No dia anterior
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Darcy andava de um lado para o outro em seu escritório, sem saber o que fazer. A vontade que tinha era de gritar, jogar alguma coisa pela janela, mas, sabia que isso era uma atitude ridícula e que se arrependeria bastante depois.
Tudo começou quando, novamente, Candice reclamou sobre ele só trabalhar.
- A gente tinha um combinado, meu amor. – Ela usava um tom choroso, como se fosse chorar a qualquer momento. – A gente quase não se vê direito, e quando eu estou aqui, esperando você... Te encontro trabalhando e sem qualquer tempo para a gente.
- Candice, já te expliquei, mas vou repetir, eu sou dono de uma empresa. Todos os dias tem algo de errado para consertar ou para solucionar. Eu pago as minhas contas assim, igual você faz com os seus trabalhos. Eu nunca reclamei do seu, não entendo porque não pode fazer o mesmo por mim. – Darcy controlava a voz, mas, aquele looping de discussões que não levava a lugar nenhum, além da cama dele para fazer com que Candice tivesse mais de sua "atenção" e parasse de reclamar, estava começando a deixar ele irritado.
- Eu sei os meus horários, mas, não deixo que eles interrompam a minha vida. Quando eu chego aqui, não atendo ninguém, não importa quem seja! Isso é dar prioridade a gente.
- Eu trabalho em casa, poucas vezes vou na sede, Candice. Você também já sabe disso.
- Meu amor, o que eu preciso fazer para que você valorize nossa relação? Para que você me ame?
Darcy olhou para ela, surpreso pelo o que havia escutado.
- Candice, isso de novo não... Você sabe que eu valorizo, quantas vezes eu te falo? Quantas vezes eu faço o que me pede? Sempre, Candice... Sempre. – Darcy tentou se acalmar, pois, não queria se irritar ao ponto de gritar a verdade que não queria mais lidar. Que somente amava Elizabeth e não ia mudar. Não importa o quanto tentasse mudar quem ele era, com quem estivesse do seu lado... Ele só pensava nela.
- Fazer o que eu peço é outra coisa. Ter que esperar para que eu fale já demonstra que tem algo de errado... Eu sei o que eu te disse naquele dia em que te beijei pela primeira vez... Mas, não achava que o que sentia por aquela pobretona era tão forte assim, para que nos atrapalhasse até agora.
E aquela foi a gota d'agua que Darcy sempre soube que um dia chegaria. Estava sentado em sua mesa, quando, ao escutar o que Candice dissera, levantou abruptamente e não conseguiu mais controlar toda a raiva que estava acumulada dentro dele.
- VOCÊ FALOU O QUÊ?
- NÃO GRITA COMIGO, WILLIAM! – Ela chegou mais próximo dele, tendo quase a mesma altura, se olharam diretamente. – NÃO SEI PORQUE VOCÊ AINDA DEFENDE ELA! AQUELA GAROTA DO INTERIOR TE DEIXOU, ACEITA E ESQUECE ISSO DE UMA VEZ POR TODAS! ELA JÁ DEVE ATÉ ESTAR COM OUTRO E NA SUA CASA!! VOCÊ JÁ PENSOU NISSO?? VOCÊ SENDO UM OTÁRIO, SE REMOENDO E AINDA GOSTANDO DE UMA IDIOTA QUE ESTÁ USANDO A SUA CASA COM OUTRO CARA!
- EU NÃO VOU TOLERAR VOCÊ CHAMAR A ELIZABETH DE POBRETONA, GAROTA DO INTERIOR OU QUALQUER OUTRA COISA, ENTENDEU? DOBRA A LÍNGUA ANTES DE FALAR ASSIM SOBRE A ELIZABETH! VOCÊ NÃO SABE DE NADA DA VIDA DELA, E NÃO VENHA DAR PITACO!
- VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE FALAR ASSIM COMIGO – Candice tentou dar um tapa em Darcy, quando este a segurou pelo pulso, com força. – ME SOLTA!
- EU TOLEREI TUDO, CANDICE. TUDO! SEMPRE GOSTEI MUITO DE VOCÊ, MAS, SEMPRE COMO UMA IRMÃ! NÃO SEI ONDE EU ESTAVA COM A CABEÇA EM NAMORAR CONTIGO!? PENSEI QUE TINHA MUDADO, MAS, VOCÊ CONTINUA A GAROTA MIMADA E ARROGANTE DE SEMPRE! NÃO AGUENTO MAIS! PEGA SUAS COISAS E VAI PARA SUA CASA!
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Casos & Descasos
RomanceElizabeth Bennet vive uma vida contraditória, ama estar longe de casa e não quer saber de corresponder as expectativas que sua mãe tem para ela e suas irmãs. Estava muito bem em Harvard, que ficava bem longe de casa, até que teve que voltar... No me...