6º capitulo

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Susan Clark


      Me movo na cama ainda de olhos fechados e tento lembrar do sonho onde eu havia transado com o maior gostoso, sexy e desconhecido dentro de um carro. Aos poucos me acostumo com a luz do lugar e correndo os olhos pelo quarto, concluindo definitivamente que não é o meu.
Também uso uma camisa branca, que por ser grande, consegue improvisar uma camisola. Então não foi um sonho. Mas onde ele...

— Feliz natal, Susan! — Me assusto com sua voz. — Dormiu bem?   

Sebastian sai do que parece ser o banheiro. Ele tem uma toalha enrolada em sua cintura enquanto seca seu cabelo com outra, que está envolvida seu pescoço.

— Onde você dormiu? — Pergunto depressa.

Ele apontou para o lado bagunçado da cama. Droga!

— Onde mais seria? Você está na minha cama.

—  Nós... — Ele nega com a cabeça, antes que eu conclua a pergunta.

— Mas no carro... bem, acordei com uma multa no meu para-brisa. — Sorri. Fecho os olhos e respiro fundo. Eu sabia que iria me arrepender depois, mas todo mundo sabe que a gente só percebe que fez besteira depois eu vê o resultado.

Há uma poltrona ao lado da janela, onde estão o vestido e as sandálias da noite passada, mas também algumas sacolas.

— Achei que iria precisar de alguma roupa quando for embora, então pedi que comprassem para você.

— Quanta gentileza... — Digo nervosa.

Me levanto da cama e tento ao máximo me desviar. Passo bem próximo ao seu corpo, coberto apenas pela toalha.

Pego as sacolas e vou até o banheiro. Fiz uma puta de uma besteira na noite passada, que resultou em acordar na cama de Sebastian. Tomei um banho rápido, tive que escovar os dentes com meu próprio dedo.
Vesti o conjunto de roupas de inverno que estavam dentro da sacola. Um moletom lilás e uma calça jeans super confortável. Seus empregados tinham um bom gosto.
Quando saio do banheiro, o quarto já se encontra vazio. Peguei o vestido de ontem e o coloquei dentro da sacola. Dentro do bolso do vestido, encontro meu celular.
Haviam 18 ligações perdidas e 23 mensagens não lidas de minha mãe. Já posso imaginar a confusão quando eu chegar em casa.
Mandei uma mensagem avisando que estou bem e que logo estarei de volta.

Saio do quarto de Sebastian e me deparo com um corredor imenso, contendo paredes de madeira escura. O final dele dá vista para o andar de baixo e as janela panorâmicas mostram uma Nova York fria e nublada.

O apartamento é bem a cara de Sebastian, mas é grande demais para uma pessoa só. Cores frias e nenhum toque feminino. Desço as escadas e,  chegando ao final dela, encontro Sebastian sentado em uma das cadeira de sua mesa de jantar, ao lado de uma janela que tem um bela vista para a cidade. Ele usa um moletom casual de cor azul marinho e uma calça cinza também de moletom. Está com uma xícara de café na mão. Abaixo de seus pés observo um pitbull preto.

— Não me disse que tinha um cachorro. — me aproximo e ponho a mão para acariciá-lo.

— Não me perguntou se eu tenho um cachorro — ele diz e reviro os olhos com sua resposta — O nome dele é Taz. — o cachorro se deita para receber carinho, me arrancando um sorriso — Parece que ele gostou de você.

Sr. e Sra. MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora