Susan Clark
Eu não demorei muito, peguei o primeiro táxi que passou ao meu lado na avenida e o pedi que me levasse para casa. Durante todo o trajeto, em meio ao trânsito e as ruas fechadas, eu tentei respirar fundo, mas os soluços me sufocavam. Já está feito e eu já estava longe demais para voltar.
Era tão injusto.
Assim que o carro para em frente ao apartamento saio o quanto antes, não ligando ou me importando com o valor a ser devolvido pelo taxista.
Passo direto para os elevadores e me limito a dar um aceno ao cumprimentar o porteiro. Eu só quero ficar só.
Quando finalmente fecho a porta do quarto, começo a tirar o vestido sem nem ao menos me importar se poderia danificá-lo.Coloco uma camisola e tiro os brincos. Estava exausta. Não fisicamente , mas mentalmente. Estou sendo usada como uma moeda de troca.
Parece uma piada.
Vou até a janelas, ainda vejo poucos fogos de artifício sendo lançados. Fecho as cortinas na tentativa de não pensar muito noque está acontecendo. Me encolho em meio aos lençóis de algodão e tento me aconchegar ali. Eu só quero dormir um bom sono, acordar e descobrir que isso tudo não passa de um pesadelo.
***
O dia amanheceu ensolarado, mas ainda neva lá fora. Ainda não me levantei da cama e já se passa das nove e meia da manhã. Ainda não estava se comentando nada, afinal era domingo, mas eu imagino que não deva demorar para ja estar com tudo publicado. a internet, só se veem fotos minhas ao lado de Sebastian, comentários sobre formamos um belo casal e como ficamos lindos juntos.
Eles não entendem e nunca irão entender o quanto isso está sendo sufocante.Ao me levantar da cama e fui para o banheiro, eu estava um caco! Meu rosto está manchado pela maquiagem que não tirei na noite passada, minhas olheiras estão enormes e meu cabelo está terrivelmente embaraçado.
Eu precisava de um banho.
Adentrei na ducha e deixei que a água quente e vaporosa tenta-se me afastar de pensamentos confusos. Que eu tenta-se relaxar.
Era mais complicado doque imaginei.
Nesta manhã de 1º de janeiro, eu não me importaria de ficar em casa até tarde, muitos menos sair do meu quarto. Eu não fazia questão de ter companhia e muito menos de alguém tentando me explicar sobre o que aconteceu. Não hoje, não agora.
Alguém bate na porta.
— Desculpe atrapalhar, Srta. Clark, mas a senhorita tem visita. — Dorota fala com a porta entreaberta.
Eu não estava esperando ninguém.
— Quem é Dorota?
— A Sra. Miller, ela está esperando na sala. — ouço seus passos se afastarem.
Era só o que me faltava! O que será que ela quer?
Com o pouco de coragem que me resta, vou até o closet e visto um suéter branco e uma calça jeans. Tento amenizar o volume do meu cabelo e passo um perfume.
Assim que chego à minha sala de estar, me deparo com minha mãe fazendo companhia para a Sra. Miller e Amanda, que parecem bem confortáveis com o ambiente descontraído da manhã pós ano novo. Elas seguram revistas Vogue enquanto algumas outras estão espalhadas pela mesa de centro.
— Ah, Susan, que bom que você chegou! — A mulher se levantou e vem me cumprimentar — Não tivemos a chance de nos conhecer muito bem devido às circunstâncias, mas saiba que vamos apoiá-la no que for necessário.
A agradeci com um sorriso. Ela tenta ser gentil e não parece ter nada a ver com todo esse circo. Parece ser uma boa pessoa.
— Eu e sua mãe decidimos chamá-la para que tivesse a chance de participar dos preparativos para as festas. — diz, animada.
— Festas? Achei que seria apenas uma cerimônia íntima para a família e alguns amigos...
Ela me interrompe com uma gargalhada, como se eu tivesse dito alguma besteira.
— Não, querida, você entendeu tudo errado! Não é assim que os Miller costumam fazer uma festa. — ela me puxa para o sofá e me entrega um catálogo com algumas amostras de tecido e alguns arranjos — Gostaríamos de ouvir sua opinião sobre a decoração do noivado.
Olho para minha mãe em busca de ajuda, mas ela dá um sorriso fraco. Está aguentando tudo isso por mim.
Olho para revisita em meu colo. Uma imagem mostra alguns arranjos com rosas brancas. Eu nunca tinha pensado em como seria organizar meu próprio casamento, então, que eu tentasse ao menos me divertir um pouco com isso.
— Ei... — Sous tirada de minha atenção. — Eu sei que isso deve estar sendo confuso para você, mas você pode contar comigo.
Segurei sua mão é a apertei de leve, suspirando um — Obrigada...
Ela sorriu de leve e se aproximou ainda mais de mim, me ajudando nas escolhas.
Esse é o único capítulo pequeno, os outros não serão assim.
Votem e cometem.
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Sr. e Sra. Miller
RomanceSusan Clark, uma jovem que ama a liberdade, curiosa e um tanto provocadora, ela passou quatro anos estudando na Europa. Sem cobranças ou responsabilidades de terceiros, ela era livre para seguir uma vida longe dos holofotes que faziam parte de sua v...