50° Capitulo

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NÃO REVISADO

Sebastian

— ...Porque não me contou que ela estava lá?

— Acredite Sebastian, ela não é primeira pessoa que queria ter ver, aliás, ela pensou que Joana fosse sua namorada. — Ouvia os risos de Amanda do outro lado da linha, patética.

— Ninguém me avisou que ela viria, foi um susto encontra-la acompanhada daquele...

— Ninguém sabia que ela viria, foi uma surpresa. E o que tem o Thomas estar com ela? Ela mau chegou e você já está com ciúmes?

— Está ouvido o que diz? Não estou com ciúmes, ela tem o vida dela.

— Pode jurar a si mesmo que não, mas a mim você não engana. Eu conheço você e só eu sei o que veio acontecendo durante esse ano, você não esqueceu dela.

— Você sabe que eu tentei, mas...

— Você ainda a ama, eu sei... — E repetir isso a mim mesmo era ainda mais complicado, complicador por quer e não poder ter.

— Amo...

— Precisa ter uma conversa franca com ela, um ano é muito tempo, precisa conquista-lá de volta, se ela deixar que você tente...

— Acredita que ela me fez ligar para Dorota e marcar um horário na agenda dela? Detalhe, ela não tinha uma agenda.

— Bom, você já deu o primeiro passo. — Soltei o ar com força. — Precisa ser paciente, ela mesma disse que não vai embora, cedo ou tarde vocês terão tempo para conversar.

— Você tem razão, mas é que...ele a convidou para sair.

— E o que tem de mau nisso?

— Você sabe muito bem Amanda, ele vai tentar se aproximar dela, ele...

— Não importa o que ele tente fazer Sebastian, no final ela quem vai decidir.

— O Thomás é perfeitinho de mais e o sonho do qualquer mulher esperta o suficiente para cair nos seus galanteios e naquele maldito sotaque. Ele me ligou hoje de manhã. Teve a cara de pau de me perguntar se tudo bem ele estar saindo com ela.

— Talvez ele só esteja tentando te respeitar... — Bati com a mão na mesa. — Deve aprender que não está mais no controle, você nunca esteve. Você a magoou, ela está tentando seguir em frete, por que não tenta fazer o mesmo por si?

— Eu não consigo... — Apertei meus lábios. — Eu ainda a amo, eu sei que fiz um monte de escolhas erradas, errei em não ter ido atrás dela, errei em ter deixado ela ir tão fácil, mas eu não desisti.

— Eu sei... e eu estarei aqui, aconteça o que houver.

— As vezes me sinto um pouco culpado em ter que te ligar para falar sobre isso, você é minha irmã mais nova e...

— ...e sua fiel conselheira, amiga e parceira de crime! Escolha o que quiser, eu estou aqui. — senti um sorriso. — Bem, agora eu tenho que ir, não faça nem uma besteira. Feliz natal.

— Pode deixar, feliz natal... — E desligou.

Recostei minha cabeça no encosto da cadeira do escritório em meu apartamento. Ainda era natal e minha companhia estava sendo Cool e uma garrafa de whisky que meu tio tinha enviado da Escócia.

Cool ao meu lado, parecia não ter intenção alguma em tirar a cabeça de cima do meu pé, me obrigado a aceitar ficar ali.

Eu observava a noite nublada e iluminada, nada novo. Nada muito especial.
Me recordei de rosas brancas, das flores que tinha mandado após nossa noite, e que noite...

Sr. e Sra. MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora