Não revisado
Algumas dias depois
Susan
Me admirava no vestido de flores que tinha escolhido, estávamos no último dia do verão, seria minha última chance de usá-lo até que as folhas do outono começassem a cair e o frio tomasse conta de tudo.
Hoje era domingo, mas em especial, um amigo de Sebastian tinha o convidado para um churrasco, tendo o intuito comemorar a chegada de sua primeira filha, Sophia.
Peguei minha bolsa e fui em direção a sala, onde Sebastian já se encontrava sentado em uma das poltronas, enquanto parecia reponder algum e-mail em seu celular. Ele trajava roupas mais casuais, era raro velo vestido assim.
— Tenho a sensação de que fui trocada por esse celular... — Me fiz de vítima, enquanto ele revirava os olhos em deboche.
— Não se preocupe quanto a isso, será difícil eu querer te trocar. — Se levantou e me puxou para um beijo. Mas quando ele me agarrou eu senti uma falta de ar, como se o cheiro não me agradece, até empurrar seu corpo para que se afasta-se. — Você está bem? O que foi?
— Nada, deve ter sido o perfume, ele é bem forte e...
— Eu devo ter exagerado um pouco eu acho...eu...eu vou trocar essa camisa e já volto.
— Não, tudo bem! — Me aproximei sentido o cheiro forte novamente, mas tentei transparecer. — Aos poucos o cheiro vai amenizando, só precisa levar um pouco de ar fresco.
Concordou e me girou. — Vou confiar em você, que aliás, está linda, mas está atrasada, temos que ir! — revirei os olhos com seu comentário e seguimos para o levados.
***
Ainda estávamos Nova York, mas desse vez em um bairro arborizado e tranquilo. Nem parecia que ainda estávamos em Manhattan, sempre fui apaixonada por esse lado da cidade. O carro parou na frente da casa branca com tijolos e algumas flores.
— Esse lugar é maravilhoso...
Sebastian segurou minha e subimos os decorais até a porta da residência.
— Pensei que não viriam mais! — Fomos recebidos por Pedro, um homem alto e forte, que logo abriu espaço paço para que pudéssemos entrar. Pedro tinha uma personalidade amigável e super extrovertida. Era Campeão Olímpico em natação.
— Pode por a culpa nela... — O belisquei e ele me olhou de lado, mas eu continuava sorrindo.
Não haviam muitas pessoas ali, era uma reunião íntima entre amigos.
A cozinha da casa ficava ligava a sala de estar, Miranda e algumas mulheres já estavam na sala, enquanto se ouvia risadas vindas do que parecia ser o jardim externo.— Susan, fico tão feliz que conseguiu vir, faz tanto tempo... — Pedro era amigo de Sebastian, mas por obra do destino, eu já conhecia Miranda por termos estudado juntas quando eu era mais nova, porem não pegamos um vínculo tão grande depois que eu me mudei. Ela tinha descendência asiática. Cabelos negros e um sorri marcante.
— Susan, eu vou roubar o Sebastian de você, eu e os rapazes precisamos do nosso amigo de volta por alguma horas, se é que me entende...
— Sim, eu entendo... — Arqueei minha sobrancelha. — Podem ir!
Pedro o levou para fora e eu fui me juntar as meninas. Entre vai e vem entre conversas banais, um choro fino se fez no ambiente.
— Parece que alguém acordou... — E então eu lembrei do real motive de estarmos aqui.
Miranda saiu e logo voltou com uma companhia a mais em seus braços. Estava enrolada em uma manta rosa clara, mas seus choro aos poucos se cessava. Então Miranda voltou a se sentar, ela estava ao meu lado, as meninas falavam e eu estava presa nos olhinhos da pequena, que insistia em também me olhar.
— Você quer segura-la? — Fique um pouco receosa.
— Tem certeza? Ela parece tão bem com você e eu nem sei segura uma criança direito...
— Só relaxa Susan, assim você já vai treinando. — Treinando?
Miranda se aproximou e pois a pequena Sophia em meus braços, instantaneamente senti aquele cheirinho de bebê, trazia uma paz e uma serenidade.
— Oi bebê... — Sussurro baixinho. Meu sorriso estava frouxo, eu não sabia como agir, muito menos o que falar. A pequena tinha puxado a mãe, era super fofa. Sentia um frio na barriga, era cativante. Me sentia observada, as meninas me olhavam e eu sabia que estavam sorrindo, dava pra notar pela voz delas.
— É Sebastian, parece que tua hora vaia chegar! — Ouvi a voz de Pedro, levantei meu olhar com pressa para então voltar de meu transe.
Sebastian e Pedro estavam atrás do balcão de cozinha. Seu rosto não parecia mostrar feição alguma perante a situação, estava vazio.
Eu só consegui dar um meio sorriso, enquanto deixava Sophia brincar com meu dedo.
***
Horas depois nós despedimos de todos, parecia que uma barreira tinha se criado.
O caminho de volta a nossa casa foi quieto, não trocamos muitas palavras depois do ocorrido...
Ele parecia pensativo.Eu também estava, sabia que era cedo, mas eu precisava de uma resposta, eu não gostaria de viver no escuro.
Dentro do elevador estávamos cada um de um lado, olhando para os próprios sapatos. — Precisamos conversar.
Suspirou — Precisamos, mas não agora eu tenho algumas coisas para resolver.
— Quando vamos poder falar sobre isso?
— Eu não quero falar...
— Mas... — As portas do elevador se abriram, e ele foi o primeiro a sair.
— Não estou preparado para isso, não estou preparado para passar por isso agora.
— Quem disse que precisa ser agora Sebastian? Eu só quero que me tire do escuro, eu estou no escuro com suas indecisões. — Saio do elevador. — Não quero ter que conviver com essa dúvida pra sempre, muito menos força-lo a algo, mas eu só quero que me responda uma única pergunta. Você quer formar uma família?
— Você é minha família! Ainda temos tando a aproveitar, ainda é tão cedo para pensar. Eu não quero fazer planos agora, eu quero te levar para conhecer o mundo ao meu lado. Quero viver ao seu lado e não ter que me preocupar com mais ninguém além é você, eu não preciso de mais nada. — Levantava os braços conforme falava.
— Poderíamos continuar fazendo tudo isso, mas você não respondeu minha pergunta...
Então ele se calou, parecia pensar, mas minha pergunta continuava a pairar. Ele me deu as costas e foi em direção aos corredores.
Soltei o ar com força, Sebastian era uma pessoa difícil de lidar, principalmente quando o assunto o incomodava. Aquela situação também me incomodava. Estávamos casados, nos dávamos bem, eu também não está pronta para ser mãe agora, mas eu precisava saber, ou ao menos entender.
Estava entre realizar o sonho de construir uma família ou ter uma vida leve e sem cobranças com o homem que eu amava.
Gente, desculpa a demora eu tava muito travada no que escreveria nesse capítulo, tanto que escrevi cinco rascunhos diferentes, mas finalmente saiu né? Estava tentando achar um bom diálogo para continuar, mas agora está tudo bem ;)
Beijinhos e abrigada por me entenderem!
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Sr. e Sra. Miller
Roman d'amourSusan Clark, uma jovem que ama a liberdade, curiosa e um tanto provocadora, ela passou quatro anos estudando na Europa. Sem cobranças ou responsabilidades de terceiros, ela era livre para seguir uma vida longe dos holofotes que faziam parte de sua v...