Halk: Sonhos e pesadelos

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Sozinho em seu aposento, David soa frio enquanto dorme. Seu torso remexe-se bruscamente cingido pelo cobertor, em seu ar ofegante somente consegue proferir — não! por favor! não! — Até que uma delicada mão toca em sua face. Velozmente o líder desperta alucinado, pegando no carpo da pessoa que o encostou. Levando às costas do incógnito. 

Em seguida segura o pescoço e a arremessa em direção ao chão sacando da manga de seu quimono uma pequena lâmina afiada. No exato momento percebe a atrocidade que está cometendo. A sua covardia faz amedrontar sua própria irmã, então solta a punho da garota e afasta a lâmina da sua garganta:

— Perdoe-me Ana. — David, lacrimoso, recosta-se no canto.

— David... — Ana levanta-se e vai abraçá-lo. — A morte de nosso pai... Ainda te assombra né?

— Está tudo bem — O rapaz bufa para apaziguar o corpo quente. — foi só uma recaída.

O líder se levanta e limpa as lágrimas de seu rostro, por fim ajeita seu quimono. Sua irmã igualmente se ergue e vai junto a ele para a sala, ela há organizado um inigualável café da manhã. 

David não se mostra com tanta fome, pega apenas uma fruta, assim que a coloca em mãos ouve umas batidas em sua porta.

— Silver... — David diz assim que abre a porta.

— Milorde. — Reverência o lorde. — Temo que algo tão privativo quanto o café da manhã de vocês tenham de ser quebrado através do meu intrometimento.

— Jamais se sinta amolado irmão, temos familiaridade o bastante para que possua tal liberdade. — David dá dois tapas singelos no ombro de Silver.

— A reunião, vai encetar agora. — Silver dá seu aviso.

— Tudo bem. — David vira-se para Ana. — Voltarei mais tarde. — antanho sai juntamente ao cavaleiro e fecha a porta.

Lado a lado rei e servo caminham a passos curtos para o santuário, não possuem assunto no instante, o poviléu para suas afazeres para assistir aquela cena, pois, ambos são os maiores símbolos de força de íntegro reino. 

Chegando no salão do templo, o rei depara-se com alguns dos mais antigos generais e sábios, todos fazendo um círculo. Trajados as roupas leves e juntamente as bebidas quentes em mãos. Na comparência do régio todos o reverenciam, exceto Silver.

— Bem, podemos começar? — Pergunta David de maneira retórica. — Qual a pauta desta reunião?

— Senhor. — Pronuncia-se um general careca com grandes olheiras. — Os soldados presentemente vêm se perguntando do risco iminente que são os Yorochi.

— Nós os generais nos reunimos antes. Cremos que se o nosso reino não ingerir medidas vamos acabar levando uma investida surpresa. — Fala outro general mais jovem de pele negra.

— E se não lutarmos contra eles seguramente ocorrerão um genocídio em nossas terras. — Conclui David. — As coisas que vocês falaram e vão comunicar sobre o perigo dos Yorochi passaram pela minha cabeça antes mesmo do fim deste Tratado, e compreendo a fobia e aversão de vocês.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora