Capítulo 25

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Hall Endres.

Acordo primeiro que Diego e vou ao quarto ao lado que antes era meu e entro no banheiro. Ainda tem uma escova de dente aqui. Vou para a cozinha quando escuro o barulho de pratos e talheres batendo na mesa e sei que Rosa esta fazendo o café da manhã. Aproximei—me da cozinha devagar e falei um bom dia.

— Endres... Que bom que está aqui, eu não vi você no seu quarto onde dormiu?

Minhas bochechas ficam vermelhas e ela entende o recado. Rosa sorri.

— Você vai tomar café aqui?

— Eu tenho que ir para casa, minha mãe deve está me esperando.

— Diego ficou bem deprimido quando você se foi, ele não comia e vivia trabalhando como antes... Só não foi trabalhar na madrugada porque eu disse que ligaria para a mãe dele. O garanhão é difícil às vezes.

— Eu não queria deixar ele deprimido eu... Achei que estava atrasando ele.

— Pelo contrário, menino você está adiantando ele e o trazendo de volta. Diego antes de você só pensava em trabalho e mais trabalho não tinha tempo para uma vida melhor.

— Às vezes acho que não o mereço.

— Vocês dois são feitos um para o outro, está escrito.

— Acha que ele pode me amar?

Ela sorri e fala: — Espere e verá, porque eu já sei da resposta. Isso deixou uma enorme dúvida na minha cabeça, mas não perguntei mais nada. Diego desceu as pressas e chegou à cozinha pensando que eu tinha ido embora. Rosa serviu café para nós dois com panquecas e torradas.

— Tenho que ir para casa rápido, eu não tenho roupa para trabalho aqui.

— Irei deixa você.

— Não será preciso, obrigado.

— Mas...

Quando ele tenta argumentar eu o beijo.

— Não precisa. —Repito com convicção — Obrigado.

Saio da cozinha indo para fora esperar um ônibus. Quando cheguei em casa ela estava vazia e escura mas nada fora do lugar ou com cheiro de álcool acho que minha mãe já deve ter ido trabalhar. Vou para o banheiro levando a roupa para trabalhar.

Chego à empresa meia hora depois, o carro de Diego já esta no estacionamento. Subi para o andar onde trabalho, desde o dia em que "desmascarei" Frederico os cochichos e os olhares tortos pararam e em seus lugares ficavam apenas elogios e sorrisos—Mesmo que muitos deles pareçam falsos. Bati na porta e esperei o entre habitual dele, quando entrei me deparei com Diego olhado seu computador usando óculos de grau. Sexy... Totalmente sexy.

— Estava querendo ir buscar você na sua casa.

— Pare com isso.

—Só não quero que ninguém chegue muito perto de você com segundas intenções.

— Isso não vai acontecer.

Isso realmente não vai acontecer... Olha para mim, um garoto bobo magrelo de pele pálida e olheiras feias e cara oleosa e cabelo totalmente destruído. Ideia ridícula.

— Hall?

— Sim?

— Temos uma reunião em meia hora, prepare os gráficos novos dos lucros. Você já os observou melhor?

— Subindo cada vez mais, mas esses gráficos estão na mão de Octávio.

— Perfeito. Acho que Tiago não vai está aqui.

— Isso só prova o quão culpado ele é. Como vai ficar?

— Entrarei em contato com ele, vou demiti-lo por justa causa então alguém melhor ocupará o cargo dele como meu braço direito.

—Posso te fazer uma pergunta?

—Pode. Claro.

—Porque não já o demitiu? Você desconfiava, não é?

O vejo suspirar. Seus ombros estão tensos.

—Tiago não... Ele não era apenas meu funcionário, ele começou esta empresa comigo e com meu pai, ele tinha a nossa total confiança entende? Quando ele e eu... Bem, você sabe... Foi algo que não gostei tanto porque acabou se perdendo o conceito de amizade e ele vinha me procurar apenas para mais e mais, isso acabou me cansando bastante. Sugando minhas forças e paciência, então dei um basta e acho que ele não aceitou muito. Mas acho que tem mais coisas por trás disso do que um coração partido.

—Sinto muito que isso tudo tenha caído sobre seus ombros.

Sentei-me à mesa no canto da sala e novamente revi os gráficos de lucros, virou uma coisa diária agora. Imprimi—os e coloquei em uma pasta para levar para a sala de reuniões. Entramos na sala primeiro que todos e nela estava Sely que organizava tudo com perfeição.

— Irei chamá-los senhor.

— Obrigado.

Vários homens de terno e mulheres de jeans entraram na sala e acomodaram nas cadeiras —Que agora estão reduzidas pelo recém estouro de quem estava do lado de Frederico —, Diego apresentou o propósito dessa reunião: Os benefícios que ganhamos depois do ocorrido. Distribui as folhas dos gráficos para cada um, na última pessoa da mesa eu vi Turney, ele sorriu para mim. Dei um oi discreto para e me senti envergonhado por nunca tê-lo notado antes ali.

— Aliás-Diego começou chamando a atenção de todos—, Preciso da opinião de vocês porque aqui trabalhamos assim, com a opinião de todos... O Tiago Sapiz meu braço direito está de certa forma envolvido com o desvio de dinheiro e eu quero saber de vocês o que acham de uma demissão por justa causa.

— Mas quem vai ficar no lugar dele? O cargo dele é de suma importância.

— Isso também é importante claro e eu conheço a pessoa certa para o cargo vago. Turney —Ele aponta para o homem de olhos brilhantes.

— O resto de vocês concorda?—Diego perguntou, alguns disseram sim sorrindo e outra disseram a contra gosto.—Perfeito. Podemos acabar então com essa reunião.

Todos se levantam e me entregam os papéis, e todos acabam por apertar a mão de Turney que parou ao meu lado e estava sorrindo para mim quando me entregou os gráficos.

— Se precisar de qualquer ajuda com qualquer coisa você me fala.—Ele diz gentil com um perfeito sorriso.

— Obrigado.

— Hall, Vamos. — Diego fala curto e grosso.

Me despeço do homem de terno na minha frente e vou com Diego para a sala. Novamente ele está com cara de poucos amigos enquanto estamos no elevador ele não fala absolutamente nada. Pergunto qual o problema quando chegamos à sua sala.

— Lembra que eu disse que não gostava quando alguém se aproximava de você com segundas intenções?—Confirmei— Sinto que aquele homem tem segundas intenções para cima de você.

— Espera... Está com ciúmes? De mim?

— Estou sim, minha vontade era... Esquece.

Não pude evitar gargalhar... me aproximei dele e segurei seus punhos cerrados e me aproximei para dar um beijo mas a porta foi aberta por uma das funcionárias, acho que o nome dela é Claire.

— Me desculpe, eu devia ter batido... ahn... Eu volto outra hora.

Ela sai e assim nos beijamos finamente.

— Sexo na minha mesa?—Ele pergunta.

— Nem pensar.

Minha Salvação | Série Irmãos Laurent-(Livro 1) (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora