Capítulo 32 - 1

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Depois que a Luísa saiu eu voltei pro meu quarto e procurei alguma coisa pra assistir no meu notebook. Já que não tinha mais nada pra fazer. Escolho um filme qualquer e deixo passando, de repente meu irmão entra no meu quarto.

Bruno: Ei, a gente vai pedir comida pro jantar porque ninguém ta afim de cozinhar, o que você vai querer? - Pergunta enquanto abre a porta mas não adentra totalmente.

Eu: Pede lasanha pra mim – Digo sem olhar pra ele.

Bruno: Jurava que tu ia pedir comida chinesa. – Se encosta na porta.

Eu: Não. Comi demais, enjoei. – Digo fazendo uma expressão de nojo.

Bruno: Bipolar – Fala e fecha a porta. Reviro os olhos.

Mas de repente me lembro que preciso dele.

Eu: Bruno! – Grito. Mas ele não volta, nem deve ter escutado. Levanto da cama e vou atrás dele que ta quase descendo as escadas. – Bruno peste!

Bruno: Que foi cacete?

Eu: Você vai pra festa de amanhã? – Pergunto esperançosa por haver a possibilidade dele me levar

Bruno: An? – Pergunta sem entender. – Qual festa?

Eu: O lual. Idiota – Reviro os olhos.

Bruno: Aaah sim vou. – Eu ia pedir pra ele me levar mas ele me corta. – E nem me peça carona por que eu já vou passar na Sam e não tô afim de esperar mais de uma mulher se arrumar.

Eu: Mas.... – Me interrompe novamente.

Bruno: Nem vem Mia. Eu sempre tô te dando carona, te vira irmanzinha. – Completa com deboche e sai sem olhar pra trás. Filho da mãe.

Agora cá estou eu. De maõs atadas. Sem ter quem me levar. O jeito é ir de Uber mesmo, ótimo.

Reviro os olhos e volto pro meu quarto afim de terminar o filme.

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Escuto alguém bater na porta, e só então eu percebo que peguei no sono com o computador em cima de mim. De novo.

Ricardo: Filha, desçe aqui pra gente conversar. Eu e sua mãe temos uma coisa pra dizer pra vocês. – Diz assim que entra no meu quarto.

Eu: Tá. Deixa só eu ficar apresentável. – Falo esfregando os olhos. Bocejo.

Ricardo: Aaah, e escova essa boca menina. Da pra sentir daqui. – Provoca e eu pego minha pantufa e jogo nele. Mas ele sai antes e eu acabo jogando na porta, sou lerda demais.

Merda.

Faço minhas higienes matinais. Me troco e tiro meu computador da cama, coloco-o pra carregar na escrivaninha e desço. Me deparo com todo mundo sentado na mesa pra tomar café. Estranho.

Eu: Bom dia. – Cumprimento assim que sento em meu devido lugar. Todos respondem num coro só. – Reparo nos meus pais um pouco tensos. O Bruno atoa como sempre, a Abby (vovó) comendo. – Solta o papo.

Lívia: Que isso menina? Isso são modos logo cedo? – Indaga-me tentando enrolar ou fugir do assunto. Odeio quando fazem isso.

Eu: Direto ao ponto por favor, obrigada! – Reviro os olhos.

Ricardo aperta a mão de Lívia em sinal de nervosismo e eu questiono.

Eu: Vocês tão grávidos de novo? Ou tem outro irmão perdido por ai? Olha se for igual a essa cruz aqui – Aponto pro Bruno – Deixa perdido mesmo. Um só ta de bom tamanho já.

O Garoto do CaféOnde histórias criam vida. Descubra agora