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𝕡𝕣𝕖𝕤𝕖𝕟𝕥𝕖𝕤, 𝕒𝕞𝕚𝕫𝕒𝕕𝕖 𝕖 𝕡𝕝𝕒𝕟𝕥𝕚𝕟𝕙𝕒𝕤

Pela terceira vez naquela manhã o pai de Taeyong ligava, mesmo relutante, atendeu no segundo toque já que não aguentava mais aquele barulho, só queria dormir sem que o incomodassem, ainda mais tratando-se do homem que o ligava.

– Alô... – Taeyong tinha a voz um pouco rouca já que havia acabado de acordar.

– Bom dia, filho! – A voz do homem parecia animada, Taeyong podia jurar que seu pai sorria do outro lado da linha. – Como você está?

– Estou bem, e você? E a mamãe? – Taeyong tentou ao máximo esconder sua voz sonolenta e rouca, até mesmo os bocejos que acabava soltando.

– Estamos todos bem, Tae. – O homem falou o apelido num tom carinho, Taeyong já estava começando a estranhar as coisas – A propósito, eu estava de viagem e acabei comprando algumas coisas para você, acho que chegam hoje mesmo pelo correiro!

– Que coisas, pai? Eu não preciso de nada, eu estou bem! – O rapaz logo começou a sentir-se mais agitado, odiava quando o pai o tratava assim. Com o celular pendurado entre a orelha e o ombro, Taeyong levantou-se e começou a andar pelo apartamento – Eu consigo me virar, você sabe muito bem disso.

– É só um agrado, não precisa entrar na defensiva! – O homem soltou uma risada que soou um tanto forçada – E você sempre precisa de algo, Tae! Sou seu pai, não é porque cresceu que vou parar de lhe dar presentes.

– O que aconteceu desta vez para querer me dar presentes? – Não demorou muito para que a paciência de Taeyong começasse a desaparecer, afinal, detestava em partes a relação que tinha com os pais – Se é que eu devo chamar de presentes, estão mais para subornos!

– Não gosto que use está palavra, não aconteceu nada! – O homem respirou fundo.

– Você tenta comprar meu amor com presentes, sempre fez isso, pai! Desde que eu me conheço as coisas são assim... Você realmente não entende! Bom... Mas me diga, se nada aconteceu, vocês ainda vão vir me visitar aqui em Seul?

– Eu queria mesmo falar com você sobre isso... – O homem estava frustrado, por mais que as palavras do filho lhe doessem, não deixava de ser verdade – Eu e sua mãe tivemos imprevistos... Você entende, não?

– Não, eu não entendo. – Taeyong sentia o coração acelerado enquanto sua visão embaçava devidos as lágrimas que enchiam seus olhos, não conseguiria dizer palavra alguma sem que chorasse de tanta raiva que sentia naquele momento.

Antes que pudessem discutir, Taeyong desligou a chama enquanto sentava-se em sua cama, deixando com que algumas poucas lágrimas rolassem por suas bochechas levemente avermelhadas. Lee estava farto de toda aquela situação, apenas queria os pais consigo ou que os mesmos percebessem que agora era um adulto, que podia viver e sustentar-se sozinho, sabia que nada era perfeito mas a relação com os pais tinha tanto a melhorar.

*»»————««*

Taeyong ainda sentia-se cansado, e como teria tempo livre resolveu que iria dormir um pouco mais, e assim fez, dormiu tranquilamente por algumas horas, mas não demorou muito para que Taeyong acordasse assustado com o barulho que ouviu, Taeyong ergue seu tronco e arregalou os olhos, logo percebendo que o tal barulho tratava-se de Yuta jogando-se na grande cama do Lee.

– Bom dia! – Yuta sorriu para o amigo.

– Vai se foder... – Taeyong coçou os olhos e deitou-se novamente, cobrindo o rosto com o lençol azul marinho – Me deixe dormir em paz!

– Que maú humor... Trouxe uma coisa para você, na verdade foi seu pai, eu só peguei quando passei pela portaria! – Aquelas palavras foram o suficientes para fazer com que Lee despertasse totalmente, levantando-se e caminhando até a sala de estar, onde a caixa se encontrava.

Após pegar um estilete, Taeyong cortou toda a fita adesiva que ficava por volta da caixa, logo a abrindo e tendo a visão dos presentes que mais reconhecia como "subornos". A caixa tinha algumas roupas de marca e um celular de última geração, ao retirar tudo da mesma viu que havia um pequeno envelope no fundo da caixa.

"Tae! Esperamos que esteja bem e que goste do presente, nós te amamos tanto, filho! Use o dinheiro do cheque para pagar algumas contas e despesas do apartamento, beijos!"

Junto a carta, havia um cheque, a quantia não era tão exagerada mas pagava suas contas além de sobrar um pouco para comprar comida, mas mesmo assim Taeyong estava furioso, mal podia acreditar que os pais ainda o tratavam como uma criança mimada, Taeyong queria um dia poder sentir-se independente mas parecia se tornar mais dependente a cada dia.

– Tae... – Yuta colocou uma das mãos sobre o ombro do amigo – Não fica assim...

– Eu estou bem, Yuta! – Taeyong assentiu enquanto levava a caixa para o quarto, onde sentou-se no chão com Yuta que logo fez o mesmo.

– Vamos te arranjar uma forma de ganhar mais dinheiro, certo? Podemos vender o dobro de trabalhos da faculdade se quiser. – Yuta sorriu, deitando a cabeça no ombro do amigo – Mas por enquanto, que tal relaxarmos um pouco?

– Eu não estou no clima hoje, mas fique à vontade... – Taeyong riu ao ver o japonês retirar o baseado do bolso.

Yuta não demorou em acendê-lo, logo tragando e soltando a fumaça esbranquiçada, ambos soltaram uma risada boa e Taeyong agradeceu por ter Yuta ali, mesmo que de um jeito estranho, Yuta e Taeyong era melhores amigos e estariam lá para o outro, sempre.

Taeyong estava considerando a ideia de também fumar, já que tinha certeza de que Yuta teria outro baseado em algum dos bolsos.

– Quer saber... – Taeyong encarou o amigo – Também quero fumar!

Antes que Yuta pudesse responder ou lhe dar um baseado, ouviram batidas na porta e então Taeyong levantou-se, caminhando até a porta e a abrindo, logo engolindo a seco quando viu que tratava-se de seu vizinho.

– Uhm... Isso é cheiro de maconha ?

Merda. Mil vezes merda.

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Oii gente!!! Como vocês estão? Estão gostando de daddy? Falem o que vocês estão achando!!

daddy☽ ; jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora