Everything is ok

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Na manhã de domingo, eu sou acordada por Anne me batendo com o travesseiro.

- Levanta – ela diz me batendo mais uma vez – Precisamos conversar.

- São nove horas da manhã de um domingo Anne, a gente não precisa conversar, a gente precisa dormir – me viro para o outro lado e a ignoro, porém ela insiste.

- É um assunto muito sério e eu preciso das minhas melhores amigas comigo – ela coloca as mãos na cintura e espera eu e Lucy olharmos para ela.

- Eu espero que você tenha um bom motivo mocinha – Lucy diz brava.

- Vou falar de uma vez – ela diz séria mas logo abre um largo sorriso – Joel me pediu em namoro.

Flashback Anne

Já era tarde e eu e Joel estávamos na beira da praia, eu tinha visto Eve e Erick sair para o outro lado, porém Joel me leva até a areia.

- Não é perigoso? – pergunto e ele apenas balança a cabeça em silêncio – Não entendi ainda porque estamos aqui.

- Você já vai entender, confia em mim – ele beija a minha mão e eu o sigo.

Caminhamos por alguns momentos e logo me deparo com algo anormal na areia. Algumas luzes estão acesas e parece ter uma toalha estendida. Quando nos aproximamos, percebo várias velas em formato de coração e uma toalha vermelha estendida com uma cesta de comida.

Algumas pétalas de rosa se misturam a areia e ao lado, com auxílio de um graveto Joel escreve uma frase para mim: “Quer namorar comigo?”

Me viro para ele com lágrimas nos olhos e ele abre um sorriso tímido.

- Não sabia como pedir mas sabia que tinha chegado a esse momento. Eu te quero todos os dias da minha vida Anne, não posso mais me imaginar sem você.

- Eu aceito Joel, eu aceito você sempre – sorrio e choro e corro para seus braços.

Fim do flashback Anne

- Ele não fez isso! – digo animada e pulo da cama- Que maravilhoso Anne, você merece muito.

- Eu to chorando de felicidade – Lucy diz e nós duas vamos abraçar nossa amiga. Ela tem um sorriso largo e algumas lágrimas escorrem de seus olhos.

- Eu encontrei alguém melhor que um príncipe – ela diz e nós rimos.

Descemos para tomar café e todos já se encontram lá. Lizzie me lança um olhar maldoso mas não diz nada e eu me sento ao lado de Erick.

- Está animada essa manhã – ele diz e beija meu ombro.

- Estou feliz hoje – sorrio e dou um beijo leve. Lizzie se levanta e eu dou de ombros, não disposta a perder meu último dia por besteira.
...

O sol estava forte e nós alteramos entre jogar e ir para o mar nos refrescar. As horas passam rápido e todos estavam se divertindo, menos Lizzie que continuava com a cara fechada e não largava o celular.

Eu estou deitada tomando sol quando sinto alguém se aproximando e algumas gotas de água caindo sobre mim. Me viro e vejo Erick com uma mão apoiada no queixo e seu olhar percorrendo meu corpo.

- Está tapando o sol – digo sorrindo.

- É por um bom motivo – ele continua a me olhar e não se mexe.

- Erick! Disfarça pelo menos e me deixa pegar uma corzinha – tento fazê-lo sair do lugar mas sem sucesso.

- Branquela desse jeito? Você vai sair um camarão isso sim – eu me levanto e dou um tapa de brincadeira nas suas pernas e ele se senta ao meu lado, segurando minha mão – Não me peça para parar de apreciar seu corpo, pois eu não vou. Você é linda demais Eve, eu sou um sortudo.

- Você é mesmo – falo e ele morde meu dedo de brincadeira – Eu também não estou nada mal de namorado.

Ele exibe o corpo e flexiona o braço me fazendo rir, alisa a barriga e eu caio na gargalhada, me deitando na areia de volta.

- Viu só, tudo isso é só seu meu bem – ele diz se inclinando ao meu lado.

- Muito atlético, ainda bem que eu não tenho que dividir ou estaria ferrada – dou uma risada.

- Ei – ele sorri e segura meus braços e eu fico séria por causa da intensidade com que ele me olha. Tento me soltar mas ele me segura mais apertado – Você não tem como escapar.

- E o que você vai fazer comigo senhor musculoso? – ele ri e aproxima ainda mais seu corpo, fazendo com que nossos corpos estivessem inteiramente colados.

Ele não responde e me beija. O beijo começa lento mas ele intensifica e eu consigo sentir o gosto do sal do mar em minha língua e me desvencilho para passar os braços pelo seu pescoço.

Seguro seu cabelo com uma mão e a outra passeia pelas suas costas, até eu cravar a unha nele e morder seu lábio.

- Porra Eve – ele solta e eu rio abafado enquanto ele passa para meu pescoço – Você levou o resto de juízo que eu tinha.

- Eu ainda nem comecei – sussurro em seu ouvido e ele me aperta pela cintura.

- Não me faça te arrastar de volta praquela casa e me perder em você até o fim da noite – sua voz sai abafada e ele continua a beijar meu pescoço e meu colo.

- Então como eu quero aproveitar a praia, melhor você ficar com as mãos bem longe desse corpinho aqui – dou um beijo rápido e me afasto um pouco, rindo de sua expressão.

- Doido, doido é assim que eu estou ficando – ele balança a cabeça e eu dou risada.

- Vou te recompensar depois – abro um sorriso malicioso e assim, antes que ele faça alguma coisa eu o puxo para a água.
...

Estamos jantando antes de pegar a estrada de volta para a faculdade, minhas coisas já estavam arrumadas e eu estava pronta. Meu telefone toca e eu saio da mesa quando vejo que é minha mãe.

- Oi filha, como você está? – ela pergunta assim que eu atendo.

- Estou bem mãe, que surpresa você me ligando– respondo me sentando do lado de fora.

- Eu queria conversar com você querida, está no seu quarto?

- Não mãe, estou na praia lembra? Ainda não voltamos - ela fica em silêncio e eu começo a desconfiar de algo – Aconteceu alguma coisa?

- Nada filha, pensei que já estava na universidade. Bom querida, aproveita seus últimos momentos aí, amanhã eu ligo de novo.

- Mãe, se aconteceu alguma coisa você pode me falar agora.

- Não foi nada demais querida, amanhã nós conversamos ok? Boa noite meu bem.

- Boa noite mãe, te amo.

Desligo o telefone e fico alguns minutos ali sozinha, pensando no que poderia estar acontecendo. Percebo uma movimentação e vejo que estão organizando os carros para partir.

- Desci sua mala, nosso carro está pronto – Erick se aproxima com as chaves na mão – Está tudo bem?

- Não sei Eri, minha mãe ligou e parecia estranha mas ela não falou nada – me levanto para ir até o carro e até ele.

- Não deve ser nada demais amor, ela pode estar preocupada com você – ele diz e acaricia meu braço me puxando para perto.

- Eu espero que seja só isso – retribuo seu abraço e ficamos assim até o pessoal nos chamar.

Entro no carro e Erick liga uma música baixinho, o pessoal está quieto e Zabdiel até dorme no caminho de volta.

Erick segura minha mão e eu a aperto tentando me manter mais calma. Tudo estava bem, tinha que estar.

Opposite StrangersOnde histórias criam vida. Descubra agora