Maggie
Acaricio o rosto da minha pequena deitada na cama, em seu sono leve e sem pesadelos. Há alguns travesseiros ao seu redor para que ela não caia no chão caso se movimente. Arrumo o cobertor em seu corpo e beijo sua testa, me afastando em seguida. Fecho a porta do quarto e caminho pelo corredor do jato. Fiquei impressionada quando entrei no local, apesar de ser pequeno é cheio de requinte.
Avisto as poltronas claras e de couro e me aproximo, vendo Otto com seus olhos fixos sobre os meus. Uma sensação gostosa aquece o meu corpo e sorrio para ele, sentando-me ao seu lado. Quando o mesmo falou sobre o jato, fiquei surpresa, sei que Otto ganha uma boa quantia de dinheiro, mas nunca imaginei que era o suficiente para ter um avião particular.
- Nossa pequena dormiu? - pergunta e aceno.
"Nossa pequena"
Deus! Os últimos meses desde o julgamento de Octavius foram muito mais do que eu poderia esperar. Otto se tornou muito mais do que presente em minha vida e da minha filha. Ele realmente é um pai para ela, e até mesmo Elyse entende isso, já que o chama de "papai". Quando ela o chamou assim pela primeira vez, eu entendi que era definitivo, minha pequena já o amava e Otto sabia retribuir da melhor forma, dedicando-se completamente com carinho e amor, o que faltou em seu primeiro ano de vida por parte do pai biológico.
Elyse completou dois anos há cinco dias atrás e ele fez uma pequena comemoração para as pessoas mais próximas, e fiquei tocada e feliz com todo o seu cuidado. Nossa menina adorou, sim nossa! Porque mesmo que não seja sua filha de sangue, ela o escolheu e eu o escolhi para ser o pai dela. Desde o primeiro momento Otto se tornou o mundo da minha garotinha e eu nunca negaria isso a ela. Vê-la feliz, me tornava feliz e assim a vida poderia prosseguir.
- Dormiu, como um anjo! - respondo e ele pega minha mão, colocando em seu colo. O polegar acaricia a minha pele e seus olhos buscam os meus - Como está se sentindo? Desde que contei sobre Octavius, você não quis falar muito desse assunto.
Há pouco mais de uma semana, Otto falou que Octavius morreu na prisão após uma briga ou sessão de espancamento como eu havia entendido. Ele morreu por atos parecidos com os que desferiu em mim diversas vezes, sendo os tapas, socos e chutes. Eu não sei se há um sentimento correto ou já definido para um momento como esse, mas o que aconteceu comigo quando descobri foi que me senti leve, porque eu sabia que á partir daquele momento Octavius nunca poderia se voltar contra mim e até mesmo contra Elyse. Estávamos seguras e por isso me senti bem. Abordei esse assunto no grupo de mulheres que frequento no Instituto da Paz e elas me fizeram ver que tudo isso era aceitável, principalmente por tudo o que passei. Um ciclo se encerrou e outro estava começando e eu realmente acreditava nisso.
Conversar com aquelas mulheres foi uma das melhores decisões que tomei quando Nina me entregou o cartão. Poder compartilhar a minha história com quem já viveu acontecimentos parecidos, era libertador. Ninguém estava ali para julgar, mas sim para escutar e expressar palavras que poderiam nos deixar melhores e isso acontece. Me faz bem! Comecei a frequentar o Instituto para poder ajudar também, eu percebi que eles precisavam de voluntários e me ofereci para auxiliar na cozinha e até mesmo ajudar alguns idosos que estavam sempre por lá. Elyse adora o lugar e toda quinta-feira ela vai comigo. Minha garotinha encanta as pessoas de todas as idades e eu ficava orgulhosa por isso.
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Meu Mafioso - Andrew _ Máfia Roccort/Empire MC_ (Livro 2.5)
ChickLitAndrew Roccort, nasceu para ser amado por alguns e odiado por muitos. Um homem completamente bem sucedido e herdeiro de uma das maiores máfias existentes no planeta terra, é completamente aclamado por pessoas que rogam por sua atenção, sendo o sexo...