Capítulo 34

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Hall Endres.

Absorvi tudo o que ela falou em longos minutos. O rosto da minha mãe é indecifrável, mas eu devo está com uma cara de medo e frustação. Ela segura minha mão.

— Os machucados...

— Foi quando eu me recusei a beber.

— Quando Diego te encontrou você estava desmaiada. O que aconteceu?

— Eu entrei em uma luta corporal com ele quando aquele inútil veio falar mais de suas besteiras, ele me jogou na parede e eu acertei a cabeça desmaiando.

Sem saber o que falar eu a abraço, senti suas mão e volta da minha cintura foi como voltar a ser a criança feliz de antes, quando meu pai estava vivo e éramos todos felizes, quando ela me abraçava forte antes de ir dormir ou quando eu chegava da escola. É o mesmo abraço, quente e afetivo que eu sentia e isso me deixa mais que feliz por saber que seu amor em relação a mim não mudou.

— Eu sinto muito ter sido um peso na sua vida mãe. —Falo coma voz chorosa.

— Não foi culpa sua... eu fui um peso para você.

— Ainda sinto falta do meu pai.

— Eu também, todos os dias.




Diego Laurent.

Claire entra na minha sala feliz, feliz até demais.

— O que deseja senhor Laurent?

Sua voz—Que era para soar sexy— me deixa totalmente enjoado. Tento o meu melhor sorriso sexy e a chamo mais para perto a garota vem sorrindo exibindo seu decote para mim.

— Eu quero que você me responda uma coisa básica tudo bem?

— Tudo...

— Porque não gosta do Hall? O garoto?

— Porque ele se acha demais você não concorda?— Balancei a cabeça — Eu sei que vocês dois não transaram aqui eu disse isso para ver se ele pedia demissão e eu ficava no lugar dele e...

— Você já falou demais florzinha —Toquei em seu ombro e ela derreteu ao meu toque — Quero que faça uma coisa para mim, pode ser?

— Tudo que você quiser.

— Quero que arrume suas coisas porque você está demitida.

Seu rosto paralisa. Tiro minha mão de seu ombro e peço para que ela se retire da minha sala.

— Você acabou de brincar comigo? Eu vou... denunciar você por assedio!

— Faça isso e seu currículo será manchado para sempre e eu mesmo em pessoa vou garantir que você não arrume outro emprego nem como faxineira.

Seu sorriso é desmanchado do rosto, ela vai embora da minha sala batendo a porta com a maior força, do meu telefone ligo para Sely e mando-a acompanhar os paços de Claire para garantir que ela saia mesmo da empresa. Tento ligar para Hall, mas seu telefone está desligado. Turney entra na minha sala depois de bater três vezes.

— Queria saber se já posso marcar a data para o desfile acontecer.

— Pode sim, já tem tudo pronto e verificado?

— Cem por cento, senhor... se me permite perguntar Diego, como está o Hall depois das fofocas?

— Superando... ele vai saber lidar com isso.

— Claro.

*****

Entrei no quarto onde a mãe de Hall está. Ela parece melhor.

— O médico disse que ela poderá ir para casa hoje a tarde.

— Estou louca para ir para minha casa. — Ela fala suspirando

— Senhora Endres eu queria que a senhora fosse morar comigo e com o seu filho na minha casa.

Ela se assustou com a proposta, Hall também não esperava tal proposta, mas é o que eu quero, meu garoto e a mãe dele perto de mim caso alguma ameaça venha a acontecer.

— E—eu não posso... Olha rapaz eu nem conheço você, mas te agradeço muito por ter me salvado daquele lugar horrível e por ter cuidado do meu filho mas eu realmente não vou aceitar morar com você.

— Que tal só por alguns dias? Até termos certeza de que está tudo bem.

— Mãe... o Diego é uma boa pessoa — O garoto toca nada mão da mulher— Ele também já me salvou.

— Não precisa citar as qualidades do seu namorado Hall.

Um sorriso enorme quase saiu do meu rosto, mas eu me conti apenas em ri minimamente enquanto Hall ficava mais vermelho do que um tomate. Sua mãe começou a rir da vergonha do filho e pediu desculpas se falou algo de errado.

— Então senhora Endres, aceita passar alguns dias na minha casa?

— Por alguns dias—Ela fala—, e pare de me chamar de senhora... prefiro Nayara.

— Certo, Eu irei falar com o responsável por você para podermos ir para casa.

— Obrigada.

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Hall Endres.

Depois que Diego saiu minha mãe começou a falar novamente sobre namoro.

— Mãe, pela última vez eu te digo, eu e Diego não somos namorados.

— Mas ele gosta de você, eu vi isso pelo jeito que ele te olha.

— Não percebi isso...

— Você é meio bobo como seu pai, desde criança.

— Porque não morar na casa dele? Nossa casa é tão cheia de amargura e sofrimento.

— Exatamente por isso que quero voltar, é a casa que seu pai construiu para nós não vou abandona-la, eu vou refazer minhas lembranças daquele lugar. Quero que volte a ser um lugar feliz novamente.

— Se é o que a senhora quer... tudo bem... eu também vou.

— Certo.

Diego entra no quarto novamente, disse que o médico já deixou que minha mãe saísse eu já tinha trago roupas para ela. Minha mãe entrou no banheiro, fiquei encarando Diego e lembrei da conversa sobre namoro e fiquei vermelho.

— Porque está vermelho?

— Hãã... nada.

— Não gosto quando mente.

— Não estou mentindo. É sério.

— Depois conversamos, será que sua mãe vai ficar em casa?

Dou de ombros.

— Vamos?—Olhei para o banheiro onde minha mãe saiu.

Concordamos. Na saída do hospital Diego e minha mãe discutiram por longos minutos sobre quem ficaria com a conta do hospital, no final Diego disse que pagaria mesmo se minha mãe o proibisse.

— Acho melhor não falar mais nada mãe, Diego é muito teimoso. —Falo.

*****

— Sua casa é muito linda Diego... eu adorei.

— Obrigado senho... Nayara, eu vou levar você para o seu quarto e depois você pode conhecer a minha governanta.

— Tudo bem, eu preciso de um banho relaxante.

Ela sobe as escadas, Rosa nos chama na cozinha então vamos até ela.

— Eu não sabia do que sua mãe gosta então eu fiz de tudo um pouco... ela é alérgica a algum ingrediente?

— Não... você fez tudo isso?

Olhei as travessas de vidro com arroz, feijão, purê de batata, assado, frango, peixe e muito mais.

— Muito bom Rosa.

Minha Salvação | Série Irmãos Laurent-(Livro 1) (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora