Kihyun nunca se considerou alguém sortudo, de fato e não fazia ideia se parar naquele quarto, naquele momento e naquelas circunstâncias poderia ser chamado de sorte, como muitos diriam.
Principalmente se o dono daquele lugar fosse tão bom em brincar...
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bora pro cap
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Sorte do dia - Seja receptivo!
A ajuda pode vir de onde menos se espera
Kihyun não levou a sério quando Changkyun disse que o buscaria. No entanto, depois da mensagem direta do rapaz naquela manhã dizendo apenas "me espere", ele percebeu que o Im falava muito sério.
Pessoas ricas costumam ter coisas chamativas, mas Changkyun o esperava sobre a moto como se fosse apenas mais um transeunte vagando pelo bairro de classe média. Desde o veículo até suas roupas, tudo era preto e ele tinha retomado aquela expressão reservada que sempre via quando estavam na universidade. Changkyun mexia no celular, mas virou o rosto em sua direção quando ouviu o barulho da porta da frente se abrir e guardou o aparelho no bolso do casaco antes de lhe oferecer um capacete.
— Tinha que ter uma moto no pacote bad boy, né? - Kihyun pegou o objeto de má vontade.
— É você quem está dizendo - colocou o próprio capacete - Põe logo.
— Vai bagunçar meu cabelo. Por que a gente não pode ir a pé?
Changkyun suspirou enquanto puxava o outro pela mão até que ele parasse de frente pra si. Passou as mãos pelos cabelos castanhos de Kihyun antes de vestir sua cabeça e dar um tapinha sobre ela.
— Se você passar a mão ele vai voltar pro lugar. Sobe aí.
Kihyun fez uma careta enquanto obedecia o rapaz e se sentava atrás dele, segurando-se no apoio traseiro. Não curtia muito essa coisa de motos, mas aquilo era mesmo a cara de Changkyun; devia ter esperado por isso. O caminho não era muito longo, mas o Yoo ficou apreensivo o suficiente pra se permitir segurar o ladinho do casaco do Im no meio do caminho - coisa que ele jamais admitiria, é claro.
Chegaram ao estacionamento e Kihyun tirou o capacete passando as mãos desesperadamente pelo cabelo e tudo que Changkyun fez foi lhe assegurar que não estava bagunçado. Andaram lado a lado até chegarem aos blocos e Kihyun conseguiu entender um pouquinho o que as pessoas queriam dizer quando falavam sobre a fama do sortudo da semana.
Os olhares que dirigiam aos dois iam da curiosidade à inveja. Alguns pareciam avaliá-lo, como se quisessem saber se a escolha de Im havia sido boa ou não e o Yoo, que não estava mesmo acostumado àquele tipo de atenção, perguntou-se como Changkyun conseguia suportar aquele assédio.
— Eu vou estar no bloco E - o mais novo tirou-o daqueles devaneios - Suas aulas são todas aqui hoje?
Kihyun assentiu, notando que o garoto a sua frente fingia que nada estava acontecendo, ignorava as encaradas ao redor.
— Então a gente se vê no almoço. Se sair antes de meio dia, me mande uma mensagem e eu te encontro.
— Ok.
Por mais que aquilo fosse de mentira, Changkyun parecia muito atencioso. Não tinha certeza se aquelas instruções eram apenas porque aquilo era tudo fingimento e precisavam marcar pra não se desencontrar, ou se ele costumava direcionar tanta atenção aos seus casos.
Se fosse a segunda opção, podia entender um pouco porque chamavam seus escolhidos de "sortudos".
Depois de se despedirem de um jeito estranho outra vez, Kihyun se apressou até sua primeira aula. Felizmente distraiu-se de tudo que corroía sua mente nas últimas 48h e se afundou em seus estudos como vinha fazendo desde o semestre anterior, quando entrou na faculdade. Fez como Im havia feito antes de se despedirem, ignorando os olhares e cochichos dos colegas, mas vez ou outra não conseguia evitar se perguntar porque diabos alguém iria querer aquele tipo e atenção.
Ouviu coisas como "normalzinho demais" e "não parece fazer o tipo do Changkyunnie", e Kihyun teve vontade de rir. Não fazia mesmo o tipo dele, certamente e não sabia como ser considerado normal poderia soar como uma ofensa. Claro que sentiu um pouquinho de raiva porque odiava que falassem dele pelas suas costas, mas já estava vivendo um drama grande demais pra piorar as coisas brigando com um bando de pessoas invejosas.
Quando sua aula terminou era exatamente meio dia, então Changkyun ainda devia estar saindo de sua classe. Esticou o corpo preguiçosamente antes de pegar o celular pra dizer que iria para a praça de alimentação quando ouviu a voz rouca do amigo chamar sua atenção. Kihyun nem ao menos conseguiu enviar a mensagem antes de paralisar, sem saber o que dizer. Minhyuk tinha uma expressão de falso julgamento, com os braços finos cruzados diante do corpo e prendendo uma risadinha para tentar parecer sério.
Em qualquer outra ocasião, Kihyun teria sorrido e os dois começariam a gargalhar sem saber exatamente o motivo, mas agora ele não conseguia.
— Você ignorou minhas mensagens.
— Isso não é bem uma novidade - Kihyun tentou sorrir, mas pareceu falso até mesmo pra ele.
Quando disse a Changkyun que não sabia como lidar com isso, estava falando muito sério. Tudo que queria era voltar a acreditar que o Lee, em hipótese alguma, faria algo para magoá-lo, mas depois de mais aquela experiência, não sabia como reagir. Não sabia se podia mesmo confiar nele.
— Eu só não vou reclamar porque você deve ter aproveitado bem o fim de semana, assim como eu - soltou uma risadinha, perdendo a pose - Eu tenho tanto pra contar. O Shownu...
— Olha - Kihyun interrompeu, um tanto desesperado - Eu estou meio ocupado agora, então não vai dar pra ouvir.
— Ué, a gente não vai almoçar? - Minhyuk virou a cabeça de lado, confuso.
— Eu ia, mas eu preciso fazer uma coisa.
— Que coisa?
— Eu sou a coisa - Changkyun surgiu das sombras como o bom demônio que ele era e Kihyun quase chorou de alívio.
Um dos braços de Im passou ao redor de seus ombros e nunca na vida achou que se sentiria tão bem depois de uma intervenção como aquela. Minhyuk abriu a boca e sorriu, compreensivo antes de piscar para Kihyun e cumprimentar Changkyun. Girou nos calcanhares e se despediu dizendo que mandaria novas mensagens, intimando o Yoo a respondê-las.
Quando o braço ao seu redor afrouxou o aperto, Kihyun suspirou segurando levemente a mão que caía pelo seu ombro.
— Obrigado - pediu - Ele ia falar do que houve na festa. Achei que fosse morrer.
— Em todo caso - Changkyun, ainda com o braço ao redor de seu pescoço, conduziu-o pelo corredor - Você está livre pra dizer que teve uma boa noite também.
— Mesmo se tivesse acontecido alguma coisa, eu não conseguiria me expor dessa maneira.
Changkyun riu, achando graça daquela situação.
— Você é o primeiro a pensar assim nesse lugar.
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EAEEEE
Pois é, Kiki e Min se encontrando não teve gritaria nem porrada... Só o kiki magoadinho.
Chang muito que já ajudando...
Mas digam aí oq vcs esperam pro cap que vem uaheuiafekfmek
