Amor Do Tráfico.

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Rebeca 🐉

Chegamos na minha antiga casa e estava tudo apagado, eu sempre andava com a chave e os seguranças me conheciam, então me deixaram entrar.

Puxei o Relíquia pro quarto dos meus pais e sentei na cama, enquanto ele olhava as coisas. Ainda era estranho pra mim desconfiar de uma pessoa que brincava comigo ou que sempre demonstrava seu amor por mim, mas acho que pra mim nada se tornou impossível, quando ele levantou a mão pra mim.

Rlk: Tu sabe aonde fica a chave? - Me levantei, indo até a gaveta e abrindo ela, tirei o fundo falso e mostrei as chaves que ficavam ali.

Quando ele começou a testar a chave pra ver se abria a gaveta, do nada a luz do quarto apagou, quer dizer, todas as luzes do quarto se apagaram.

Beca: Puta merda.- Sussurei segurando a mão dele que riu baixo.

Rlk: Ele sabe que a gente tá aqui.- Falou puxando uma arma da cintura e eu apertei a mão dele.

Beca: Relíquia eu tô com medo...- Falei manhosa, sentindo ele me olhar.

Só dava pra ver as luzes lá fora pela janela aberta.

Rlk: Cadê teu celular? - Tirei do bolso, ligando a lanterna.- Relaxa, vou te soltar não.

Beca: Eu sei que pra você parece fácil, mas eu convivi com ele a minha vida toda, ainda é muito complicado pra mim...- Falei puxando ele que respirou fundo.

Rlk: Só vamo sair daqui, garota! - Me colocou em sua frente, respirando fundo.

Segurei a mão dele e fui puxando ele pra descer as escadas, no último degrau eu sentir uma mão no meu cabelo e gritei.

Gilberto: Sua vagabunda.- Tentou me jogar no chão, mas o Relíquia segurou minha cintura, me puxando pra trás com força.

Em questão de segundos, as luzes se acenderam e Relíquia apontou a arma pro Gilberto, que revidou com três seguranças apontando armas.

Um nas costas, um na frente e outro de lado.

Gil: Achei que nosso encontro nunca ia chegar.- Debochou, olhando pro Rlk que manteve uma não na minha cintura e outra com a arma firme nas mãos.- Você até que foi inteligente, usar a Rebeca pra chegar aqui, só não sabia que minha filha era tão burra.

Rlk: Achei que só iria te encontrar agora pra te matar, mas vim pedir pra namorar com sua filha.- Falou mais debochado ainda e eu revirei os olhos.

Gil: Espero que tudo que eu falei, aconteça da pior maneira com você.- Olhou pra mim.- Você sabe que vai acontecer tanto quanto eu.

Beca: Eu odeio você...- Mordi meu lábio inferior.

Gil: Saiam daqui, tirem o pé da minha casa.- Gritou.

Puxei o Relíquia que ficou parado, mas logo veio comigo, ainda apontando a arma.

Saímos dali e eu me soltou dele, quando ele tava subindo na moto me encarou, ignorei aquilo e subi, vendo ele me levar pra casa e eu descer querendo subir, mas ele me segurou.

Rlk: Qual foi?

Beca: O problema é que você não é sincero comigo, não me conta a porra da história toda relíquia.- Falei sem paciência.- Eu sei que tem muito mais ainda por trás do que você me contou.

Rlk: Se eu não te contei é porque não é do teu interesse.

Beca: Eu já te falei, toda essa porra me envolve também...- Abrir os braços, respirando fundo.- Não vou mais te ajudar com isso, se vira sozinho.

Rlk: Rebeca, tem uns bagulhos que é melhor ficar guardado.- Dei os ombros, vendo ele descer da moto.

Beca: Tanto faz, relíquia.- Ele parou na minha frente rindo.

Rlk: Me chama de Ruan garotinha, é mais legal.- Segurou minha cintura.

Beca: Eu perguntei o seu nome? - Ele riu e eu cruzei os braços.

Rlk: Privilegiada você...- Beijou o canto da minha boca.- Não fica puta com as coisas pô, só tem muita coisa minha envolvida que pra te contar eu tenho que lembrar dos bagulhos ruins.

Beca: Tá bom relíquia, mas eu não quero mais saber de nada, nem ajudar em nada.- Soltei o ar.

Rlk: Eu não quero te envolver nisso, mas tem uma coisa que eu preciso que você me ajude.- Eu neguei, fechando os olhos.- Tá de boa, Rebeca.

Beca: Que bom, Ruan.- Fiz careta, abrindo os olhos.

Rlk: Nós pode subir? - Concordei com a cabeça, sabendo que o Kauã não estaria em casa.

Ele foi colocar a moto no estacionamento e eu esperei ele, subimos juntos e eu fui procurar algo pra comer, enquanto ele se jogou no sofá.