Edrac : Penumbra

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O entardecer chega. A margem do horizonte das montanhas, o sol recai sobre uma intensa penumbra. Dando ourela ao celeste escuro, onde as estrelas brilham vigorosamente, e encobrem as sombras da noite. 

A agitação do reino aos poucos se reduz, até que alguns aldeões perambulam através do breu. Grandes luminárias são acesas e soldados, que dormiam o dia inteiro, acordam para debutar os seus trabalhos da noite.

Devido ao alarde sobre o Tratado de Paz, vigilantes que antes nem trabalhavam direito, agora estão acordados, condigno ao pânico e perigo iminente. Conforme soldados patrulham a cidade, sentinelas vigiam través das muralhas do império. 

Kain medita adentro de sua caverna, com as velas jogando o olor em seu pulmão. O fragor da cascata de água torna-se uma canção de fundo, que não atrapalha a imersão do líder sobre a sua própria mente.

No aprofundamento da noite, a fadiga começa a ser a maior adversária dos sentinelas. A prática de permanecer disposto acabou tornando-se um pequeno problema. As tochas dão visão a um certo ponto do deserto de neve por fora do império, porém, esta área de iluminação é curta, e o excedente mantém-se nas sombras declívio abaixo.

Um dos sentinelas boceja fortemente, em seguida se espreguiça para afugentar o frio. Até que uma flecha voa direto em seu pescoço, sem forças para falar, cai agonizando ao chão. Os soldados da patrulha não possuem alcance da visão sobre o que ocorre nas torres de vigia, e o ruído da queda foi abafado através do espesso casaco. 

Por conseguinte, o semelhante ataque de flecha acontece simultaneamente a mais dois vigilantes em outros dois campanários, deixando a porção esquerda do império sem panorama.

Algumas cordas são lançadas do lado de fora, por cima das muralhas. Prendendo-se em fendas no meio das rochas. Dando estabilidade para que alguns homens comecem a trepar, com cautela, estes invasores vão até à cabeça da muralha. 

Caminham até os postos, para que possam acudir outros atacadores a sublevar com mais facilidade, jogando amarras para fora do muramento. Chegando nas torres, armam-se, e começam a descer pelas escadas, reunidos em pequenos grupos para hostilizar o reino.

Aqueles guerreiros silenciosos atacam a ronda de infantaria, e invadem as pequenas casas, matando o mais veloz realizável, toda a família. Após um benévolo intervalo de ação, os cidadãos começam a constatar que há algo de errôneo. 

Alguns com o sono mais leve, se levantam no meio da noite, para dar uma olhada na rua. Assim, percebendo algumas sombras correndo no contraste do fogo que ilumina as paredes de rocha.

Os homens despertam suas famílias e vizinhos, tentando alertar sobre coisas estranhas. Posteriormente o rudimento da primeira leva de invasão, começa a arremessar bolas de feno, juntamente a combustível inflamável, os direcionando a entrada das casas. Portanto, iniciam a queima, para que o povo não possa sair das moradas. 

Às vezes lançam sobre as chaminés, encharcando a estrutura de combustível para que o líquido caminhe pelas bordas de pedra, e faça as chamas se alastrarem.

Os gritos começam a ser ouvidos através do reino. Uma trombeta ressoa, fazendo com que os cavaleiros acordem para empunhar suas armas e irem à batalha. Desajeitados, com ausência de comando, eles vão de maneira individual, sendo pegos em grupos pequenos, estripados com facilidade. 

Outros soldados correm para se unificar em frente ao palácio, para que possam encontrar seus generais. No entanto, alguns defensores chegam junto a informações de que seus superiores foram executados em suas próprias casas.

Não há mais salvação, a única feição que verbera em seus rostos é o completo desespero. 

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora