Hoje é o dia que iremos pra casa de Campo do Vitor, uma semana depois do fim das aulas e início das férias.
Como eu me atrasei, as meninas vieram aqui me pressionar, e com isso eu tive que fazer tudo na pressa. Era pra termos saído daqui 7 em ponto, e já atrasamos meia hora graças a mim.
Fazer o que né.
Nem comer eu comi ainda, tava me despedindo dos meus pais e do Bruno, então vou ter que comer na viagem.
Pego uns 3 pacotes de salgados e uma Coca-Cola botando na mochila em seguida, enquanto ouço minha mãe reclamar pela quantidade de coisas que estou levando.
Fala sério, são só duas malas médias e duas mochilas, nunca se sabe! E nem tudo que tem nas malas são roupas. Ignoro a reclamação e guardo meu lanche.
Depois disso nós fomos lá pra fora, e a Luísa chamou o Edu pra colocar as minhas malas no porta-malas, nisso eu pude ver que não tava tão cheio, por isso coube as minhas, e não era só um carro, e sim dois.
Eu: Ue! – Exclamo confusa. – Pra que dois carros?
Ouço alguém sussurrar um "lerda", mas não dou muita importância.
Edu: Minha filha, se fosse todo mundo em um carro não ia caber as coisas. – Explica enquanto termina de colocar a última mala. – Além do mais, iriamos estar acima do limite permitido.
Dou de ombros.
Levo a mochila que tem o lanche nas minhas costas.
Então entramos no carro do Edu eu, e a Luísa. O Jeep do Vitor – o qual o mesmo está, junto com a Júlia - toma a dianteira, já que será ele a guiar o caminho.
Seguindo nosso planejamento, chegaremos antes do meio dia, isso fora as paradas e o meu mísero atraso. Aproveito que estou sozinha no banco de trás pra tirar meu sapato e comer. Está tocando uma música insuportável na rádio, então decido deitar e colocar meus fones em qualquer música aleatória.
Me estico no banco e boto o resto do salgadinho na bolsa pra mais tarde.
A última coisa que escuto é o som do carro deslizando no asfalto.
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Sinto alguém me balançar, mas permaneço inconsciente. Mas ao sentir um tapa na minha coxa me levanto com brusquidão.
Eu: Que foi merda? – Esfrego os olhos e olho ao redor. – Por que paramos? Não estávamos com pressa? – Pergunto ao olhar pela janela.
Minha prima me olha. Uma das portas de trás está aberta.
Luísa: Abastecer né filha. – Explica brevemente e eu murmuro um "ah" – Você não quer comprar nada? Ou ir ao banheiro? - Assinto, pego minha bolsa e saio do carro devagar.
Paramos em um posto, e o Vitor e o Edu estão abastecendo. Vou até a loja de conveniência pra comprar uma garrafa de água, lá encontro a Júlia comprando doces com cara de sono. Pelo visto não fui só eu que dormi. Vou ao banheiro e volto pro carro, pra mesma posição que eu tava. Apenas a Luísa tá aqui, o Edu ainda não chegou, e o Jeep do Vitor continua parado.
Abro a garrafa de água e tomo um gole generoso, mas deixo cair a tampinha. Me abaixo pra pegá-la e ouço o som da porta bater, deve ser o Edu.
Mas ao olhar pro banco do motorista quase me engasgo.
Ah não!
Eu: O QUE?! – olho pra minha prima em busca de respostas.
Tudo que eu recebo é uma careta pelo meu grito aleatório da minha prima e um revirar de olhos pelo novo motorista.
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O Garoto do Café
Novela JuvenilDois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No que isso vai dar? Mia, uma garota carismática, personalidade forte e que causa admiração. Já no ensino médio, super louca ela não abaixa a cab...