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Ah pedido de vocês, e da nossa leitora grávida, que venha com saúde gatinha 💖

Dibala

Soube que a doida lá foi pro hospital, na verdade pro Upa mas o caso dela foi ta o sério que foi transferida pra outro hospital.

A prima dele passou aqui pela boca e me olhou com desprezo, nem entendi nada. Suave maltratei mesmo, bati pra aprender, agora aprende a não fazer merda.

Já faz dois dias que não vejo ela, hoje vou lá bater um lero com ela. Tô com saudades da minha novinha.

***

Passei na tia do açaí e levei um litro de açaí pra ela, botei vários chocolate com morango, ela se amarra, conheço po.

Bati na porta umas duas vezes, mas nem tive resposta, já sai entrando.

Subi pro quarto e ela tava deitada na cama com o rosto no travesseiro.

- Pam? - chamei. - ela sentou e me olhou

Tava acabada, com o olhar apagado, sem aquele sorriso dela, sem aquela alegria que me transmitia paz, vacilei feio.

- Trouxe pra tu. - dei o açaí pra ela.

Ela me olhou e jogou o bagulho todo no chão, caralho parceiro.

- Colfoi tá maluca?! - gritei.

- Tu acha que um pote de açaí vai mudar o que você fez? Na verdade você tem noção do que você fez? - falou alto.

- Tá falando do que? - perguntei

Ela levantou fui no armário e me deu uns papéis.

Li  tudo, Colfoi positivo bagulho de gravidez já fiquei todo feliz.

- Vou ser pai? De novo? - falei todo feliz.

Ela me olhou e chorou.

- Colfoi cara, me responde! - falei alto e fui pra abraçar ela.

Na hora ela se encolheu no canto da cama.

- Por favor não me encosta, eu tenho nojo de você. - falou me olhando com desprezo.

Que isso, senti um bagulho doido agora.

- Você sempre soube que um dos meus sonhos era ser mãe, e principalmente se o filho fosse seu, meu maior sonho era ter alguém que nascesse de mim, um filho, um fruto meu. Deus me concedeu esse sonho, me deu um anjinho lindo. - ela chorava. - Mas infelizmente o pai do meu neném me espancou, quase me matou, e antes mesmo de eu saber que estava com alguém no meu ventre eu perdi, eu não consegui segurar meu baby, não consegui proteger o meu bem mais precioso. Hoje eu vejo que você João Vitor, foi a pior coisa da minha vida, você matou o meu bebê!!!!!! Eu não tenho palavras pra descrever a dor que eu tô sentindo, e se eu vou conviver com essa dor, você também vai. Você matou seu próprio filho antes mesmo dele conhecer o mundo, antes de sonhar, antes de conhecer a própria mãe dele! Você é um ser humano sem luz, sem amor ao próximo. Eu te odeio, eu odeio um dia ter me deitado com você, eu sinto nojode você, NOJO! - gritou a última parte.

Caralho, caralho!!!!

Eu matei, eu matei meu filho. Mas eu não fiz por que eu quis, eu só... Só fui dar uma lição.

Ela me olhou e chorou, chorou.

- Desculpa cara, desculpa, eu não sabia, eu não tava com essa intenção! - falei

Me aproximei dela, tentei abraçar ela e ela começou a soar frio e se tremer. .

- Você tá com medo de mim? Colfoi Pâmela eu não vou te matar não cara, pelo amor de Deus amor, deixa eu te tocar. - falei, já tava chorando, não sou feito de pedra não po.

- Vai embora, pega tuas coisas, assim que eu puder vou sair daqui. - falou

- Não precisa sair não cara, eu te amo, pelo amor de Deus não vai embora da minha vida. - falei me aproximando dela.

- Vai logo, vai embora! - gritou.

Sai do quarto desnorteado, fui pra boca fumei uns 8 natura.

Minha mente só viaja nela, esse tempo todo ela tava aqui me fortalecendo, ela ia me dar um filho, esse era o maior sonho dela. Eu matei meu filho, eu matei uma vida, um inocente que não tinha culpa das minha burradas.

Ela vai embora, e só agora eu percebi o quanto eu gosto dela.

Eu tô tão arrependido, e agora não adianta mais. Acabou, ela vai embora, assim como o meu filho, o filho que eu matei.

Coração do vagabundo tá despedaçado, a mente tá a mil.

Pamella (Recomeçar)Onde histórias criam vida. Descubra agora