Yorochi: A troca

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— David tem como você cessar e me ouvir? Estou feliz que tenha voltado bem. — Diz Ana o abraçando.

— Disse que voltaria vivo minha irmã, essa casta está a alçar voos altos, ditoso seja Deus Garuda por nos dá sua força. — David pega sua espada embainhada e põe para o alto.

— E como foi lá? — Pergunta Ana.

— Sanguinário como sempre, as guerras são eternamente ambientes maldosos, nenhuma existência viva deveria testemunhar o que ocorreu lá. — David a embainha novamente.

— Porque não param? Por que não fazem as pazes?

— Por que eles mataram o nosso pai. — Responde David.

— Mas isso não é justificação. — Ana vira-se de olhos fechados. — Você e Edgar eram amigos, escondem esse afeto das próprias famílias! Como isso pode ser substituído pela raiva?

As falas da princesa Ana fazem com que a flecha armada nas mãos de Shaw escorregue. Surpreendido por conhecer o passado de seu irmão ele dispara a arma. A túnica branca de Ana começa a ficar manchada pelo vermelho do inerente sangue no peito, a auscultar a ruína forte de algo pelas costas.

David se vira e vê sua irmã caída ao chão sem conseguir exprimir. Ele considera o rapaz ruivo desamparado atrás da escadaria com o arco e flecharia na superfície chorando, David grita e suplica pela vida de sua irmã, que desgraçadamente não esboça uma única reação após ter sido acertada.

Shaw é conduzido agrilhoado para o salão por David, sozinho ambos aguardam a chegada de alguém. Certamente garoto não percebe, mas David sente que outra cobra irá à salvação da mais nova.

Instantes em seguida, gritos de soldados são ouvidos, e murmúrios de inquietação. Adentro daquele salão de lenho ao campo aberto, velas acesas dançam concordante o vento que bate e passa pelos jardins.

Edgar é escoltado por soldados do império até que encontra seu velho amigo, seu irmão está sentado ao chão algemado por mãos e pés. Quando vê seu salvador, tenta alcançá-lo com um mirar de consolação, mas seu corpo preso o impede:

— David.

— Edgar.

— Meu irmão não tem nada a ver com esta guerra.

— Pelo contrário, ele decidiu participar. — David direciona seu fitar para os jardins onde jaz o corpo de sua irmã.

— Te suplico, deixe-o em paz, é a mim que você quer. — Edgar solta suas lágrimas conforme seus dentes rangem vendo a inexpressividade de seu antigo amigo.

— Não Ed... Foi meu pai pelo seu pai. — David põe a lâmina de sua espada na garganta de Shaw — Agora é minha irmã pelo seu irmão. — Então a move com brutalidade e frieza raspando aquela espada de metal afiado sobre a goela delicada da criança, rasgando sua carne e destroçando seu respirar, fazendo com que seu sangue jorre até encostar na delicada pele do mais velho.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora