Amor Do Tráfico.

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MARATONA 3/3

Rebeca 🐉

Pablo foi abrir a porta e eu nem estranhei ao ver o Relíquia entrar, olhando logo pra minha mão. Eu não estava usando o anel, por mais que tivesse amado e afim de mostrar para todos, tínhamos terminado.

Pri: Já tava indo embora mesmo.- Falou se levantando.- Vem, fofoqueiro do caraí.

Pb: Ih tá falando comigo assim por quê? Te dei nem intimidade.- Falou cruzando os braços enquanto andava atrás dela.

Pri: Beleza vadio.- Deu um tapa na cabeça dele e ele saiu correndo atrás dela, que correu também.

Beca: Direto ao ponto, sem muita enrolação? - Pedi, vendo ele sentar.- Tô com sono.

Rlk: Cadê o anel? - Cruzei as pernas.

Beca: Não usei porque terminamos, tá ali se quiser...- Apontei pro quarto.

Rlk: Independente das tretas, eu comprei pra você, teu aniversário e eu nem tive muito tempo de falar, mas era um bagulho de coração.

Beca: Vem cá Ruan, apenas me abraça...- Sussurei, sentando mais perto dele e deitando em seu colo.

Senti seu cheiro de perfume masculino forte, que eu gostava tanto! Ele passou a mão pela minha bunda e apertou, me fazendo sorrir fraco.

Rlk: Por que tu sempre complica tudo? - Eu deitei a cabeça nas suas pernas com uma almofada e olhei pra cima, vendo ele me encarar.

Beca: Vai querer discutir agora quem tá certo ou errado? Tô com tanto sono.- Falei coçando os olhos.

Rlk: Como tu ficaria se fosse ao contrário? Por exemplo cara, se eu fosse viajar com a ruiva?

Beca: Faria a mesma coisa e agora nem estaria olhando pra sua cara.- Ela me olhou meio óbvio.- Mas você não me deixou explicar, Ruan. Além disso, Kauã também tá namorando, a namorada sabe que a gente já se pegou e nem por isso ela surtou mano.

Rlk: Explica agora, cara!

Beca: Conheço o Kauã tem quase onze anos. Fazem dois anos que a gente se pega, nove anos de amizade. A última vez que eu fiquei com o Kauã foi quando você pediu pra darem um susto em mim! Kauã é meu irmão demais, além disso é teu irmão de sangue, Ruan. Depois de tudo isso, eu juro que não teria coragem de pegar o Kauã.

Rlk: Rebeca, mas ainda sim cara! É complicado demais tu querer que eu te entenda, sendo que tu não ia querer me entender, garota.

Beca: Sendo que é uma tradição pra mim...- Fechei meus olhos.- Tô tão cansadinha, Ruan.

Rlk: Tu nem me chamou de relíquia hoje, deve tá cansadona mermo! Me chama assim só pra implicar.- Sorri fraco, vendo ele passar a mão pelo meu cabelo.- E Kauã chega de que horas?

Beca: Amanhã, ele tá na casa da namorada que não é namorada assumida.- Murmurei, me encolhendo.

Ele ficou calado e eu apenas sentia sua mão bagunçando meu cabelo, mas o sono batia tão forte que eu tava bêbada pra reclamar.

Rlk: Lembra daquele dia que tu falou que era pra gente fazer planos pro futuro? Mas cê tava puta comigo e não quis fazer naquele dia?

Beca: Eu sempre tô puta com você.- Ele riu.

Rlk: Eu já fiz minha parte, eu quero casar com você e ter quatro pivetes, que eles puxem a minha beleza, mas com tua postura.- Sorri de olhos fechados.- Que venha primeiro uma menina e depois os dois meninos e a outra menina.

Beca: Um deles tem que se chamar Thiago e a outra, Thayná...- Sentir ele sorrindo largamente e abrir os olhos, comprovando o sorrindo.

Rlk: Cê quer casar comigo, Rebeca? Construir metade desses planos?