Em meio ao caos, um homem sai das sombras, junto a sua capa verdejante, que flutua na aragem dos ventos gélidos, e sua barba espetada que captura pequenos flocos de neve.
O homem é o comandante Gustavo, que empunha uma espada ensanguentada, e sua armadura de escamas equipada. Ele sobe as escadas da vanguarda do santuário, e vira para seus subordinados:
— Meus homens! A vossa terra está sendo atacada! — Seu brado gritante acorda os atordoados. — Formem uma barreira de contenção na frontaria do palácio, para proteger a rainha e seu filho! Em grupos numerosos, vasculhem e cacem! Seus adversários... — Suas palavras amedrontam os destemidos. Como se estivessem ouvindo os gritos de um leão. — Com o sangue em suas armas! Mostrem para eles que estão invadindo o reino mais poderoso de Traekara! — Ao fim, o comandante ergue sua arma, dando espírito a todos os cavaleiros que gritam unidamente à fala estimulante de seu superior.
Gustavo chama dois de seus melhores homens, e os direciona de imediato para cuidarem dos aposentos da rainha.
Enquanto isso, sua cara irritada só demonstra demasiado estresse.Onde está você Kain?
Dentro da caverna, os gritos de sofreguidão, e barulhos da batalha não passam através do silêncio do ambiente. Até que passos fortes e desesperados começam a atroar pelas paredes, e penetrar nos pensamentos de Kain.O líder olha para o abismo, tentando defrontar aquele que vinha em sua direção, até que o seu mirar de raiva muda para o espanto.
Ivolin, abarrotado de sangue por cima de seu sobrecenho, e seu ombro deslocado. Seu outro braço, segura somente uma adaga, e seu traje de coloração roxa, e manga longa, está chamuscado. Posto que chega na presença de seu tio, ele desaba.
Assim que o lorde vê seu sobrinho naquele estado, percebe que há algo de errado. O homem tira as roupas do garoto, e o coloca abaixo da água quente, que cai sobre seu cabelo violáceo.
Kain vai até o distinto canto da sala, e pega sua armadura escamosa. Por fim um, põe seu capacete, desenhado como rosto de um dragão. Enfia o braço na boca da estátua, e puxa uma enorme lança, tão longa quanto seu corpo.
Fora da caverna, o caos é a pintura do reino. O fogo passa do teto das casas, e suas paredes sedem ao impacto das chamas. Sem mais o silêncio da caverna, ouve-se apenas o desespero do povo, e o pedido de clemência de seu exército. Kain começa a correr o mais rápido que pode para cerca de seu povoado.
Os cavaleiros, e os invasores, lutam por todo o reino. Na dianteira do templo, as cabeças vão sendo arrancadas pelas espadas, conforme as lanças perfuram o tórax dos combatentes. O número de invasores parecia elevar, enquanto os soldados do clã Edrac, viam-se em desvantagem.Gustavo luta na vista do portão do templo. Com sua espada longa e seu escudo em mãos, o comandante fica envolto por invasores, e unicamente alguns inimigos conseguem chegar próximo a ele.
Um competidor chega no seu flanco sestro. Antanho o superior dá um desmedido giro com seu corpo, e usa a égide para chocar com toda força na boca dele. O invasor cai no chão com o impacto, Gustavo enfia a espada em sua garganta.Ademais, outro tenta banzar o comandante, indo pelas suas costas, porém, a destreza e experiência de guerra do homem o salva de um golpe tão rápido e sorrateiro. Gustavo desvia rolando através do soalho, e depois sobe seu torso juntamente ao gládio, metendo-o por debaixo do queixo do assaltante.
Infelizmente, o comandante começa a conceber que a grande escala de soldados do império, que vinha a ser de milhares, agora não passam de dezenas. Aqueles homens defendem o templo, enquanto todo o reino é aniquilado. Seus inimigos crescem em número, conseguem penetrar os portões centrais do império, e entram como uma desmedida horda.Estar vivo até o fim daquele pesadelo é mais uma opção.
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Desafiantes - A queda Avalon
FantasíaO maior dos Avalon acaba de morrer, um homem sábio e não humano que caiu por terra para resolver a destruição entre os reinos do país de Traekara. Com sua morte o seu maior feito também se esvai, o documento conhecido como Tratado de Paz, a única f...