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Pâmela

Acordei era 2h da manhã, vomitei pra caralho!!!!

Botei tudo pra fora real. Tomei um banho e voltei a dormir.

Levantei era 11h lavei o banheiro e fui almoçar, fiz um arroz fresquinho e frango com batata ensopada.

Passou horas e o embuste mandou mensagem.

Wpp on:

Amor: eu vou falar uma vez, tu é uma filha da puta do caralho! Eu mandei tu desligar meu telefone, da fodida na minha mão! Se a surra que eu te prometi eu não dei, hoje eu vou te matar desgraçada. 😡😡😡
Nem adianta tentar sair de casa pq eu botei os meno p te vigiar, vacilona.

Wpp  off

Tremi na base na hora, que que aconteceu??? Ele saiu daqui todo no amor, do nada surtou a frozen.

Olhei pela janela e tinha uns três meninos na minha porta, tudo armado. Não dava pra sair pela rua de trás, meu beco é sem saída.

Mas suave, fui mulher de me meter no meio do laço deles, então tenho que ser mulher pra segurar a pica.

****

- Tu sabia que você quase me fez perder minha filha sua vagabundo do caralho?!!!! - ele gritava, está sóbrio não tinha usado nada, nem fumado, era o verdadeiro Dibala ali.

- Desculpa, eu não .. - ele não me deixou terminar, já veio com uma sequência de socos.

Eu só defendia meu rosto, e ele me chutava, me jogava contra parede.

- Tá doendo, tá doendo muito Dibala, minha cabeça... - falei fraca

- Tá doendo? Foda-se sua filha da puta!!! - gritou

Ele me bateu tanto, tanto que eu perdi o controle só deixei, ele me esmurrava, e por fim deu um soco no meu peito, fiquei sem ar, não conseguia respirar, só apaguei.

***

- Eai, que que aconteceu? - Sarah tava aqui, me encarando a procura de respostas.

Contei tudo pra ela chorando muito, muito mesmo.

- Eu tenho uma coisa pra te contar. - falou - mas você precisa ser forte. - assenti.

Ela respirou fundo e me olhou com um olhar de pena.

- Sabe, você sempre foi louca pra ser mamãe, e até umas horas atrás, você era. Mas você perdeu prima. - falou.

Olhei pra ela sem acreditar, ele tirou o meu bebê, o fruto do nosso amor, eu não acredito, não acredito!!!!! Chorei, chorei tanto, não conseguia aceitar.

- Você precisa ser forte e sair dessa, você precisa conseguir se livrar disso. - falou.

Eu só ouvia e chorava, não conseguia parar, não conseguia entender por que disso tudo. Sim eu me meti em um lar que não era meu, eu causei discórdia naquela casa, mas nunca foi a minha intenção, eu nunca fiz isso pra magoar ninguém, eu me envolvi por amor, por amor a alguém que tirou o meu bem mais precioso, o fruto do nosso amor.

Agora estou fazendo a curetagem, estava de dois meses, chorei de dor, dor por não conseguir segurar meu baby, não conseguir proteger ele do maior monstro que eu já conheci, seu proprio pai.

- Desculpa, desculpa meu filho. - falei fechando os olhos.

Chorava bem baixinho pra não acordar a Sarah, ela dormiu aqui no hospital comigo. Amanhã estou no morro de novo, até agora nada do Dibala, nem me mandou embora da casa, nem me deixou de castigo, acho que está com pena.

****

- Vamo? - Sarah me chamou.

Me olho pela última vez naquele espelho sujo, estou com o meu corpo lotado de hematomas, os dois olhos roxos, não quebrei nada graças a Deus, só meu braço que torceu quando eu cai por cima.

- Vamos. - respondi.

*****

Chegamos no morro, subi de moto táxi, todos me encaravam, já devem saber da surra que eu levei.

Entrei em casa e estava tudo do jeitinho que ele deixou, tudo revirado, TV quebrada, sala toda devastada.

Subi pro banheiro e tomei um banho, onde me permiti chorar, gritar! Lavei meu corpo inteiro com hidratante e uma erva que minha avó usava quando meus primos caiam de moto.

Não estou de castigo, nem estou careca, mas estou com uma dor imensa no peito, una ferida que não tem previsão de cura.

Perdi meu bebê, e o pior foi que o próprio pai matou, matou meu primeiro e único filho, matou o fruto do nosso amor, isso se um dia já existiu amor entre a gente.

Pamella (Recomeçar)Onde histórias criam vida. Descubra agora