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Dibala

Os anos passam, as coisas mudam né, é foda!

Joguei meu primogênito na pista, moleque é lindão po, a minha cara! Nada nada da mãe dele.

Falando nela, mo saudades da minha novinha, que isso.

Não abri mão não, tá maluco! Só não quero perder ela de vez, por isso eu prefiro cada qual no teu lado, ai não rola estresse.

Depois que eu subi de cargo muita coisa aconteceu, tô de frente mesmo, parente altíssima.

Não dá pra ficar conciliando a vida do crime com mulher não, elas só me queima. Tá doido rapá.

Curto meus filhos, de resto é só pau, água e três reais do moto táxi. Isso se não for a pé.

Tá maluco mulher da minha vida é só uma, e ela tá bem pra caralho, tenho nem com o que me preocupar.

Pedi pro Nando ir buscar meu meno pra nós dar um rolê, comprar umas peça pra ele, deixar ele na régua já que a mãe dele não corta.

Ela quer que ele fique parecido com aqueles criado com vó, mas tá maluco vou mandar o corte do jaca hoje nele, meu meno vai ficar pique safadinho.

(...)

- Como que ela tá? Tá bem? - perguntou pro Fernando

- Tá do mesmo jeito que semana passada, semana retrasada! Toda semana tu me pergunta isso cara, gamadao na dela e não quer deixar transparecer

- Sai dessa po, mãe do meu filho, tenho que saber como ela tá, toma no cu pra lá! Quero mais que ela se foda, já disse. - falei escaldado

- Engraçado que da mãe da Bruninha tu não procura saber né. - começou a me gastar

Papo reto dei nem confiança, já dei última forma nessa bagulho da Fernanda.

Tanto avisei que um dias nós ia se ver e o pau ia quebrar, não acreditou.

Peguei ela de cantinho, saída da escola da Bruna, já taquei dentro do carro e chegando no morro foi pau sem massagem.

Na zero, navalhei também, pra ficar bonita, bom que cresce melhor do que já estava.

Tem nem coragem de botar a cara na rua, logo ela que sempre foi cuidadosa com cabelos sobrancelha esses bagulho, ficou sem nada!

Quero ver se vai fazer dnv, quero ver se vai ter coragem de trair alguém ai. Duvido, vai nada!

- pai, da ai, da ai - mal chegou já tá aloprando, toda hora tentava meter a mão no meu baseado, mãe dele descobrir me mata!

- Sai, vai brincar ali ó, teu bagulho ali cara! - apontei

- Da ai, da aí! - insistiu

- Porra não sei como tua vai até aguenta! - apaguei o baseado e desci com ele pra rua

Tudo que ele via ele queria, é doce, sorvete, essas bolinha que pula.

Da não, meno gosta, papai banca pq aqui é sem miséria!

(...)

Comprei uns trajes maneiro pra ele, passei no barbeiro pra ele dar aquela moral e depois trouxe ele pra lanchar.

Mãe dele já me explicou como dar pizza pra ele, tem que picar pra caralho, amassar e deixar bem mole pra ele conseguir comer.

Mas pergunta se ele quer esperar, quer nada! Tá fazendo no show

- Fica suave cara, para de chorar! - falei - Quem chora é mulhezinha, viadinho po

- Fica suave cara, para de chorar! - falei - Quem chora é mulhezinha, viadinho po

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Pamella (Recomeçar)Onde histórias criam vida. Descubra agora