Minha Salvação | Série Irmãos Laurent-(Livro 1) (Romance Gay)

Capítulo 16

Diego Laurent.

Afastei—me dele, não entendi sua reação. Ele não estava gostando? Fiz algo de errado?

— Não pense que você fez algo de errado. Você não fez. — Ele fala — É... Eu não quero fazer isso aqui. Em uma mesa de festa. Entende? Vai ser a minha primeira vez.

Tento fazer os fogos de artifício parar de explodir dentro de mim, não tem nada que eu queria mais do que tirar a virgindade desse garoto. Fazer coisas com ele na minha cama e depois na cama dele e se pudermos, na casa toda. Aconcheguei-me nele dizendo que não há problema nenhum em querer uma primeira vez clichê, ele corou como todas as outras vezes.

— Sua família sabe que você gosta de...

— Você?

— Eu ia dizer de homens. — Ele fala tímido.

— Não sabe, mas também não precisam, eles não tem nenhum problema com isso. Eu posso gostar de quem eu quiser e eles vão aprovar se eu estiver feliz ao lado dessa pessoa.

— Entendo. Você tem certeza que gosta de mim? Eu sou tão... Problemático.

— Eu não me importo, eu quero vencer seus problemas junto a você, quero está ao seu lado quando tiver uma crise de medo ou ansiedade, quero está ao seu lado quando sorri e quando chorar. Quero que fique comigo.

— Eu vou ficar com você.

Olhei para ele incrédulo, achei que demoraria que ele pediria um tempo para pensar ou qualquer outra coisa, mas ele disse que quer ficar comigo assim? Meu sorriso mal cabe no rosto, o abraço apertando todo seu corpo pequeno e cheiroso contra o meu.

— Como vai ficar tudo depois?

— Vamos ver o que acontece. Você está melhor? Do episódio da aranha.

— Estou, apesar de ainda está com medo.

Meu celular começa a tocar, olho o número na tela.

— Preciso atender, é importante.

— Pode ir, vou olhar o lugar.

Afastei-me.

— Pode falar Reymond.

— Achei algumas coisas sobre aquele homem, além da ficha criminal por agressão e abuso sexual ele também já vendeu drogas e manteve algumas mulheres em cárcere. Foi visto pela última vez em uma conveniência no centro, depois disso sumiu do mapa. Aparentemente ele também tem contatos e conseguiu... Manter as coisas debaixo do tapete.

Guardei o celular. O primeiro suspeito de ter mandado aquela caixa para meu garoto está desaparecido, agora vamos para o segundo: Tiago. Peguei meu celular e liguei para ele, mesmo prometendo não fazer mais isso. Ele atende no segundo toque, deixo que suas palavras melosas entram por um ouvido e saiam pelo outro.

— Chega! Eu só liguei para fazer uma pergunta.

— Pode fazer qualquer coisa comigo Diego... Eu permito, se é isso que quer saber.

— Onde esteve ontem à noite?

— Em casa... Por quê? Achou que eu estava com outra pessoa? Relaxe, você não vai me perder.

Desliguei. Ideia idiota, claro que ele não iria falar a verdade e ficaria se insinuando para cima de mim. Hall está perto do pula-pula, me aproximo por trás dele e o abraço.

— Vamos voltar? Rosa já deve ter feito nosso almoço. Ela fica muito brava quando ninguém come a comida dela.

— Na verdade eu tive outros planos para hoje. A Rosa deixou nosso almoço e ficou de folga o dia todo, a casa será só nossa.