Cap. 1

9.4K 690 268
                                    

Ane ficou completamente irritada com o engarrafamento, afinal, não havia muita diferença do trânsito dali com o das capitais, a não ser pelo fato de serem vacas ao invés de carros.

Eles só saíam do lugar à medida que a manada se afastava. O caipira dirigia e freava de minuto a minuto. Ane terminou cochilando com a demasiada demorada. Estava exausta da viagem e principalmente chateada de ter que morar por ali até completar a maioridade quando não precisaria depender de ninguém e conquistar sua emancipação.

O homem aproveitou para observá-la: Ela trajava um vestido amarelo estampado de flores azuis, suas pernas torneadas ficavam deliciosamente à mostra devido a posição em que estava sentada, as compridas pontas onduladas do cabelo tingido de castanho claro se aconchegavam no decote, (enquanto que alguns fios estavam enrolados no seu colar) evidenciando seus seios arredondados e firmes; eles possuíam um tamanho proporcional ao seu corpo cheio de definições.

Ane não parecia ter dezesseis anos, era mais madura física e mentalmente.

O homem logo ficou excitado com a cena agradabilíssima da jovem adormecida, pois apesar de sua precoce sensualidade sua face ainda tinha traços angelicais.

Ele não suportou o desejo e desviou o carro da estrada, dirigiu alguns metros, próximo a uma trilha que dava caminho para a mata e estacionou longe de qualquer movimento e olhares que pudessem incriminá-lo.

Tirou o cinto, abriu o zíper, enfiou a mão na cueca e começou a se masturbar. Observou-a dormindo serena e acelerou os movimentos em seu pênis. Não satisfeito, aproximou-se dela e começou a fungar seu perfume com selvageria.

Ane sentiu um bafo e acordou abruptamente abrindo os olhos assustada. Tinha o sono leve e qualquer barulho ou energia suspeita chamava sua atenção. Ficou atônita ao presenciar a repugnante cena do caipira com o membro ereto na mão o sacolejando com violência.

Ele sorriu para ela e colocou a outra mão na sua coxa escorregando para virilha e a apertando, achando que ela poderia gostar, uma vez que na região era muito comum meninas novas como ela se envolver com caras mais velhos.

Segundos depois de assimilar o que ele estava fazendo por causa do tamanho espanto, sua reação foi a de o empurrar com toda força e nojo que sentia e lhe dar ferino bofetão.

O homem ficou tonto com o soco, seus lábios sangraram quase que imediatamente.

Ane abriu rápido a porta do furgão aproveitando o momento em que ele se recuperava do golpe e saiu gritando:

- Seu porco imundo! Nojento! Arg! Que nojo!

O caipira saiu seguido dela enfiando o pênis para dentro da cueca e arrumando a calça com certa pressa.

- Calma moça! Era só uma brincadeirinha inocente! Entra no carro!

- Maldito! Não vou entrar nesse carro com você nem que a vaca tussa! - avisou convencida lhe apontando o dedo indicador como advertência. A expressão soara perfeita para a situação.

- Mas minha obrigação ainda não terminou contigo! Tenho que levá-la até a fazenda, foi esse o combinado! - suspirava pesado.

- Pois eu não irei mais para lugar algum com você, não arredo o pé daqui!!!

- Não seja teimosa cabrita! Sua vó arranca meu couro se eu te deixar sozinha na estrada! Logo vai escurecer, pode ser perigoso!

- A única coisa perigosa aqui é você, seu nojento!

Ane abriu novamente a porta do furgão e arrancou a chave da engrenagem de um súbito. Destravou a traseira e começou a retirar suas malas, jogando-as sem a mínima preocupação de quebrar alguma coisa.

- O que pensas que está a fazer moça? - questionou incrédulo com a atitude dela que estava acostumado com mulheres passivas.

- Vou andando se for preciso, mas com você eu não irei!

O caipira levou a mão ao chapéu ilustrando uma expressão de decepcionado. Argumentou dando de ombros:

- Está bem! Como quiser! Mas me prometa que não vai contar nada disso para sua vó!

- Isso é assédio sexual, sabia? Você pode ser preso por isso! Pedófilo nojento! Não vou contar nada desde que fique à quilômetros de distância de mim, e se me ver de novo finge que não me conhece! Rum! Era só o que me faltava!

- Está certo. Mas já vai escurecer, tem certeza de que não quer que eu te leve? As malas estão pesadas, não vai conseguir chegar lá sozinha antes do amanhecer! Eu te dou minha palavra que não vou mais tocar em você e nem fazer nada... que você não queira!... - seu tom era irônico.

Ane revirou os olhos com a ousadia do sem-vergonha:

- Suma da minha frente antes que eu mude de ideia e te denuncie seu maldito! Fica longe de mim senão te mato!

O caipira preferiu não insistir. Se era isso o que ela queria que se virasse então, pois não podia arranjar problemas com dona Cleuza e acabar sendo preso por não ter controlado seus impulsos. Pestanejou, se ela não tivesse acordado teria gozado e nem ia perceber.

Ele entrou no carro e deu partida, logo arrancou e sumiu na estrada deixando apenas um rastro de poeira que invadiu as narinas de Ane novamente, deixando-a mais nervosa e odiando aquele lugar ainda mais. Nunca tinha passado por uma situação como aquela, ainda bem que tivera forças para reagir e se defender. Respirou fundo e procurou se acalmar. Por sorte tudo tinha acabado e nada pior aconteceu, mas o fato ainda lhe renderia terríveis pesadelos ainda mais assustadores do que com o touro porque o ser humano conseguia se superar.

Minha Cowgirl Favorita ( Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora