Halk: Símbolos

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O sol ascende aos céus dando uma rajada de alumiação nas florestas, a única coisa que se ouve em meio aquelas árvores de enormes copas é o fragor dos pássaros, o cantarolar dos grilos e o abalroar das botas de prata no solo de terra macia. 

Silver leva seu cavalo pelas rédeas presenteando um descanso a coluna do animal que está viajando com ele a meses, mas sabendo que agora mais-que-tudo está adjacente de seu objetivo, todavia, mesmo praticamente aproximado em metros da localização do mapa não consegue avistar nada além de mato.

Até que ouve o caminhar de alguns cavalos e vê dois cavaleiros cavalgando pelas redondezas, um deles faz questão de discursar alto e fazer estrondo reclamando sobre a brenha, com sua armadura dourada e cabelo alaranjado. 

Enquanto o outro quieto somente o ouve sem incômodo de respondê-lo ou ceder atenção, enroupado com sua couraça preta. Silver assobia, chamando a concentração dos dois cavaleiros que viram seus olhares rumo ao barulho:

— Ainda bem que os encontrei. — Diz Silver pulando em sua montaria para ir até os outros.

— Você estava perdido né? — Reclama Kevin.

— Sim, é minha primeira vez vindo a uma reunião dessas. Eu não sabia da imensidão de Traekara. — Silver observa os arredores.

— Já passamos de Traekara. — Os três cavaleiros viram-se próximos a uma imensa cascata aonde os rostos de algumas pessoas estão formados pelas raízes espinhosas das árvores — Essa é Zardren.

— Aquele é o rosto de Maerzo? — Silver se questiona em brado alto. — E aquele é Giku?

— Aqui é o vale dos sábios, por algum motivo esse fenômeno está ocorrendo desde a morte do grã-sábio. — Responde Christy.

Aos poucos o caminho à margem das cascatas vai voltando para a mata, até que uma desmesurada edificação aparece em sua dianteira, pintada na cor das madeiras escuras da selva, com um portão azul. 

Outros cavalos estão do lado de fora recebendo frutas em cestas doadas por uma garota negra de cabelo afro, quando eles chegam ela velozmente os para.

— Desçam dos cavalos e me deem as rédeas. — Diz a garota com a mão levantada.

— E por que uma pirralha como você está dando ordens? — Pergunta Kevin.

— Sou a protetora do santuário dos Símbolos. — A garota começa a mexer as mãos e compor no núcleo intervalar dos dedos indicador e mindinho uma esfera de fogo. — Um exíguo a minha vanguarda há uma barreira mágica que me avisa se vocês serão ou não bem vindos. Quero me certificar de que não machucarei os cavalos.

— Não acredito que... — Kevin é interrompido.

— Kevin... — Diz Christy desmontado de seu cavalo. — Desce do cavalo. — Kevin e Silver descem e entregam seus animais.

— Pelo jeito que falava pensei que já tinha vindo aqui. — Silver fala com Kevin enquanto a garota prende os cavalos.

— Morava em Zardren apenas.

— Um de cada vez venham até o portão! — Grita a garotinha.

Primeiro vai Christy, em seguida Kevin e por derradeiro Silver. Posto que os três estão na dianteira para o portão a garota desativa a bruxaria de lume de suas mãos e recebe com um sorriso no rosto.

— Felicitações! Queridos guerreiros escolhidos a dedo pelos sábios! Tenho agrado em conhecê-los, sou Kari!

— Antes queria atirar fogo na minha cara, agora quer amizade? — Reclama Kevin fazendo um bico com a boca.

— Me desculpe senhor Tiger, tenho que proteger o templo com a minha existência, então não posso confiar em qualquer viajante que esteja passando por aqui. Por mais airoso que ele seja. — O elogio da garota faz com que o leão se sinta garboso, deixando de lado as queixas.

— Vamos entrar. — Christy os olha com seriedade, e abre o portão.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora