Priscila 💫
Pri: Olha ela.- Falei vendo ela quase pular no colo do pai e eu sorri fraco.
Pb: Não vem buscar ela não, amanhã vou fazer nada e quero passar o dia com ela. Quando eu for levar, eu te aviso.- Falou brincando com a filha no colo.
Pri: Tudo bem...- Me aproximei beijando o rosto da minha filha.- Dá beijo, filha.- Ela segurou minha mão e beijou minha bochecha.- Tá tudo ali, qualquer coisa liga.
Ele não me respondeu, ajeitou a filha no colo e saiu até o portão, deu tchau pro Ruan e Rebeca e eu saí, entrando no carro.
Logo o destino foi o chapadão, acompanhei os dois até uma laje no canto do baile, onde tinha uma mesa de sinuca e poucos caras ali, incluindo o Rafael.
Tralha: Pô, meu sobrinho veio né. Nascer naquele pique 150.- Falou passando a mão na barriga da Rebeca e beijando a testa dela.
Rlk: Quero nem papo, posso nem beber essa porra, tá maluco.- Se queixou abraçando o Tralha que riu.
Tralha: Deixei uns caras preparados aí pô, relaxa.- Rebeca revirou os olhos e foi sentar, Rafael me olhou e eu sorri, abraçando ele.- Achei que cê nem vinha.
Pri: Como que eu ia perder? - Sorri, segurando o pescoço dele e ele a minha cintura.
Tralha: Te juro que não me importo de sumir do meu baile agora e voltar só mais tarde, coe?! - Falou me olhando.
Não respondi nada, continuei com um pequeno sorriso e ele me beijou, apertando meu pescoço com força, amava isso nele, papo reto!
Abrir a boca em busca de ar e ele sorriu, segurando minha mão e me puxando pra descer as escadas.
Tralha: Poderia te assumir agora, na frente do baile todinho.- Falou enquanto me guiava pra fora.
Pri: Eu tenho uma filha, você tem um morro, nem rola...- Falei quando já estávamos mais afastados.
Tralha: Tua filha tem pai também.- Falou e eu neguei.
Rafael não gostava de crianças, ele me disse isso desde que me conheceu, eu nunca fiz questão de nada, até porque mesmo se ele gostasse, eu não ia apresentar e deixar minha filha criar um laço com ele.
Eu sou uma mãe medrosa demais, eu tenho medo da minha filha se apegar as pessoas e essas pessoas sumirem, deixando ela com saudades.
Esse é o meu maior medo em relação ao Pablo, sem mentira nenhuma!
Pri: Eu não vou trocar momentos importante da minha filha por coisas fúteis, cara! - Ele parou de andar, ficando na minha frente.
Tralha: Nós tá nesse enrolo quase três meses, tá ligada? O que eu te falei? Falei que a gente acha a melhor forma pros dois.
Pri: Fael, pra você a sua melhor forma é a gente viver sem minha filha e isso não vai acontecer nunca.
Tralha: Coe Priscila, tô te falando, eu faço um esforço da minha parte, conheço a garota e fico de boa com ela. Nunca disse que é pra gente viver sem ela.
Pri: A gente ficar junto, envolve tanta coisa que tu não tem noção.- Ele me olhou sem paciência.- Tô dizendo, tem filha, trabalho, pai de filha, tempo, porra velho.
Tralha: Vou te contar pô, vou perder mais tempo com isso não! Tô aqui falando que a gente dá um jeito em tudo isso, porra menor! Quando nós quer um bagulho, nós insiste até conseguir, quando num quer, arruma várias desculpas aí.
Ele me deu as costas e eu fiz careta, seguindo ele de longe, porque ficar sozinha por aqui nem dá.
Sentei no bar e pedi uma água, respirei fundo e olhei meu celular, não tinha nada interessante, pedi um combo de vodka e subi pra laje, vendo Rebeca brigando com o Ruan e me sentei ao lado deles.
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Amor Do Tráfico.
Teen FictionAquele velho clichê, ele comandante do tráfico, ela a patricinha. Ela querendo viver um romance e ele uma noite, pensamentos e mundos diferentes que se cruzam e, de alguma forma se completa. "Ela acha engraçado essa minha vida louca, ela tira onda...