Kihyun nunca se considerou alguém sortudo, de fato e não fazia ideia se parar naquele quarto, naquele momento e naquelas circunstâncias poderia ser chamado de sorte, como muitos diriam.
Principalmente se o dono daquele lugar fosse tão bom em brincar...
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Sorte do dia - Fique tranquilo!
Nem tudo é o que parece
O dia estava bonito na opinião de Kihyun.
Changkyun preferia mil vezes dias mais nublados e não tão quentes, mas Kihyun parecia pronto pra aplaudir o surgimento do sol naquela tarde.
Era quarta-feira. Já tinham passado pelo seu ritual da manhã que consistia em irem juntos pra universidade, assistirem suas aulas, fugirem de Minhyuk e irem para casa de Changkyun para que Kihyun tentasse consertar a caixinha de música. Acontece que o Yoo não estava satisfeito em ficar no quarto, como nos últimos dois dias. Quando viu como o clima estava ensolarado, ele passou pelo menos meia hora tagarelando, tentando convencer o mais novo a irem para o lado de fora, aproveitar a luz do dia sem precisar acender as lâmpadas.
"Você disse que gente rica permanece rica porque não gasta dinheiro a toa. Está sendo contraditório".
Às vezes Changkyun só queria que ele tivesse uma tecla "mudo".
Im acabou cedendo, levando a caixinha de música com cuidado para o lado de fora, no deck. Enquanto Kihyun se abrigava debaixo do guarda-sol, ainda tentando desvendar o quebra-cabeça que era aquele objeto, Changkyun começou a rodear a piscina. O mais velho não tinha entendido muito bem o motivo, mas só conseguia pensar que ele parecia um gato travando uma batalha silenciosa com a água.
— Você acha que tem a chance de estar faltando alguma peça? - o mais velho perguntou, olhando a bagunça diante de si.
— Tem - respondeu simplista, tirando a camisa - Eu acho que peguei tudo, mas chance sempre tem, né?
Kihyun ficou observando o garoto jogar a blusa na cadeira ao seu lado, decidindo entrar na água.
— Alguém limpou essa piscina depois de sábado? - fez uma careta ao perguntar.
Changkyun riu enquanto emergia e jogava os cabelos pra trás.
— Quer vir ver?
— Deus me livre.
Changkyun riu de novo e o som grave de sua voz quando fazia isso era muito gostoso de ouvir. Kihyun se forçou a focar novamente na caixinha, até ouvir um barulho vindo da outra mesa.
— É meu celular - Im apontou - pega pra mim.
Kihyun pegou o celular e levou até a borda da piscina, onde Changkyun esticou o braço pra alcançar o aparelho.
— Oi, Hyung - a voz gentil sempre era uma surpresa para o Yoo - Estou em casa... Pode, vão vir agora?... Ok, traz alguma coisa pra comer... Tá bom. Tchau.
Kihyun ainda não tinha se mexido, parado na borda, esperando pra levar o celular de volta pra mesa, mas Changkyun se impulsionou pra fora e ele mesmo deixou o aparelho de lado. Virou-se para Kihyun e olhou-o de cima a baixo antes de dizer.
