Andrew Roccort, nasceu para ser amado por alguns e odiado por muitos. Um homem completamente bem sucedido e herdeiro de uma das maiores máfias existentes no planeta terra, é completamente aclamado por pessoas que rogam por sua atenção, sendo o sexo...
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Acaricio uma cicatriz que tenho em meu braço e respiro fundo. Olho meu reflexo no espelho do banheiro e imagens da antiga Maggie se refletem em minha frente. Não gosto quando isso acontece, me sinto fraca, muito mais do que já sou.
Já passei da fase de me culpar pelo que Octavius fazia. Por seus atos contra mim, atos estes que me machucavam, rasgavam a minha alma e me fazia indiferente a todos.
Lembrar que ele já me tratou bem parece algo inacreditável.
Tudo começou da mais linda forma.
Eu nasci em uma pequena cidade no estado de Arkansas. Rogers é situada no condado de Benton e tem pouco mais de cinquenta e dois mil habitantes. Vivia com minha mãe, desde o falecimento do meu pai. Vivíamos bem e nunca nos faltou nada, sempre fui uma boa e respeitosa filha, até Octavius aparecer e eu me rebelar com meu lado inconsequente.
Vim de uma família católica praticante. Participávamos da missa todos os domingos, os grupos de orações faziam parte do nosso dia a dia. Minha mãe era uma mulher doutrinada e conservadora, que pensava como seus pais. Eu deveria namorar com sua supervisão, me casar e apenas na noite de núpcias me entregar ao meu marido. Eu cresci com tais pensamentos, mas que nunca pensei em seguir. Bastou um forasteiro aparecer em nossa lanchonete, para que me eu me "desvirtuasse" como ela disse.
Sempre soube que Octavius estava de passagem na cidade. Porém, não foi difícil me apaixonar. Ele aparecia sempre no fim de tarde para tomar um lanche que eu mesma fazia questão de preparar. Virou uma rotina. Começamos trocando poucas palavras, até elas se estenderem em frases e logo em longas conversas. Ele me fazia rir, me sentia especial e encantada com os seus elogios. Sabia que ele era um homem rico, afinal, o mesmo sempre me presenteava com alguma coisa longe dos olhos da minha mãe. Ela disse que ele queria apenas me usar e me deixaria no final sem nada e muito menos com um pingo de dignidade, eu não a escutei, embarquei naquela história que estava começando. Eu tinha acabado de completar vinte anos. Uma boa idade, mas eu não sabia nada sobre o mundo e como as pessoas poderiam ser realmente más.
Minha mãe disse que eu era uma pecadora, estava agindo por suas costas. Não liguei, não aguentava ela me dizer o que fazer. Queria mais, um futuro melhor do que em uma pequena cidade, a ajudando em uma lanchonete. Sempre me manteve sob sua asas e supervisão. Nem mesmo pude fazer faculdade, ela disse que eu não precisava disso. Eu acreditei por um tempo, mas Octavius disse que o mundo deveria conhecer o talento que eu tinha. Sempre gostei de desenhar diversos modelos de casas e seus interiores. Ele viu isso e usou ao seu favor. Um ponto fraco que eu tinha, afinal o meu grande sonho era cursar arquitetura e trabalhar em uma renomada empresa. Sabíamos que no lugar em que eu cresci, não teria uma chance dessas, porém apesar de sonhar eu tinha medo de deixar tudo para trás.
As pessoas dizem que o amor nos deixa idiotas. Agora sei que o que sentia por ele não era amor, mas naquele momento pensava que sim, afinal estava cega. Não via os avisos que estavam em minha frente, ele me afastou dos meus amigos e da minha própria mãe. Quando percebi, não tinha ninguém mais, então parti, depois de me entregar de corpo e alma a ele, o que foi o meu maior erro e o início de um grande pesadelo.
