Edrac : Sonhos ruins

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Eles caminham até um acesso, que fica na quina esquerda do saguão, ao flanco do trono. Ela dá para um atalho num corredor aberto, com finas colunas carmesim. Que deixam a passagem livre a paisagem de gelo, e algumas moradias da sua plebe. 

Em continuidade, passam por outra porta, que dá a uma sala, onde um criado guarda a entrada. Destarte que vê o líder e seu cavaleiro, puxa uma estaca que prende a entrada, e abre o ádito de lenha, para que ambos passem. 

Chegando a um salão oval, onde alguns homens estão sentados em pequenas almofadas, é visto dois assentos vagos. Um, na ala dos cavaleiros, e o outro no cume daquele círculo, ao flanco de dois sábios.

Kain se ajoelha na almofada, ao lado dos eruditos.

Homens vestidos, com armaduras azuis escamosas imponentes. Enquanto os eruditos recolem-se amontoados em seus casacos. Um diligente permanece em pé, para acolher os pedidos dos senhores acolá presentes. 

O líder olha para o prestadio, e pede para que ele vá em sua direção. Uma vez que o menino está habituado ao acudir Kain, leva de imediato um cachimbo, e uma ponta de lenho que mantém o lume em seu pico aceso, para que possa conflagrar seu tabaco. 

Kain dá um trago enquanto o lacaio saía do meio da roda. Assim que o lorde solta a fumaça, o diálogo é iniciado:

— Meu lorde! Recebeu a advertência enviada pelo emissário!? — A voz do cavaleiro em sua adjacência ressoa assustada, e um pouco trêmula quase por gaguejar, o ar quente mistura-se ao gélido do ambiente criando um molde em seu baforar.

— Me entregaram a pouco tempo atrás. — Kain respira fundo, juntamente aos olhos fechados. Abrindo-os, por sequência, suavemente. — Antes de tomar decisões, quero saber como se mantém meu reinado...

— Amo! Ministro da gestão econômica! Estamos em elevado rendimento com a venda de rocha escura, e minérios de ferro. — Após a fala do conselheiro calvo, pôs sua cabeça ao chão em forma de reverência.

— Ministro das relações públicas, senhor! Seu povo está pagando tributos com mais desembaraço, todavia os lucros não são absurdos devido ao défice no crescimento populacional, condigno à dificuldade de morar por aqui. — Fez o mesmo ato do conselheiro anterior.

— Ministro da batalha meu Lorde! Temos presentemente sete mil soldados, dentre pessoas extraordinariamente bem treinadas. Nossas defesas foram revisadas a pouco tempo, e estamos trabalhando em mapas para invasões estratégicas ao reino das planícies. — O cavaleiro coça sua barba ruiva fazendo a armadura estrepitar em meio ao silêncio do ambiente. 

— Antanho, estamos estáveis atualmente? — O líder questiona enquanto a fumaça sai de sua boca. — E meus generais? O que tem a me dizer?

— Milorde! General Paulo presente. — O cavaleiro curvou-se antes de proceder. — Os sábios leram o manuscrito em nosso comparecimento. Pode ser que tenha chegado com um pequeno período de delonga até nós. Devido ao fato de que o reino Avalon, fica bem distanciado das montanhas do sul. O emissário disse aos eruditos que um único fora mandado para cada domínio, evitando retaliação. Temos que manter a ideia de que nossos inimigos das planícies, possam estar articulando uma deslocação de combate contra nós. — Ao término de sua fala o general pega uma xícara de chá que há deixado em sua frente.

— General Cruz milorde! — Intromete-se o homem à esquerda de Paulo — O amo conhece demasiado o Líder das planícies do sul, e igualmente a sua glória. Aquele monstro transforma cada viajante em seu combatente. Seu poderio militar pode não ser tão forte, mas deve ser numeroso.

— Pelo contrário. — Ressoa a voz daquele que Kain mais almeja ouvir... Comandante Gustavo. — Sou o único militar que batalhou contra eles e conseguiu regressar vivo. Sem muitas sequelas. Os soldados das terras baixas são treinados de maneira rígida. O Líder deles possui uma convincente filosofia, que fazem com que aqueles homens, na ausência razão para viver. Lutem como se fossem a coisa mais bela que farão em suas vidas.

— Comandante Gustavo tem razão, não se pode desmerecê-los. Suas ideologias são diferentes das nossas, todavia, sua filosofia de guerra é uma das mais fortes do país. — O lorde afirma a fala de seu comandante, olhando-o intrinsecamente no fundo de sua íris .

— Meu senhor — Fala o seu sábio a direita. — O que deseja executar?

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora