- Estamos na merda - Caroline diz saindo de cima de mim no sofá. Estavamos jogados, mal consigo abrir os olhos.
- Sabe aquele nome? Você sabe o significado Caroline?
- Ta bêbado ainda seu merda? - Caroline diz me olhando, sentada na ponta do sofá agora.
- Sabe a merda do nome?
- Que nome caralho?
- Educação - Digo fuzilando ela - Quero dormi, mas só se você quiser mesmo.
- Filha da mãe - Caroline me bate. Seguro sua mão depois prendo-a.
- Sério, to morrendo de sono.
- Seu celular ta tocando, acho que a pessoa que ta ligando não deve saber o significado também.
Rolo no sofá e caio no chão a procura de onde vem o som do celular, escuto a risada de Caroline. Acho ele jogado no chão então vejo a tela, número desconhecido.
- Alô? - Digo com a melhor voz que consigo fazer.
- Ei - Escuto a voz rouca de meu irmão.
- Você nunca me liga e quando faz é sempre na hora errada.
- Foda-se - Diz com seu tom arrogante - Preciso que venha me buscar no aeroporto.
- Ta achando que tenho cara de que? Chofer?
- Vem logo filha da puta. Não estou pedindo.
- Te buscar e levar para onde?
- Para morar com você por um tempo, nossos pais querem que eu resolva coisas aqui no rio, infelizmente. Porque odeio esse calor todo.
- Ta e por que você acha que eu vou te abrigar na minha casa?
- Olha só Grayson, não me estresse ok?
- Por que não pediu para seus motoristas te trazerem?
- Te dou meia hora no máximo para aparecer aqui - Então desliga o celular.
- Quem era? - Caroline pergunta quando jogo o celular no sofá forte e abaixo a cabeça que lateja por ter bebido muito ontem na praia.
- Meu irmão - Digo fechando os olhos - Tenho que buscar ele. Se prepare para aturar ele é um mimado filha da puta.
- Por que ele ta vindo para sua casa se vocês não se dão bem?
- Sei lá, mas meus pais que pedirão, então não posso ir contra quando eles já fizeram tanto para mim. Vou tomar banho e já volto.
- Ok - Caroline diz se levantando - Vou fazer almoço para a gente.
Tomo banho o mais rápido que consigo com minha cabeça ainda rodando. Assim que saio visto uma roupa casual. Calça jeans saruel, blusa de basquete e chinelos nos pés.
- Já estou indo buscar ele ok Caroline? - Digo para ela que está na cozinha de costa para mim fazendo comida.
- Ok, cuidado na hora de dirigir. O álcool mal saiu de seu sangue.
- Pode deixar - Digo indo pegar meu celular e saindo de casa.
No caminho até o aeroporto eu estou tentando o máximo dirigir em linha reta. Meus reflexos estão uma merda e para piorar estou com sono. Paro de frente ao aeroporto Santos Dumont e pego o celular ligando para o número que Maxwell me ligou.
- Ta atrasado, onde você ta? - Diz logo quando atendo. Seu tom autoritário me dando ódio.
- De frente a ao aeroporto.
- Qual carro?
- Kia Sportage - Digo e então abaixo a cabeça no volante, já com sono.
- Ata to vendo daqui. Onde você ta?
- Dentro do carro né, agora vamos logo, não tenho sua vida - Digo desligando na sua cara. Um minuto depois ele estava batendo na janela do carro para que eu abra a porta. Consigo ver a irritação no seu olhar, ligo para seu celular.
- Da para abrir?
- Primeiro para de bater no vidro - Digo fuzilando ele
- Se você não abrir a merda dessa porta agora vou tacar a minha mala nessa janela e quebrar ela todinha.
- Vai colocar a mala lá atrás - Digo abrindo o porta mala. Ele leva a mala e taca de qualquer jeito dentro do carro, batendo forte quando fecha o porta malas.
- Abre - Ele diz no celular.
- Como se pede?
- Abre essa merda agora - Diz gritando comigo. Acho graça de sua cara. Então abro, ele entra e senta no banco batendo a porta forte.
- Filha da puta, bate a merda dos seus carros. Não o meu - Maxwell me olha com cara de quem ta afim de me matar.
- Juro que se você falar mais alguma coisa vou atirar na sua perna - Maxwell diz pegando a arma que ta na sua cintura.
- Atira - Digo olhando seus olhos com ódio.
Maxwell tem 29 anos. É um dos empresários mais ricos dos estados unidos, sua aparência é muito parecida com a minha, só muda em alguns aspectos, tem cabelos preto acinzentados, seu corpo é mais largo e seu jeito que é quase totalmente oposto do meu.
- Caralho você ta chapado? - Maxwell diz logo depois que viro a rua muito rápido fazendo o carro derrapar.
- Talvez - Digo sem olhar para ele.
- Você é mesmo totalmente sem responsabilidade.
- É mesmo? E o que você sabe sobre responsabilidade?
- Muito mais do que você imagino - Diz irônico.
- Não sei porque nossos pais nos adotaram juntos. Você praticamente é um fodido.
- Pergunte para eles depois - Digo seco e então fico em silêncio.
Fico quieto por um longo tempo, lembrando do meu passado. Quando nós sofriamos o pão que o diabo ameaçou... Até sermos escolhidos na adoção por um casal.
- Onde ta morando? - Maxwell pergunta depois que percebe que meus pensamentos tomaram o rumo ruim.
- Barra - Digo ainda olhando a rua.
- Mora com alguém?
- Sim, uma amiga. Em falar nisso, nada de trata-la mal...- Digo olhando para ele, escuto uma buzina e Maxwell puxa o volante para a direita antes que eu batesse no carro que me fechou.
- Filha da puta - O motorista grita, porém não falo nada. Só dou dedo do meio para ele e continuo seguindo.
- Melhor eu dirigir.
- E você sabe fazer isso? O mimadinho dirige?
- Presta atenção na estrada - Diz novamente com o tom autoritário.
- Então. Não quero que a trate mal...
- Não me diz o que fazer Grayson - Maxwell diz e então fica calado olhando a rua.
Pelo o que eu vejo o tempo que ele estiver no rio de janeiro será o verdadeiro inferno na minha vida...
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O preço do Prazer
Romantizm* NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 anos * *PLÁGIO É CRIME SEGUNDO LEI 9.610/98* * OBRA REGISTRADA EM CARTÓRIO * Garoto de programa, muito prazer. Para que começar com meu nome? Me chame de desconhecido. No meu trabalho eu não preciso de muita co...