Just us

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Os dias que se seguiram foram uma mistura de estudos, visitar Lucy e ajudar o Richard.

Lucy precisou ficar mais alguns dias para se recuperar de vez e Richard querendo garantir que ela continuaria se cuidando, ofereceu sua casa. Isso queria dizer faxina, para deixar seu quarto habitável.

Depois de passar uma tarde inteira arrumando tudo, ainda tinha que achar disposição para estudar para as provas da próxima semana.

Eu tinha voltado a dormir na faculdade, o que significava pouco tempo a sós com Erick. Parecia que tínhamos vivido um mês em menos de uma semana e eu precisava de um pouco de normalidade com tanta coisa acontecendo.

Era domingo a tarde quando Erick apareceu na porta do quarto depois de eu ligar para ele e exigir sua presença.

- Soldado Brian se apresentando senhora – ele bate continência para mim e eu caio na risada.

- Veio rápido soldado – ele se aproxima e me dá um beijo.

- Estou com saudades – seus braços me envolvem – O que a senhorita está aprontando?

- Vamos fugir – dou risada – De todo mundo, dessa loucura que aconteceu essa semana.

- E como você acha que vamos conseguir isso? – ele me olha, provavelmente achando que eu enlouqueci de vez.

- Simples. Vamos no cinema e desligar o telefone – ele ri – Depois podemos ir ao parque ou a qualquer lugar. Desde que não tenha nenhum de nossos amigos, só nós dois.

- Parece um ótimo plano – ele sorri – Já está pronta?

- Só preciso de um minutinho – respondo.

Ele se deita enquanto me observa terminar de me arrumar. Opto por não passar nada no olho e só um batom vermelho. Calça jeans e uma camiseta simples, eu estava pronta.

Seguimos para o shopping e decidimos comer antes de entrar no cinema.

- O que vai fazer assim que entrarmos de férias? – Erick me pergunta e rouba uma batata frita.

- Não pensei em nada ainda, provavelmente só voltar para as casas dos meus pais – dou de ombros. Eu realmente só pensava em terminar o ano sem nenhuma dp, não imaginava nada depois disso.

- E você já disse que dia volta? – nego com a cabeça – Bom saber.

- Por que? O que tem em mente senhor Brian? – eu o olho desconfiada.

- Ainda nada – ele sorri – Mas o pessoal estava falando de viajar todo mundo junto de novo.

- Seria demais – fico animada com a ideia – Pensaram em algum lugar já?

- Quando estávamos procurando aconteceu o acidente, podemos sentar todos juntos e decidir – ele rouba mais uma batata e ganha um tapa de brinde.

- Não acho uma boa ideia, mas quero ver – dou risada imaginando a bagunça que seria só na escolha do local.

Terminamos de comer e seguimos para assistir o filme. Era um lançamento de ação e eu não estava muito afim de ver, porém era a única alternativa que Erick me deu.

- Foi demais fala sério – ele estava empolgado após ver duas horas de pessoas atirando – Aquela parte que ele derrapa com a moto...

- Sensacional – finjo empolgação mas ele percebe.

- Vou deixar você escolher um romance da próxima vez – ele beija minha mão.

- Vou me lembrar disso – sorrio para ele e voltamos ao estacionamento.

Seguimos para o parque onde vimos o sol se pôr e quando começou a esfriar, Erick deu a ideia de ir para sua casa.
...

- Está muito silenciosa – digo quando não escuto nenhum barulho e vejo tudo apagado.

- Minha mãe saiu, não deve ter voltado ainda – ele me conduz até o andar de cima.

- Isso foi de propósito Erick Brian? – cruzo os braços assim que ele abre a porta.

- Foi mais para um palpite – ele ri – Mas fico feliz de que estamos só nós dois aqui.

Ele dá dois passos em minha direção e tira uma mecha do meu rosto. Desce com suas mãos pelo meu corpo e para na cintura, enquanto eu permaneço de braços cruzados mas com um sorriso no rosto.

- E o que você pretende fazer a seguir? – digo enquanto ele passa a língua pelo lábio inferior.

- Você vai adorar saber.

Jogo meus braços pelo seu pescoço quando ele usa uma de suas mãos para nós aproximar. Sua boca contra a minha é de uma vontade como se tivéssemos separados a dias.

Caminhamos lentamente até a cama e ele me deita, voltando a ficar de pé para tirar a jaqueta enquanto me observa.

- Gosta do que vê? – pergunto para provocar.

- Sou apaixonado por cada detalhe seu – ele responde com a voz rouca e volta a se inclinar para me beijar.

Nossas camisetas são as primeiras a ir para o chão e ele beija toda minha barriga enquanto eu me livro do sutiã.

Fico por cima e o beijo antes de descer a mão até sua calça e encontrar o fecho, levando-a ao chão junto com sua cueca. Dou um sorriso antes de provoca-lo e vê-lo gemer com meu toque em sua parte íntima.

Quando chega sua vez de me provocar, seguro com força o lençol e gemo seu nome baixinho.

Ele entra em mim devagar e eu me agarro a ele, fincando minhas unhas em seus braços.

- Eu amo você – Erick sussurra em meu ouvido enquanto sua boca passeia pelo meu pescoço e ele deixa uma mordida em minha orelha.

- Eu te amo demais – minha voz falha e eu arranho suas costas quando o sinto dar mais uma mordida em meu pescoço.

Chegamos ao ápice juntos e seu corpo cai sobre o meu. Não sei dizer quanto tempo ficamos ali, em silêncio, apenas escutando as batidas de nossos corações.

- Você foi a melhor coisa que me aconteceu Eve – ele beija minha testa – Seu corpo, seu jeito, suas qualidades e seus defeitos. Eu amo absolutamente tudo que tenha a ver com você.

- Eu não posso pedir nada mais na vida – sorrio e o beijo. É um beijo lento e cheio de significados.

- Eu ainda tenho que conhecer o resto da sua família e ver se eles me aprovam – ele sorri e eu também.

- Impossível não aprovarem você – eu respondo – Quando você passar um tempo lá em casa, já sei que eles vão me trocar por você.

- Isso foi um convite ou você só está supondo? – Erick ri.

- Foi um convite – solto uma risada – Quero ter você lá em casa também, não posso passar todo o tempo aqui e dar trabalho para sua mãe.

- Ela te adora, você sabe – ele acaricia meu rosto – Mas eu adoraria passar um tempo com seus pais, sei que sua mãe vai me amar lá.

- Retira o que eu disse, não vai dar certo vocês dois juntos – eu rio – Ela vai contar todos os meus podres.

- Mais um motivo para eu ir – ele se aninha junto a mim – Quando nós vamos mesmo?

- Muito espertinho Erick, muito espertinho – dou um beijo rápido, mas ele me segura e prolonga o beijo – A gente pode ver a data depois não é?

- Com toda certeza – ele sorri entre o beijo e volta a ficar sobre mim – Agora eu só penso em uma coisa. Você.

E ele volta a ficar sobre mim, me levando a perder a noção de tempo mais uma vez.

Opposite StrangersOnde histórias criam vida. Descubra agora