B10 - Sonho Americano

Amistoso

Maggie - Vai lá e arrasa garota.

- Não se preocupe quanto a isso.

Alex - Confiamos em você.

- Eu nem sei se vou entrar mais estou pronta se precisar.

Alexie - Manda a ver.

Lexi se aproximou, a abracei e juntamos nossas testas.

Alexie - Você merece esse momento.

- Vai ser o melhor.

Ela se distanciou com as mães e Maia chegou mais perto.

Maia - Então, bom jogo.

- Obrigado.

Maia - Tenho certeza que você vai jogar muito e revolucionar esse lugar.

- Não duvido disso também.

Maia - Você é incrível.

A beijei intensamente, ela é a pessoa mais preciosa que entrou na minha vida esses últimos anos e eu só tenho que agradecer por ter ela do meu lado sempre, sempre mesmo. A soltei e ela se foi junto com a família que estava um pouco e frente, me coloquei a caminho do vestiário pra trocar e ir a campo, o time titular é o mesmo que a Carli já montou nos treinos, mesmo achando isso uma bobeira a treinadora é ela então vou ficar quieta respeitando a escolha dela. 

Hoje o jogo é contra as Blue Bears, time aqui da região que também vai jogar a liga com a gente, provável que nos encontremos na Liga interna já que estamos na mesma região. O time delas é bem rápido o que pode prejudicar a gente mas nosso time tem a vantagem de jogar em casa, por mais que a torcida não tenha muita confiança pode ser bom.

Peguei meu uniforme e o coloquei, a camiseta, short e meião vermelhos com detalhes brancos. Minha chuteira vermelha estava meio larga mais mesmo assim a coloquei e fui aquecer com o time. Corridas, toques e uma galera chegando, pode parecer que eu tenho uma forte influencia e que o estádio vai encher por minha causa mais não é bem assim, a reforma da diretora Wambach foi maravilhosa pra meninas que jogam porém não foi tão revolucionário. O Red Stars tem espaço sim e bastante dedicação da população da cidade, cerca de 15% ou 20% de toda Chicago acompanha a gente. 

Não queria que fosso assim, quase toda cidade só critica e acha que mulher não joga futebol, isso é algo que eu sempre pensei e sempre enfrentei, tia Ororo sempre me disse pra ser o mais forte que eu poderia, ela me fez prometer várias vezes que eu iria dar tudo de mim quando encontrasse algo que eu amo muito e eu encontrei, o futebol é onde eu me sinto capaz de mudar, revolucionar tudo e fazer com que olhem para o futebol feminino de outro jeito. Agora a mídia esta em mim então o que custa eu fazer o que minha tia fez comigo com a maioria de meninas nesse país? Sonhar não custa nada mais realizar custa sim, muita coisa mas se é aquilo que se quer vale a pena os sacrifícios.

Logo o jogo começou, o time delas esta atacando bastante pelas laterais do lado direito da nossa defesa e a Sofia parece que não esta conseguindo sozinha, aos 15 minutos fui pro aquecimento mas continuei de olho no jogo, em uma bola lançada nas costas da zaga a capitã correu e esticando bastante a perna ela conseguiu interceptar a bola mas para desespero ela não se levantou e começou a se contorcer de dor, logo os médicos foram autorizados a checar o estado da jogadora e ao ser diagnosticado que ela não iria conseguir mais, Carli me chamou para substituição, não sei o que ela esta pensando mas é bastante arriscado me colocar na zaga, peguei a braçadeira com a zagueira.

Carli - Você se lembra da formação com 3 zagueiras que treinamos?

- Sim.

Carli - Vamos fazê-la agora, só que sem a Sofia.