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Pâmella

Já cheguei aqui na minha tia, estamos em Minas Gerais, tudo calmo.

Vim o caminho inteiro pensando em como pude ser tão idiota, tão burra!

O pior de tudo, e o cúmulo do absurdo foi ele ter envolvido meu filho nessa.

(...)

- Bom dia bebê da tia. - minha tia Angelica disse ao meu babyboy que estava pintando na cozinha, logo cedo.

Estamos conversando coisas aleatórias, mais sobre a gravidez da Sarah, filha dela.

- Mas e você? Acabou com o rapaz? - perguntou tocando na ferida.

- Ai tia eu fiz tanta coisa por ele, eu me joguei, deixei meus ideas, meus sonhos para ficar do lado dele, e não foi a primeira sacanagem dele comigo. - respondi

- Teve outras? - perguntou

- Sim, a última vez, foi com a mesma escrota. - respondi. - Mas eu entendo, ela está fazendo comigo o que eu fiz com a Fernanda, a fiel dele.

- Opa, você não acha que já pagou muito não minha linda? Já perdeu um bebê, já levou inúmeras coças. Isso não é lei do retorno, são provas, provas de Deus, pra te mostrar o quanto você é forte, o quanto você é uma gueirreira, e uma guerreira jamais foge da luta, ou seja, uma hora você vai ter que resolver isso com o tal dito cujo. - disse.

(...)

Ficamos conversando até altas horas, eu tentava de todas as formas me distrair mas era impossível.

Eu estava realmente decepcionada com aquilo tudo, com ele principalmente, se não era a intenção dele ficar comigo pra sempre, se ele sabia que iria enjoar, por que me tirou da onde eu estava? Por que me fez criar espectativa na gente dnv?

Mas no final de tudo eu estava decidida, chega dessa patifaria de homem, acabo po.

Só me machuco, acabo machucando o meu filho que não tem nada a ver a com isso.

Quando escureceu eu dei banho bo Cauê, sequei ele e estava pronta pra passar a modinha.

- Mamain a gente tá de felias? Tipo feliaaaaaas? - perguntou, enrolado toda vida.

- Não... Ah, não sei Cauê, vamo ficar aqui na titia Angelica um tempinho, pouca coisa. - respondi, realmente esse era o meu intuito, ficar pouquíssimo tempo.

- E meu papai, tá chegandu? - perguntou dnv.

Falando no traste já me ligou trocentas vezes, querendo sabera todo custo onde eu estou, e o que houve.

Nem respondi nada ao Cauê, só ajeitei ele pra dormir e me juntei dele, ficando de conchinha.
(...)

Madrugada chegou e junto dela o infeliz pra me encher o saco, cara parece que ele faz de sacanagem.

Wpp:

Onde você tá? Qual foi - áudio
Pâmella, responde doidona, qual foi da tua? - áudio
Doidona onde você tá, tá mandada filha da puta? Cadê meu menor, bora quero tu aqui em casa em dois tempos! Toma nesse cu rapá - áudio

Eu: Olha eu não ia nem te responder, juro que não iria, mas você parece que gosta, gosta de ouvir não é mexxxmo? Então vamos lá. Teu filho tá comigo, se é que eu posso chamar o Cauê assim né, pq todo esse tempo você foi pai somente aos fins de semana, e isso pra mim não é papel de PAI, esse que você exclama e transmite a todos. Eu tentei, de todo o meu coração você mais do que ninguém sabe o quanto eu tentei fazer dar certo, o tanto que eu quis que você fosse inteiro meu, que a nossa relação desse certo, que você me respeitasse. Mas infelizmente eu não te conheço, nem nunca conheci, acho que só agora caiu o ficha do tipo de pessoa que você é. Bipolar, falso, imoral, traíra e mesquinho.
Isso tudo é pouco, pouco pra descrever o ser que você é, deplorável. Lembra de quando você me fez perdar o meu primeiro filho? Eu fiquei louca, mas não deixei de te amar. Lembra quando eu te implorava pra largar daquela mulher? É que eu detestava ter que dividir você com ela. Mas olha por outro lado, ninguém nunca te teve por inteiro, até por que você não é capaz de propor isso a alguém, por que você não ama ninguém e nem tem o mínimo de consideração.
Você sim merece viver sozinho, abandonado e com essas piranhas que só querem o seu dinheiro.
Me esquece, esquece que um dia você teve um filho, pq eu e ele vamos tratar de te esquecer. - Enviada.

Pamella (Recomeçar)Onde histórias criam vida. Descubra agora