Avalon: Um velho conhecido

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Em meio a conversa Cronus volta seu mirar para frente, e naquele amplo prado de grama uma sombra de um viajante aparece ao fundo, um homem portando uma armadura carmesim com o símbolo de dois lobos saindo de suas ombreiras, carregando um grande machado inteiramente preto. 

O sujeito tinha uma aparência pálida e cabelo roxo.

Cronus soa a trombeta, acordando parte de seu pelotão, e parando o regimento na espera de algum movimento do viajante que também mantém-se parado. 

O incógnito dá um convincente assobio que Cronus consegue escutar, e das florestas, dois lobos raivosos saltam em ataque.

Com seis metros de tamanho eles atacam o exército negro como se fossem presas em um curral, o animal alvo destruía às carroças e as últimas fileiras conforme o cinza se banha com o sangue dos homens no meio da aglomeração, flechas e lanças penetram, mas não os param.

Cronus olha novamente para o viajante que agora acaricia sua última besta, um lobo preto de olhos azuis. 

Com apenas dois tapas do homem em seu pelo, a besta avança para cima de Cronus e Maestrie. — Fuja pela floresta Maestrie! — Cronus se mantém calmo ao descer de seu cavalo. — Leve meu cavalo convosco. — Maestrie ainda abismado permanece em choque no ambiente da carnificina. — FUJA! — Grita o lorde colocando as rédeas de sua montaria nas mãos do sábio e guiando seu cavalo em direção a floresta.

O lobo preto vai certo em Cronus, o Avalon para a mordida com as mãos deixando a mandíbula do animal aberta e o arremessa para trás fazendo-o colidir com o branco. 

O lorde alça voo o mais acelerado possível para escapar das feras. 

— Rashi tsawa — a voz conjura a feitiçaria por trás do lorde que recebe o impacto do golpe por trás. Um raio azul que foi expurgado por uma mulher. 

Seu cabelo é da cor de seu poder e vai até metade de sua enorme capa, ela possui uma tapa olho em seu lado direito e sua mão brilha em um âmago azul como se estivesse chamuscada.

O pesado golpe o arremessa agressivamente ao solo para cima dos lobos, o impacto levanta uma enorme cortina de poeira e ao ser dispersada pela ventania, dois dos animais prendem com seus dentes os braços de Cronus sustentando-os como se fossem um crucifixo. 

O homem de cabelo purpúreo chega perto do Avalon, mas nada fala, assim como a mulher de cabelo azul. 

Até que dos céus desce voando um distinto ser, tão alto como Cronus, com sua armadura platina e branca cheia de ornamentações como se fossem ossos incrustados naquele metal lustroso, ele possui asas brancas. 

Gentilmente ao pôr seus pés no solo ergue o bestunto do lorde para que possam se observar. — Como é benévolo te rever meu velho amigo. — Ele retoma a postura e se vira. — Vanessa prenda Cronus o melhor que puder, vamos regressar para Ignis imediatamente.

O monarca Avalon, recluso a correntes místicas, é pego pelo homem esfíngico com seu elmo de caveira que o carrega voando, segurando-o pelos grilhões.

Desafiantes - A queda AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora