Avalon: Vista

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O encalço da chegada do inverno por íntegro o país é feito pelas longas manhãs escuras, as estrelas permanecem visíveis pelo celeste. O reino Avalon possui um planalto que é aproveitado como um cemitério, e em seu topo, separados de todos os outros túmulos que jazem no alicerce da elevação, está a sepultura de Giku Avalon.

Assentado ao lado dela, Isaac toma seu café da manhã, o sossego é a melhor companhia daquele intervalo frio. Encontra vagando-se incluso da sua mente, seus olhos visualizam as estrelas, mas sua visão encontra-se mais distanciado. Isaac começa a se recordar do dia em que fora perseguir seu avô na biblioteca posto que mais novo.

Seus olhos travados observam cada deslocação daquele senhor tão reconhecido. Isaac passa horas observando os trabalhos do avô na biblioteca, onde cada dia uma lição nova é recitada pelo indivíduo estimado o mais erudito do país, além dos carinhos dados de tempos em tempos.

Isaac sente um ameno toque espiritual em sua carola, como as mãos ávidas de seu avô. Uma gota de choro desliza sobre seu rostro até que ele ouve alguns passos indo em seu governo. Usa das mãos para secar as lágrimas e continuar comendo seu pão abarrotado de carne. 

No meio das sombras Joana aparece coberta com uma capa por demanda do frio da manhã, os olhos de ambos se cruzam e a garota sorri, ela continua subindo até comparecer na ala do garoto, e então se senta recostando o bestunto sobre o ombro do irmão:

— Um pouco cedo para comer, não acha? — Questiona Joana.

— Não consegui dormir, aqui é um lugar que me traz calma, só que minha barriga começou a roncar... — Diz Isaac, fazendo sua irmã facultar uma leve risada.

— Você não muda né... — A garota respira. — Escondendo suas dores, com esse mirar transbordando ira, eu te conheço Isaac.

— Prometi a mim mesmo que não vou deixar mais nenhuma pessoa que amo morrer sobre minha presença.

— E se você morrer?

— Contanto que vocês estejam vivos, não me importo.

— Errado! Não seja egoísta ao ponto de pensar que pode dominar as emoções dos outros... Às vezes você parece o papai. — Joana deixa as lágrimas deslizarem sobre o ombro de seu irmão enquanto balbucia sua boca. — Olha, o sol está nascendo.

— Sim... — Isaac olha para o horizonte. — A vista daqui é linda...

Ambos ficam ali encostados um sobre o outro conforme a claridade do sol domia a atmosfera escura perdurada pela noite. Aos poucos a capital igualmente acorda com o eclodir do sol, e a rotina se estabelece.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora