- Eu não sou a piranha da sua namoradinha! Não vou permitir que me ofenda! Me respeita menina! Não é porque curto caras que quero transar com todos e se quisesse também não é problema seu! O corpo é meu e eu faço com ele o que bem entender.
O rosto de Talita virou com a força do golpe. Sentiu sua bochecha arder imediatamente. Um vermelhão se ilustrou no local. Contudo, não obteve reação alguma. Ficou parada com os olhos marejados como se tivessem lhe congelado no tempo. Sequer conseguia raciocinar. Não esperava por uma atitude assim de Ane.
- Você mereceu! - a ruiva julgou já chorando copiosamente se dando conta da própria impulsividade, tentando controlar os nervos. - Não está rolando nada entre o Adriano e eu! Diferente dos outros garotos da cidade ele me respeita, estamos nos tornando amigos de verdade.
Ao escutar o nome do ex-amigo Talita reagiu, pegou nos punhos dela com agressividade gritando:
- Será que não percebe que ele só está te usando pra me atingir?! Ham?
- Você se acha a última pessoa do universo!
- Isso não tem nada a ver com vaidade, não seja tola! Será que não enxerga que o Adriano, o Tiago e toda a patotinha dele não prestam e que eles me odeiam?
- Mesmo que fosse verdade, quais motivos ele teria pra fazer isto?
- Porque eles sabem que eu... - desabafou porém hesitou prendendo os sentimentos assim que percebeu que estava prestes a se declarar.
- Que eu o quê? - Ane encorajou com expectativa.
Talita não conseguiu proferir mais nenhuma palavra. Um nó se formou em sua garganta, impedindo-a de continuar a frase.
- Fala Talita... - pediu Ane nutrindo esperanças. - Diz... Eu o quê? - sussurrou enfática: - Por favor diz...
Flávia apareceu eufórica. Deparando-se com as duas juntas naquele clima ruim, abaixou o tom da voz:
- Talita... Ane...
Ane se apressou em secar as lágrimas e ajeitar o vestido. Talita também suspirou profundamente, recompondo-se, agradecendo mentalmente por terem sido interrompidas, não sabia o que fazer ou o que falar. Não entendia porque não conseguia se abrir para Ane, talvez pelo medo de perdê-la outra vez e consequentemente sofrer.
- Ei Flávia.
- Ah... Desculpa! Acho que estou atrapalhando! Eu volto depois... - deu meia volta mas foi impedida e retornou.
- Não há nada aqui pra ser estragado - Talita desconversou se encostando na mesa ao lado de Ane, cruzando os braços.
Ane fungou e ignorou toda a situação complexa. Desceu de um pulo, ansiosa e mais preocupada em desvendar o segredo, perguntou:
- Você conseguiu?
- Não...
- Ah...
- Você demorou, fiquei preocupada!
- Posso saber o que tanto vocês procuram? - investigou Talita intrigada.
- Nada ora! A gente estava brincando de esconde-esconde - Ane omitiu.
- Estão cheias de segredinhos pro meu gosto, rum. O que conseguiu tem a ver com esconder?
- Achou! Era isso que a Ane quis dizer! Parece que tu desconcertou ela da brincadeira.
Talita e Ane se entreolharam constrangidas. Como elas não responderam, Flávia contemporizou sugerindo com um sorriso choco:
- Hum... Estou faminta! Que tal entrarmos e comermos aquele bolo?
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Minha Cowgirl Favorita ( Sáfico)
Teen Fiction+🔞 O pesadelo de Liliane começa quando o pai decide aceitar um cargo para trabalhar fora do país e resolve mandá-la para morar com sua avó materna no interior do Estado de Minas Gerais em solo brasileiríssimo. Totalmente relutante no início, ela ac...