Kihyun nunca se considerou alguém sortudo, de fato e não fazia ideia se parar naquele quarto, naquele momento e naquelas circunstâncias poderia ser chamado de sorte, como muitos diriam.
Principalmente se o dono daquele lugar fosse tão bom em brincar...
Eu ia postar só a noite, mas como eu to com saudade, decidi postar logo, antes de sair
ENTÃO BORA
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Sorte do dia - Avalie!
É melhor pensar nas respostas de suas questões com a cabeça fria
Uma música antiga tocava no celular de Sangah enquanto ela, sem perceber, remexia os quadris. Os cabelos escuros estavam presos no alto da cabeça e ela observava o miniforno atenta, esperando a lasanha congelada ficar pronta para ser ingerida.
Quando ouviu o barulho característico do aparelho, cantarolou com mais vigor e colocou a bandeja e dois pratos sobre o balcão da pequena cozinha americana, esperançosa que o cheiro da comida melhorasse a carinha de Changkyun.
Ele não saía do seu lado desde que chegara na sexta-feira, mas já era tarde de domingo e ele ainda estava daquele jeitinho cabisbaixo. Não chegou a contar nada porque passaram o tempo todo agarrados no pequeno apartamento alugado para aquela curta temporada e tudo que Sangah queria saber era se Changkyun estava realmente bem depois de ter passado por um período tão delicado sozinho pela primeira vez.
A tarefa de acalmar a mãe contando que teve companhia e foi muito bem cuidado durante aquele fim de semana específico trouxe uma onda de lembranças que haviam se tornado ainda mais dolorosas e, por esse motivo, preferiu não falar sobre como tudo havia acabado naquele momento. Isso não pareceu fazer diferença, ainda assim.
Era como se, para cada lugar que olhasse, houvesse algo que o lembrava de Kihyun.
Mesmo aquele momento na cozinha com a mãe trazia recordações doces – e um tanto apimentadas – de tudo que havia passado com o Yoo e Changkyun nunca se sentiu tão confuso.
No dia em que tiveram aquela discussão dramática no meio da calçada, Im se sentiu o cara mais patético do mundo por ter passado a noite chorando no colo dos amigos. Suas tentativas para manter Kihyun ao seu lado foram inúteis e pareceram ridículas em seu novo ponto de vista, onde ele ainda estava apaixonado por Hyunwoo.
Quando viu que ele finalmente tinha feito as pazes com Minhyuk, acreditou que ele o tinha feito porque havia descoberto que o Lee e Shownu já não tinham nada e agora ele estava livre pra fazer o que quisesse a respeito do alvo de sua paixão platônica. Changkyun estava magoado, obviamente, mas nem ao menos conseguia ter raiva dele. Quando começaram aquele acordo, ele tinha consciência dos sentimentos de Kihyun e não podia culpá-lo por algo tão incontrolável quanto a paixão.
Ele sabia que não era fácil lidar com isso. Afinal, ele mesmo estava passando por esse processo.
Quando Hyungwon lhe disse que pretendiam falar sobre Kihyun na coluna de fofocas da universidade, Changkyun acreditou que faria valer os boatos sobre ser um assassino. Todos os rumores foram unidos numa única matéria e os absurdos incluíam suborno, chantagem e os malditos pactos. Nunca havia se dignado a dar atenção àquele tipo de coisa quando se tratava apenas de si, mas não ficaria sentado olhando os discentes incluírem Kihyun naquele absurdo também. Principalmente porque essa deve ter sido uma das coisas pelas quais Kihyun agradeceu ao ter, finalmente, chegado ao fim daquele trato.
