Edrac : O que proteger...

13 3 0
                                    

Kain dá mais trago em seu fumo.

— Não sei. — O Líder solta a fumaça — honestamente, o término do tratado era algo que eu possuía pesadelos, e de uma instante para outro, meus sonhos ruins tornam-se veras. Continuem trabalhando no mapeamento, no entanto, não tomarei nenhuma medida de investida por enquanto. Quero que vocês ampliem as defesas em rumo ao reino inimigo.

Com as últimas falas do líder Edrac, os homens saem da sala, e vão outorgar direção ao que foi conversado em reunião. Enquanto Kain vai para o distinto flanco do palácio. Ele passa sozinho, desta vez, através do corredor destampado, e dá uma ligeira olhada para as casas de sua plebe. 

Perdendo-se em pensamentos, vê crianças fazendo bolas de neve e jogando umas nas outras, conforme seus pais levam lenha para dentro das moradas, e suas mães conversam em bancos fora das residências.

É isso que preciso proteger. 

Ele toca na coluna de modo melancólico, vendo seus sentimentos ficarem aflorados.

Chegando no salão central, se encontra sozinho em meio aquela armação descomunal. Passos curtos dos seus sapatos de ferro ecoam, como o único timbre remanescente. Ele olha para seu trono por um tempo. Por fim, volta a andejar, para o lado onde havia uma escada. Subindo, fica de vanguarda a um cômodo, com a porta, verde-esmeralda.

A abre.

Kain chega ao seu ponto de sossego, posto que olha aquela pintura viva na sua frente. Sua mulher de longos cabelos loiros, trançados, com suas íris verdes, olhando para baixo com seu nariz pontiagudo e sardas pelo rosto. 

Recitando uma música para vosso bebê, amamentado em seu colo. O pequeno puxa o tecido cândido e fino do vestido de sua mãe. Ele é tão frágil como um vaso, mas Kain sabe que nos braços de sua cônjuge, o seu sucessor está amparado do mal.

O líder retira suas botas, com cautela, para não gerar exagerado estrondo. Os coloca no canto do aposento. Em seguida, dá uma volta ao redor do leito, e se põe do lado de sua amada. Recostando-se aos poucos, até conseguir permanecer junto a mulher, que deitada sobre seu peito, sendo envolta pelos braços de Kain, que seguram o bebê, juntamente aos seus. 

Por fim, ele dá um pequeno beijo no cabelo dela:

— É extraordinariamente benévolo nesse frio, você vir acalorar a gente. — Sua voz sai quase rouca, com um sorriso que só Kain pode amar.

— Ser um dragão tem suas vantagens. — Ambos dão uma curta risada, e depois chiam como advertência ao barulho. — E como está meu amado Kaeel? — Kain sussurra, olhando para seu filho com um sorriso no rosto.

— Com fome que nem o pai, e igualmente está dormindo bastante. — A fala da esposa emite um leve toque de sarcasmo, nitidamente tocando diretamente no orgulho do marido. 

— Eu não como em tal grau assim Vanessa. — Retruca quase por aumentar a voz, fazendo uma careta ao encará-la.

— Você come, dá ultima ocasião que meus pais vieram aqui, quase passei desonra da abundância de arrotos que deu. — Vanessa ri entre as falas. — amado, você está cálido, porém, seu corpo parece meio distante, aconteceu algo?

— O tratado de paz foi arruinado a um mês atrás. É provável que entremos em guerra com os outros reinos. Especialmente, o das planícies. — Kain aperta mais forte sua amada, com aquele semblante amedrontador singelamente visto por amedrontado aos olhos de sua mulher.  — Estou com medo de perder tudo que conquistei.

— Querido, você manteve a paz neste reino durante anos, não é agora que tudo virá abaixo. Cuidará de mim e de Kaeel conforme incessantemente fez. — Vanessa ainda sente a falta de confiança de seu esposo, nos pequenos tremeliques de seus dedos. — Você se lembra do nosso primeiro ano novo juntos? Que você me pôs em seus braços enquanto os balões eram jogados aos céus pelas crianças? Eu me lembro até hoje dá frase que havia me dito "Os dragões sempre ficam mais quentes posto que estão próximos daqueles que amam". A cada ano novo você me dizia essa frase antiga o sua interpretação tornava-se nova.

— Vai ser o primeiro ano novo de Kaeel. — Kain tinha seus olhos por se encher de lágrimas. — O primeiro de muitos.

— O primeiro de muitos.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora