15º Capitulo

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NÃO REVISADO

Susan

As últimas semanas estavam me deixando absolutamente esgotada. Faziam apenas três semanas que eu estava noiva e eu não imaginava que ir a degustações de Buffet, prova de bolo, visitar igrejas, lista de convidados me trariam tanto desgaste.
Ainda faltava escolher os móveis do apartamento, que estava em uma reforma relâmpago devido ao nosso tempo curto e ao pai de Sebastian que insistia que devíamos nos casar o quanto antes, o que resultou em especularem uma suposta gravidez de minha parte. Sinceramente, eu gostava quando alguém dizia erramos completos loucos pelo fato de termos nos visto tão poucas vezes, mas ainda sim, estávamos nos prestes a subir em um altar e prometer votos a amor diante de todos.

Eu realmente gostaria de estar tão chapada ao ponte de dar essa justificativa na hora quem que assinei aqueles papéis. Eles foram tão injustos de nem me permitiram ficar bebada o suficiente.

Egotistas.

Mas era isso, restava-se apenas um dia para o casamento e eu estava sabendo fazer o papel com estrema maestria.

Eu tinha acabado de fazer a última prova do vestido, que foi feito sobre média. Ainda que o tempo fosse curto, Madah tinha seus contatos e conseguiu uma consulta privada com o Carlos Bacchi, afim de criar um vestido em um tempo recorde.
Já Sebastian, bem eu não o tinha visto, pois ele andava bastante ocupado com a nova ala da empresa.

Depois daquela manhã estressante com a escolha do apartamento, depois que ele me levou para patinar no Central Park, que era tudo que eu precisava. Conseguimos ter um momento descontraído, sem fingir, sem ficar alerta a nada. O que me causou uma torção no pé, que já estava melhor.

Hoje era pra ter sido o último ensaio para o casamento, mas Sebastian acabou tendo que cancelar, pois tinha uma reunião em Seattle e não tinha como adiar devido a lua de mel.
Sim, um lua de mel nunca estere nos planos desse casamento que já estava estrâpolãndo todos os limites da pompa nova-iorquina, mas uma de suas tias soube e resolveu por si só nos presentear com lua de mel em seu hotel na ilha de Mikonos.

Querendo ou não, eu sempre tive muita vontade de conhecer a Grécia, mas era estranho saber que seriam quatros noites apenas eu e ele.

***

De última hora Sarah teve a brilhante ideia de fazer uma despedida de solteira e como eu não queira sair do hotel , ela resolveu inventar uma noite das garotas, mas como minha mudança para Europa me afastou de algumas pessoas, resolvemos que seríamos só nós duas.

Olhei para o lado e ela já se encontrava dormindo deitada do outro lado da minha cama enquanto eu terminava de tomar a última taça do champanhe caríssimo que a mesma tinha comprado para nossa noite. Provavelmente eu já estivesse um pouco alta.

Olhei para o visor de meu celular e já se passavam de uma da manhã. Eu precisava dormir, amanhã eu não pararia, mas dormir era a última coisa que eu irá conseguir fazer.
Era estranho pensar que amanhã eu estaria atravessando a nave da catedral de Sao Patrício, na ilusão de que seria o dia mais importante da minha vida e que eu estaria me casando com o homem da minha vida. Não seria bem assim.

Meu celular tocou, um número desconhecido apareceu na tela.

— Alô?

— Pelo visto não sou só eu que não consegue dormir.

— Sebastian? Como consegui meu numero?

— Há Susan, vamos nos casar amanhã, e ainda que não seja nada sério, eu teria no mínimo o seu número de telefone. — Revirei os olhos e fui para a varanda do quarto.

— Por que está me ligando? Não deveria estar em uma boate de stripper com alguma assanhada?

— Susan com ciúme? Essa essa é nova.

— Seria a última coisa que eu pensaria com relação a você. — Rimos em conjunto, até ficar um silêncio do outro lado da linha.

— Mas e então? Está animada?

— Se animada quer dizer nervosa, com medo. Sim.

— Acho que minha ficha está começando a cair. — O ouvi suspirar do outro lado da linha.

— Bem, está tarde. Considera bom que desliguemos? Amanhã será um dia cheio. Não vão nos deixar em paz.

— Tem razão Srta. Clark. Essa seria sua última noite carregando esse nome. — Revirei os olhos.

— Não me faça querer ir até aí e te bater. Eu sei onde você mora.

— Não precisa vir, amanhã te encontro no altar?

— Não será difícil de me achar, serei a de branco.

— Essa foi uma ótima dica, tenho certeza que vou não perdê-la... — Ouço um latido de cachorro. — Bem, nosso amigo está me chamado, te vejo amanhã Susan.

— Até amanhã Sebastian. — Ficamos, esperando que eu de nosso fosse o primeiro a deliciar a ligação.

Então resolvi ser a primeira a tomar a iniciativa. Com minha cabeça apoiada sobre minhas pernas, eu me mantinha encolhida enquanto observava as luzes da cidade.

Eu precisava dormir, mas eu sabia que ao acordar, tudo seria diferente. Minha vida estaria oficialmente entregue as escolhas erradas de alguém.

Se tudo isso fosse diferente...

— Susan... — Olhei para trás, Sarah estava na porta da varada, com o cabelo bagunçado. — ...ouvi você no telefone, o que ainda faz acordada a essa hora?

Pensa Susan, pensa.

— O decorador não encontrou a cor de  marfim que eu queira para os panos de mesa, sabe que é importante. — ela me olhou incrédula. 

— Uma e meia da manhã você ainda tá resolvendo isso? — Concordei. — Vem, vou te colocar pra dormir, a amanhã será um dia importante e não vou deixar que um pano de mesa atrapalhe nada. — não a contrariei, eu não estava bem.

Precisava colocar minha cabeça no lugar. Me deitei na cama ainda pensativa, mas aos poucos o sono foi me levando, então apaguei.

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Sr. e Sra. MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora