1 semana depois.
Rebeca 🐉
Odiava me acordar cedo, ainda mais contragosto. Kauã me deixou aqui e foi embora, entrei naquele lugar nojento a procura do Rlk e encontrei o garotinho.
Eu estava com muita raiva, nojo e indiferença por ele ter encostado a mão em mim, mas eu vim até mesmo porque o Kauã pediu pra resolver logo isso.
Rebeca: Oi garotinho...- Sorri fraco, sentando ao lado dele e ele não me olhou ou teve alguma reação.- Trouxe cigarro.
Rlk: Qual é a tua? Cansei da brincadeira, papo reto mesmo.- Falou frio e totalmente seco.
Beca: Não quero sair como errada numa história que eu sou tão vítima quanto.- Coloquei os potes de comida na mesa.- Posso explicar? Senão quiser tá beleza também, não faço tanta questão.
Rlk: Então tu tá aqui por que? Tem que ter um motivo, Rebeca. Tu me faz perder a cabeça, me estressa e olha aonde eu tô? Tu me acusa de um bagulho que eu nem tive tanta culpa assim.
Beca: Você falou que pediu pra ele dar um susto em mim, imagina se ele me estupra, relíquia? Sério, como você ia se sentir? Ia tá tudo bem pra você?
Rlk: Claro que não, Rebeca.- Continuou sem olhar pra mim.
Rebeca: Por um segundo, senhor Relíquia, eu até me dei uma chance de pensar em gostar de você.- Ele finalmente me olhou.- Tu estragou tudo de forma tão, nojenta...
Rlk: Eu não quero ter nada contigo, garota! Tu é emocionada e acha que os bagulhos foram além de uma transa. Tu fode bem pra caralho, mas eu nunca assumiria você.
Beca: Nossa, que triste.- Debochei, retomando minha postura.- É o seguinte...
Contei pra ele o que já havia explicado antes para os outros, contei de uma vez e ele apenas me escutava calado, até eu terminar me levantar.
Rlk: Tu vai pra onde? - Me olhou.
Beca: Vou embora, eu só vim aqui pra te explicar, lá fora ou daqui de dentro mesmo você pode me matar, ou mandar matarem. Minha consciência tá limpa! Em momento algum foi minha intenção te colocar aqui, por mais nojento que você seja.
Rlk: Volta, pô....- Olhei incrédula pra ele, rindo em total de deboche.
Beca: Espero que você nunca mais escute falar de mim, ou me veja. Se for pra me ver, que seja pra me matar de vez, até nunca mais, senhor.- falei vendo ele colocar meus cabelos pra trás, como sempre fazia e eu continuei de cara fechada, encarando isso como a coisa mais indiferente pra mim.
Rlk: Até mais, garotinha.- Debochou e tentou me beijar.
Me afastei e ajeitei meu cabelo, ligando pro Kauã. Ao sair dali, meu barriga embrulhou, mas não no sentido vomitar e sim, de nervoso, o mesmo que eu tinha sentido antes de vim pra cá.

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Amor Do Tráfico.
Novela JuvenilAquele velho clichê, ele comandante do tráfico, ela a patricinha. Ela querendo viver um romance e ele uma noite, pensamentos e mundos diferentes que se cruzam e, de alguma forma se completa. "Ela acha engraçado essa minha vida louca, ela tira onda...