Aquele velho clichê, ele comandante do tráfico, ela a patricinha. Ela querendo viver um romance e ele uma noite, pensamentos e mundos diferentes que se cruzam e, de alguma forma se completa.
"Ela acha engraçado essa minha vida louca, ela tira onda...
Acordei feliz, era meu aniversário de vinte um anos, o que me deixava mais surpresa era saber que eu já tinha aguentando todos esses anos viva.
Kauã não estava em casa pelo motivo que eu não sabia qual, já que ele não trabalhava hoje e eu estava sozinha, mas Kauã já tinha deixado uma caixa de bis com um bilhete e nele só estava escrito um "feliz vida, vadia."
Sorri feliz e abrir pra comer, mas escutei alguém batendo na porta. Coloquei um blusa do Kauã por cima da minha roupa de dormir e olhei no olho mágico antes de abrir.
Era ele, relíquia estava parado na porta o que fez meu coração saltitar e todo meu corpo formigar.
Abrir a porta vendo ele de cabeça baixa olhando pra algo, respirei fundo e ele levantou a cabeça, me dando visão de uma caixinha da Pandora.
Rlk: Tava pensando se vale realmente a pena.- Limpou a garganta, me olhando.- Parabéns, Rebeca.
Eu não tive estruturas para responder ele, abracei ele puxando ele pra dentro e deitei a cabeça no ombro dele, sentindo o seu cheiro. Dois dias parecia uma eternidade, que merda!
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Beca: Isso quer dizer que é presente de amigo? - Sorri fraco, olhando o anel.
Rlk: Eu não queria encostar em tu, mas tua desconfiança atiça minha mente e eu não tenho paciência pra isso.
Beca: Não, não foi desconfiança atoa. Você sabe o quão é insuportável escutar piadinhas e deboche? - Encarei ele.- Eu não briguei nem motivos, eu tinha motivos, só me alterei um pouco.
Rlk: Independente, não tenho cabeça pra isso.
Beca: Complicado demais.- Murmurei, colocando a caixinha na mesa.
Rlk: Eu te amo, pô...- Segurou minha mão.
Encarei os olhos dele que pareciam desesperados e com vergonha, estava parada sem ao menos respirar direito, até a porta abrir e a gente olhar.
Kauã: Tá em mãos! - Sorri animada vendo as passagens e Rlk me olhou.
Rlk: Tu vai pra onde? - Se levantou.
Beca: É meu aniversário, vou viajar com o Kauã, passar uma semana em Barcelona...- Me levantei, ficando na frente dele e Kauã entrou pro quarto dele.
Rlk: Não vai! - Cocei a cabeça debochando.
Beca: Não é uma viagem romântica ou algo do tipo Ruan, é uma tradição nossa, somos irmãos cara.- Ele negou, passando a mão no rosto.
Rlk: Se tu for, pode esquecer de vez de mim.- Coloquei as mãos na cintura.
Beca: Tá bom, Ruan.- Neguei com a cabeça.- Eu não vou desistir disso por causa de ciúmes bobo seu, tô contigo e amo você, mas se cê não quiser, a questão eu não faço.
Tentei puxar a mão dele pra mim mas ele puxou de forma bruta, me dando as costas, gruni de raiva ao ver ele batendo a porta e me joguei no sofá.
Kauã: Ouvi errado ou tu disse que ama alguém? - Saiu do quarto, curioso.- Tu falou que ama alguém, Rebeca.
Beca: Vai tomar no cu.- Joguei a almofada nele que riu, se jogando em cima de mim.
Pra ele, eu nunca tinha falado que amava alguém. Eu sempre respondia com um "Eu também." Nunca tinha saído da minha boca um "amo você.", porque pra mim, "também" é "eu te amo" sim!