Acordo com meu celular tocando insistentemente. Me remexo e percebo que não estou em minha cama, muito menos no meu quarto. Abro os olhos e recordo.
Realmente passar mais de 3 horas dentro de um carro não é pra mim. Bocejo com preguiça.
Pego meu celular e vejo que ainda vai dar 3 da tarde, nem dormi tanto. Tem 5 chamadas perdidas da minha mãe.
Me levanto e vou descalça até o banheiro do corredor tomar banho, já que dormi sem depois de chegar. Nesse meio tempo meu celular volta a tocar, mas quase não escuto por conta da barulheira na sala, mas quando volto ao quarto ele já parou de tocar, então visto uma roupa simples (multimídia) e depois ele toca de novo. Dessa vez atendo.
Eu: Oi mãe!
Lívia: Sua filha da puta! Eu te liguei umas 20 vezes e deixei milhares de mensagens!
Afasto o celular do ouvido por causa do seu tom de voz.
Reviro dos olhos pelo exagero.
Eu: Foram só 5 chamadas mãe – Corrijo, e ouço ela bufar do outro lado da linha.
Lívia: Não quero saber! Tá tudo bem ai?
Eu: Tá sim! É bonito o lugar. – Digo e escuto meu estômago roncar em protesto.
Vou pra cozinha e passo pela sala vendo todo mundo discutindo por causa de um filme.
Lívia: Está se alimentando bem? Tá se cuidando? Como você vai comer? Porque comida é uma bosta.
Eu: Mãe eu cheguei aqui não tem nem 5 horas – reviro os olhos – e eu não vou passar fome.
Lívia: Vai comer comida congelada?! Ou ficar pedindo todo dia? Se fizer isso eu te mato!
Eu: Mãe, a Luísa sabe cozinhar, a Júlia e o Miguel também! E minha comida nem é tão ruim assim!
Lívia: Sei. Olha só, se cuide e me mantenha informada! Agora eu tenho que ir pro hospital, o Bruno caiu de moto e quase quebrou um braço.
Eu: Diz pra ele quebrar o outro. – Digo e desligo.
Decido fazer pipoca enquanto não dá a hora do jantar. Coloco um pacote no micro-ondas e pego um suco na geladeira. Ao que parece, os armários foram abastecidos pra nossa chegada. Tem todo tipo de coisa, mas apesar disso acho que ainda vamos ter que fazer compras na nossa estadia aqui. Isso se realmente ficarmos o fim de ano por aqui.
Uns minutos depois a pipoca está pronta e despejo ela numa vasilha grande. Boto o celular no bolso, pego minha pipoca e o suco e vou pra sala ver o povo.
Chegando lá encontro eles jogados nos 2 sofás grandes de cor escura. Fora isso, tem um tapete felpudo, uma TV grande e algumas estantes com livros e filmes. Tem umas plantinhas decorativas e janelas grandes também. É impressionante como as coisas aqui são muito simples, mas traz uma sensação de conforto enorme. Além de uma beleza encantadora, é claro.
Me sento entre a Júlia e o Vitor que estavam quase se pegando no sofá.
É! Sou estraga prazeres mesmo.
Eu: Estão assistindo o que? – Pergunto e boto um monte de pipocas na boca.
Edu: Olha só! A bela adormecida acordou. – Provoca e eu o ignoro.
Minha prima responde.
Luísa: Por enquanto nada! Esse povo não se decide!
Vitor: Mais vocês só querem assistir filme merda! – Retruca.
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O Garoto do Café
Подростковая литератураDois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No que isso vai dar? Mia, uma garota carismática, personalidade forte e que causa admiração. Já no ensino médio, super louca ela não abaixa a cab...