Golden: Os sábios

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Caminhando pelo palácio em busca dos dormitórios, sossegadamente os passos de Maestrie o fazem analisar o ambiente, as colunas lisas de concreto armado, que condigno à temporalidade apresentam leves rachaduras. 

Ele toca no arcabouço enquanto sua visão vai para distanciado, as montanhas de areia e o prado de várias ondulações.

No término do horizonte ele avista um Belial que sai da areia de boca aberta, aparentemente gritando, e por conclusão regressa a reprofundar no ermo. Ele percebe que não está mais só, ao mirar para o lado Solomon o acompanha em uma viagem mental de uma forma conectada em que ambos são mais novos.

Anos atrás, posto que os sábios, na verdade tinham a graduação de discípulos e todos estudavam e bebiam do conhecimento de Giku Avalon. As colunas do recinto eram de platina sem nenhuma rachadura e Solomon e Maestrie estavam nas mesmas posições naquela época, com seus olhos vivos e seus rostos sem rugas.

Ao olharem para flanco os jovens discípulos observam curiosamente Maerzo correndo pelo agigantado corredor em direção a sala do mestre. Os dois rapazes seguiram-no a passos lentos.

Dentro do salão de lenha abarrotada de velas e pergaminhos, o grã-sábio aguardava seus pupilos para inaugurar mais um aprendizado. Giku, assim como sua raça, possuía uma pele negra que exalava domínio. 

Os Avalon crescendo de maneira acelerada e envelhecendo de modo demorado, aquele homem tinha uma fisionomia madura com sua barba enorme e seu rostro farto de pintas. As palavras da pessoa que sabia de tudo a respeito do mundo. 

O ente celestial dispunha de quatro asas tão grandes que suas pontas batiam nos cantos da sala, seu mirar pacífico dava a calma e a familiaridade, que os seguidores de seu conhecimento, precisam.

— Que merda, temos mesmo que estarmos aqui toda manhã? — Sussurrou Solomon.

— O aprendizado é um exercício afadigador amado Solomon. — Disse Giku, com sua voz suavizada e melosa.

— Solomon! Seu babaca! você deveria cessar essa insubordinação! — Reclamou Maerzo que estava ao seu lado. — É por isso que você é tão novo e está criando calvície.

— QUE!? — Solomon falou alto e abismado virando sua cachimônia para arrostar Maerzo. — Para de falar essas coisas, retardado!

— Quem é retardado aqui? — Maerzo pulou para cima de Solomon e o agarrou para achatar seu dedo contra a cabeça dele. — Consigo ver o cabelo caindo!

— Não acredito nisso! — Maestrie começou a rir.

— Parem vocês três! Estão envergonhando o nosso mestre! — Disse a Mauna, ela era agressiva em tudo no que diz reverência e cortesia perante o grã-sábio, possui metade de seu alongado cabelo azul e a outra um meio verde.

Seus olhos castanhos e nariz enfesto, de peitos que moldavam o tecido, vestida com uma indumentária caída sobre os ombros com uma brecha losangular mostrando sua barriga e por fim uma calça aberta nas laterais das pernas. — Sempre tão imaturos! Sabe o quão ridículo vocês parecem deste jeito na capital? Parecem um bando de delinquentes.

— É benévolo que tenham essa calma em seus corpos. — Giku Avalon sorriu, posto que o luminar falou todos os jovens pararam suas atividades para o olharem. — Futuramente é desta paz e esse espírito de ventura que precisaremos. Tempos tortuosos chegarão em seus futuros, e pessoas especiais vão carecer dessa pujança tão limpa que passam.

— Você está falando como um velho. — Falou Maerzo.

— É... — Giku deu um tapão na testa do seu discípulo — TENHO MAIS DE MIL ANOS SEU IMBECIL ACHA MESMO QUE SOU VELHO? PARA NOSSA RAÇA, ESTOU NA MEIA IDADE HUMANA, SUA PESTE!

— VOCÊ NÃO PRECISA ME BATER VELHO! — Eles ficaram com as cabeças próximas uma da outra.

— ME CHAMA DE... — Giku apressadamente fora interrompido.

— VELHO! VELHO! VELHO! VELHO! VELHO! VELHO! — Maerzo ficou desviando conforme as mãos de Giku tentavam apanhar seu pescoço.

— Mestre! — Mauna chamou a atenção e Giku retomou a postura.

— Continuando. Eu servi deuses, conheci homens, vi monstros, mas nada me deixa mais maravilhados ao olhar do que vocês, imagino o quão cansado vocês devem ficar lendo tudo isso e me ouvindo todos os dias, mas estas aulas vão acabar e vocês voltaram para seus respectivos impérios. Vocês serão as cabeças que irão reger o mundo após a minha partida.

— Mestre... — Solomon sentia-se maravilhado com tanto carinho.

— Pessoas poderosas apareceram e coisas fora do controle humano irão ocorrer, o mundo sempre será regido por vocês humanos, não o deixem cair em desgraça... — As palavras do mestre tocaram o silêncio dos aprendizes.

Após um longo dia de estudos Solomon e Maestrie voltaram para próximo da mesma coluna, observando o ambiente.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora