Fix the problem

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Eu passo as mãos pelo meu cabelo, com raiva de ter magoado Erick e feito ele imaginar que eu estava tendo alguma coisa com o George. Falando nele...

- Está tudo bem? Permaneci por perto para o caso de você precisar de ajudar pra se livrar daquele cara – ele diz enquanto se aproxima.

- Aquele cara é meu namorado George, eu não preciso me livrar dele – me viro para o outro lado.

- Ele parecia bem esquentadinho – ele agora está a poucos passos de mim – Tem certeza que ele não te fez mal?

- O seu joguinho não funciona mais comigo, você não vai me colocar contra o Erick – percebo seu olhar surpreso – Agradeço sua ajuda, mas você pode ir agora.

- Eu ainda não terminei com o balcão, está faltando algumas peças...- ele começa mas eu o interrompo.

- Sim, você já terminou. Agora por favor sai daqui – ele não se mexe – Vou ter que chamar meu pai pra te tirar daqui? Não preciso mais de sua ajuda.

- Você não sabe valorizar quem sempre esteve do seu lado – ele bufa e eu reviro os olhos.

- Não costumo valorizar quem brinca com meus sentimentos e ainda quer me jogar contra pessoa que realmente gosta de mim – eu o encaro séria – Agora sai.

Ele se dá por vencido e sai, me deixando terminar as coisas porém minha mãe aparece antes que eu possa fazer qualquer coisa. Ela estava com um sorriso largo que se desfaz quando ela olha em volta.

- Você está sozinha? – ela pergunta entrando na loja.

- Sim mãe, o George estava me ajudando mas eu mandei ele embora.

- Por que o George e não o Erick? – ela cruza os braços exatamente como eu fazia.

- Porque o Erick apareceu aqui e viu o George e ficou chateado por ele estar me ajudando e não ele – suspiro e me sento no chão mesmo.

- Com razão não é mesmo, você deixa seu namorado de lado para aceitar ajuda daquele babaca – eu arregalo os olhos mas ela nem liga, parecia furiosa – Levanta daí agora e vai atrás do seu namorado, antes que ele volte para a faculdade. Você tem que resolver isso.

Sigo o conselho da minha mãe e vou atrás de Erick. Passo em vários lugares que imagino que ele estaria, porém o encontro na frente da minha antiga escola.

- Último lugar que eu imaginei que estaria – falo parando ao seu lado e observando sua expressão séria. Ele não diz nada – Precisamos conversar.

- Não sei se quero conversar agora – ele diz ainda sem me olhar.

- Vamos lá em casa por favor, te peço pra me escutar por cinco minutos – ele enfim me olha e balança a cabeça. Entra no carro e eu o sigo, observando Erick dirigir em silêncio até meu portão.

Saio do carro primeiro que ele e seguro a porta aberta o esperando. Ele apenas olha em volta e me aguarda e eu penso que é melhor conversar no quarto, então subo as escadas com ele atrás de mim.

Erick permanece em pé enquanto eu sento na cama e permaneço alguns segundos apenas o admirando. Nossa, eu sentia uma falta absurda dele e o ter assim tão perto, mas querendo o máximo de distância possível só aumentava minha culpa.

- Erick, eu tenho que pedir desculpas por muita coisa – eu paro um instante e ele se vira pra mim – Primeiro por te afastar e dar a entender que te queria longe quando eu mais precisava de você. E eu continuei fazendo isso sem saber o quanto te magoava. Eu te amo Erick, eu preciso de você na minha vida sempre.

Opposite StrangersOnde histórias criam vida. Descubra agora