tão cedo, caiu dura como uma pedra. Mas por via das duvidas deixamos uma nota no celular dela avisando pra ligar, caso acorde.
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O Garoto do Café
Genç KurguDois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No que isso vai dar? Mia, uma garota carismática, personalidade forte e que causa admiração. Já no ensino médio, super louca ela não abaixa a cab...