We need to talk

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- Falei que viria – dou um sorriso fraco e o dele se alarga ainda mais – Vou levar você pra casa, vamos.

- Prefiro ficar aqui – ele se vira para o balcão – Você poderia ficar aqui comigo.

- Erick – faço ele olhar pra mim – Sua mãe deve estar preocupada, não faz isso com ela. Vamos para casa.

Ele permanece sentado por alguns minutos, me olha e não diz nada. Por fim, tira a carteira e paga o atendente que me olha com cara feia.

Seus passos são hesitantes e eu apoio seu braço no meu, o conduzindo até o taxi que eu havia pedido. Passo o endereço de Erick e ele recosta a cabeça no meu ombro durante todo o caminho.

Quando chegamos à sua casa, pego as chaves e tento não fazer barulho enquanto levo Erick até seu quarto, mas é impossível já que ele ri de tudo e quando eu peço silencio, ele faz mais barulho ainda.

Abro a porta do quarto e praticamente o empurro para a cama, tirando roupas e a bagunça que estava no chão. Ele senta e fecha os olhos por um instante e eu me aproximo para ajudá-lo a se ajeitar.

- Erick – chamo para fazê-lo abrir os olhos – Vamos tirar sua camisa.

- Então é por isso que você está aqui? – ele abre um sorriso malicioso – Estava desejando meu corpinho igual eu desejo o seu.

Seguro a risada e faço cara de séria enquanto ele levanta os braços para me deixar tirar a camisa.

- Também né, como não desejar todos esses músculos e esse corpo sarado – ele continua e flexiona o braço – Se eu fosse mulher, eu me namoraria.

- Só falta você dizer que se dá uns beijos no espelho – respondo com uma risada.

- Claro, uns lábios carnudos desse, até a Angelina Jolie ficaria com inveja – não aguento mais e solto uma gargalhada. Era difícil demais ficar seria com ele fazendo graça.

- Meu Deus, você é impossível menino – falo ainda rindo.

- Eu sei, é por isso que eu te deixei assim doidinha por mim – ele ri maliciosamente e seu rosto fica sério – Eu adoro quando você perde o juízo junto a mim.

Sinto suas mãos na minha cintura, e uma delas passeia pelas minhas costas quando ele se aproxima e beija minha barriga. Minha pele se arrepia mesmo com o contato por cima da roupa, seu toque tinha um efeito forte sobre mim.

- Erick – começo a falar para alerta-lo.

- Não pensa em nada Eve – ele fica em pé e suas mãos agarram forte minha cintura – Por um momento, esquece essa merda toda, só foca em mim agora.

Ele aproxima o rosto, mas não me beija. Seu nariz roça minha mandíbula e vai passando até sentir sua respiração no meu pescoço. Eu tremo e ele ainda não fez nada.

- Sei que você quer isso tanto quanto eu.

Erick não me deixa responder e me beija. O toque dos seus lábios no meu era tudo o que eu precisava e eu agarro seu cabelo no mesmo instante. Ele geme e me vira para deitar na cama sobre mim, segurando seu peso com as mãos.

Me perco por um instante, um mix de sensações me invade. Sentia falta do seu toque e do seu beijo e seu jeito desesperado me mostra que ele precisa daquilo tanto quanto eu.

Seu beijo é feroz e eu arranho suas costas querendo mais e mais. Ele passa para meu pescoço e eu me agarro em seus braços, eu não queria sair dali. Mas uma parte consciente minha grita que isso não ia acabar bem, ele estava bêbado e podia nem lembrar amanhã.

Opposite StrangersOnde histórias criam vida. Descubra agora