Gaillard: Objetivos semelhantes

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Nas planícies do sul, o clima gélido das suas montanhas nevadas fazem com que a neblina pesada desça cobrindo as plantações e deixando o ar rarefeito. 

A grama veste-se de uma camada fina de gelo e os aldeões usam grossas roupas de couro e penugem dos lobos brancos, que são monstros enormes e caçadores brutais daqueles que residem nas serras.

Quiçá estes animais sejam menos brutais do que o reino das chanuras conhecida como Arena da Estripa, pois, o fanatismo da casta que comanda aquela região pelas batalhas de coliseu é um tanto incomparável ao supremo da atrocidade humana.

O clã Gaillard é uma grei severa e voraz, de guerreiros que valorizam simplesmente a tática de ir para cima com tudo que tem. 

Eles adoram amontoar prisioneiros para serem usados em festivais, alguns sobreviventes dessas competições mortíferas tem a cobiçosa honra de sair da arena e servir no exército do reino.

Dentro de sua biblioteca pessoal, com livros empilhados, além de pergaminhos abertos e soltos pelo chão, encontra-se o soberano, com o mapa do país em mãos. A decência em seu mirar demonstra a inquietude do líder. 

A mão pigmentada entre o negro e o branco coça as frustrações em sua carola raspada. Acaçapado pelos seus lábios carnudos, seus dentes trincam de impaciência. 

Qual reino vai me atacar? Qual reino vou invadir? Pensa o rei.

Infelizmente as respostas não vêm, além do mais a família Gaillard não foi tão convidada assim dentre o período do tratado de paz para confraternizações, pois, muito dos outros reinos tinham rixas contra eles.

O régio pensa num homem, que consegue, só pelo fato de estar vivo, o deixar com insônia, cogitar que ele ainda obtinha andejar o faz ter pesadelos, um sujeito que ele não quer encontrar nem tão cedo e muito menos tão tarde.

— Irmão? — A voz o desperta do terror vivo, um homem de óculos, com um cabelo curto levemente penteado para direita, vestido com uma túnica azulada.

— Cil... — O régio bafora o nome do irmão caçula. 

— Aqueles três corvos foram pegos roubando armas no coliseu novamente.

— Bote eles aqui na sala. — Cil puxa uma corrente pela mão e coloca os três ajoelhados na biblioteca — Por que fazem isso?

— Me puna. — Responde o de cabelo vermelho.

— Punirei todos vocês, tenha asserção disto.

— Eles foram por minhas ordens, se quiser fazer algo com alguém, que seja somente comigo. 

O líder se levanta. Despido de camisa, seu corpo liso tatuado do oblíquo de sua cintura aos ombros. Os seus passos sobre uma bota de ferro fazem um estrondo notório sobre a madeira, antanho ele usa a ponta dos dedos para agarrar o garoto pelo pescoço o forçando trocar olhares.

— Você não controla as pernas tampouco os pensamentos deles. — A edacidade que o garoto encara o líder faz com que Gilgamesh dê um ligeiro sorriso. — Qual seu nome?

— Aloramir. Aloramir Lawrence, filho de Blaze Lawrence dos corvos do norte, irmão de Son Lawrence que está ao meu lado, e a garota a minha direita é minha futura esposa Zyra Monson.

— Até que você é bem-educado rapaz. — Gilgamesh o solta deixando desabar de joelhos no chão. — Porque rouba armas? Articula uma rebelião contra meu reino?

— Minha cólera não é direcionada ao senhor, quero apenas capturar o que me é de direito, o que foi conquistado da minha família pelos dois clãs amaldiçoados.

— Hum...Interessante. — Gilgamesh ajoelha uma das pernas e suavemente ergueu o queixo do jovem com a sua mão. — E quais são esses clãs amaldiçoados?

— A águia das montanhas e a cobra das planícies, o clã Halk e o clã Yorochi. — As palavras do garoto fazem Gilgamesh terebrar um enorme sorriso.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora