Após um tempo de silêncio Zyra sai do banho, bem agasalhada, condigno ao frio que é jogado pelas montanhas.
Seu platinado alongado que vai até o término de seu tronco. O seu olho de cor roxa deixa sua fisionomia mais sedutora. Suas bochechas agora limpas apontam alguns sinais bem aparentes como se fossem sardas pretas.
O irmão mais velho dá cedência para que seu mano mais novo vá tomar banho, assim podendo permanecer um tempo a sós com a sua companheira. Zyra lega um beijo singelo no ombro de seu amante e faz um mimo envergonhado em seu rosto, fazendo ele encará-la:
— Como você está? — Ela desliza seus dedos sobre a pele seca do rapaz.
— Apreensivo, não sei o que o rei quer conosco. — Responde em tom seco.
— Bem, as palavras dele, por mais sádicas que tenham sido não me pareciam falsas ou manipuladas. — Zyra recosta no ombro de seu companheiro. — Ele verdadeiramente tem algum propósito que inclui você e seu irmão.
— Por que você não dorme um pouco amor? Parece cansada.
— Dormirei, e você também! Acabou de desafiar um dos melhores duelistas do país, tem que estar preparado para o seu futuro.
No centro da noite o único que não consegue dormir é Son, revirando-se no acolchoado cedido-lhe para que resfolgar no chão convizinho aos seus parentes. A desconfiança o deixa acordado por boa parcela do tempo, põe a mão em seu cabelo raspado, passando os dedos repleto de calos sobre a linha desenhada.
Agoniado ele se levanta e sai do aposento. Não há soldados na entrada, e alguns candelabros estão apagados. Apenas as velas nas pontas dos corredores permanecem acesas, a sua meta é regressar a biblioteca e ousar coletar algumas informações. Em apenas algumas andadas sobre aquele piso chega velozmente na sala dos livros.
O estrangeiro se vê sozinho. Começa a estudar tudo que pode, desde os mais inusitados mapas, até os relatos das guerras travadas antes do pacto de pacificação, muitas delas nas areias de Angh'da e algumas contra o reino Avalon. No entanto, algo lhe chama atenção.
Um lugar farto de informações não traz nenhum detalhe das regiões do norte, todas as anotações complexas e estratégicas do desabitado do leste, das terras do centro e até as montanhas do sul somem posto que o tema se volta a sua terra natal.
Quando tudo começa a ficar perceptível em sua mente uma porrada na sua nuca o apaga.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Desafiantes - A queda Avalon
Viễn tưởngO maior dos Avalon acaba de morrer, um homem sábio e não humano que caiu por terra para resolver a destruição entre os reinos do país de Traekara. Com sua morte o seu maior feito também se esvai, o documento conhecido como Tratado de Paz, a única f...
